ENSAIO: Renault Twingo Night & Day 1.2 16 V/75 cv

A poucos meses do lançamento de um novo modelo, a actual geração apresenta esta atraente versão com uma excelente relação preço/equipamento. Modelo essencialmente para a cidade, o Twingo Night & Day reforça a componente estética e acrescenta um conjunto de itens interessantes para os 10350 euros por que é vendido. Motorizado com a unidade a gasolina 1.2 de 75 cv, mais do que suficiente para os gastos, a principal nota em destaque foram os consumos: no final do ensaio o computador de bordo (de série) marcava 5 litros de média. Mais bonito e refrescado, jovial, com um interior espaçoso e funcional, o presente Twingo vai jogando os seus últimos trunfos.

Apesar do Twingo manter um certo ar irreverente e de conservar apreciadas características interiores de funcionalidade, o tempo passa e este conceito do modelo ressente-se face às novidades que o segmento conheceu nos últimos anos. Mas até ao lançamento de uma nova geração AQUI apresentada, há que rentabilizar a actual, seguindo uma fórmula conhecida: melhorar o apelo estético e beneficiar o conjunto com mais equipamento, sem esquecer pormenores interiores que ajudem a estabelecer a diferença.
É tudo isto que está presente nesta série especial com uma identidade muito própria e com um preço que é “só” dos mais acessíveis do mercado: 10.350€, chave na mão.

Mais equipamento individual

Pouco mais de 20 anos depois do lançamento da primeira e inconfundível geração (ver AQUI um texto alusivo), esta série especial personaliza-se com pormenores estilísticos como um aileron traseiro, vidros traseiros escurecidos, retrovisores pretos e, como opção, umas desportivas jantes de 15 polegadas por mais 350 euros. Quanto a cores, estão disponíveis uma exclusiva pintura metalizada Ultraviolet, que se junta ao Branco Glaciar, Preto Nacré, Cinza Platina, Vermelho Vivo e o irreverente Fuschia, tão do agrado do género feminino.
Mas é no habitáculo que o Twingo Night & Day reforça realmente a sua identidade. Os tons escuros sobressaem, a consola e as molduras passaram a ser em preto brilhante, enquanto os bancos ganharam novos estofos e encostos de cabeça da nova geração.
Na falta da panóplia de itens tecnológicos que a concorrência mais actual já disponibiliza, esta série especial é reforçada com o Rádio Bluetooth com entrada USB e comandos no volante. Entre outros itens, uma referência ainda para o computador de bordo e para o facto do banco do condutor e o volante terem regulação em altura.
No entanto, falta-lhe o ar condicionado. Com funcionamento manual, este equipamento custa mais 900 euros.
A sensação de espaço interior é acentuada pela colocação do painel de instrumentos no centro do tablier, libertando espaço para pequenos objectos atrás do volante. De resto existem vários do género e na verdade o Twingo é espaçoso face às dimensões exteriores, embora mantenha a lotação para quatro ocupantes. A mala é escassa no mínimo (165 litros), soberba para o tamanho exterior (285 litros) quando ampliada graças ao facto dos dois bancos traseiros correrem sobre calhas longitudinais. Quando a bagageira não é tão necessária, garantidamente que os ocupantes traseiros terão ao dispor muito espaço para as pernas. E ainda existe pneu suplente no interior, embora tenha um custo adicional de 70 euros.

Motor sobretudo económico

Disponibilizado com o comprovado motor 1.2 16V. um bloco com 75 cavalos de potência homologado com consumos de 4.5 litros em ciclo misto, as características deste motor continuam a dever muito ao escalonamento urbano da caixa de velocidades. O binário não é famoso e tem o valor máximo acima das 4000 rpm, mas a eficácia dinâmica do chassis do Twingo contrabalança alguma falta de entusiasmo anímico deste motor em rotações menos elevadas. O curso da suspensão é necessariamente limitado mas, nem a traseira se torna demasiado saltitante em piso irregular nem torna o conjunto demasiado desconfortável sobre esse tipo de estrada.
Pode mesmo assim ser equipado com controlo electrónico de estabilidade (ESP+ASR) por mais 400 euros.
Razoavelmente bem insonorizado, a posição de condução não é aceitável para um carro pouco indicado para grandes viagens. Volante e pedais nem sempre parecem centrados, mas há sempre que contar com a mais valia de haver muito espaço interior e, nesta versão em particular, do facto do banco do condutor e do volante terem regulação em altura.


Dados mais importantes
Preço
10.350 (*) euros
Motor
1149 cc, 4 cilindros, 16 V, 75 cv às 5500 rpm, 107 Nm às 4250 rpm, injecção indirecta 
Prestações
162 km/h, 14,5 seg. (0/100 km/h)
Consumos (médio – estrada - cidade)
4,5 / 3,7 / 5,9 litros
Emissões Poluentes (CO2)
104 gr/km
(*) INCLUINDO despesas administrativas e de transporte


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