ANÁLISE: Esta é uma boa altura para comprar carro novo!

Diversas campanhas de venda oferecem descontos irresistíveis. Não é por falta de escolha ou de oportunidades para conseguir um bom negócio. Para ajudar, está mais fácil conseguir obter um crédito e com taxas de juros mais atraentes do que há uns meses atrás. Melhor ainda? O preço dos combustíveis está a descer, porque o preço do barril de petróleo está a ser comercializado a valores de há seis anos


Habitualmente os dois últimos meses do ano não são os melhores para o comércio automóvel. No entanto, este ano, um conjunto extraordinário de factores está a concorrer para que essa tradição seja quebrada.

Os números relativos a Novembro confirmam isso mesmo: a procura não abrandou em relação aos meses anteriores, prosseguindo a tendência de crescimento deste mercado, que, no global, já subiu 37,3% desde o início do ano.

Actualmente, este é o maior crescimento percentual em todo o espaço europeu.

A razão principal de se estarem a vender mais carros novos em 2014 deve-se às aquisições das empresas. Mas não só; os clientes particulares estão a comprar mais, atraídos por ofertas comerciais irresistíveis, que oferecem descontos extraordinários, mas também pelo regresso do crédito e de taxas de juros competitivas.

Em primeiro lugar, as concessões de venda e os importadores ajustaram os seus próprios custos, reflectindo essa economia na diminuição dos preços. Efectivamente os carros estão mais baratos, contabilizando todo o acréscimo de equipamento que oferecem. Mas isso não explica tudo. É que em Novembro entrou em vigor uma legislação europeia, que obriga todos os carros novos a trazerem de série ou alterarem variado equipamento (a lista é demasiado exaustiva, mas inclui controlo de estabilidade, monitor de pneu furado e indicador que aconselha a troca de mudança da caixa de velocidades, por exemplo), pelo que todos os carros, que não estejam de acordo com as especificações, deixam de poder ser vendidos na Europa.

No entanto, após esta data, é permitido às marcas matricularem até 10% das vendas do ano anterior ou um total de 100 viaturas que não cumpram a globalidade das especificações requeridas.

Para as escoar mais rapidamente são criadas campanhas extraordinárias de descontos ou oferta de crédito. Não se melindre, caro leitor. Muitas vezes, o que está em causa é apenas a utilização de um material num determinado equipamento. Nada que afecte a segurança ou o desempenho da viatura, mas que pode fazer o leitor poupar alguns milhares de euros.

Outra alternativa, já há algum tempo seguida por algumas vendedoras para garantirem números de vendas, é matricular previamente veículos que depois são vendidos como “seminovos”, por um valor mais baixo.

Aqui pode residir outra boa oportunidade de negócio, já que oferecem todas as garantias de uma viatura nova. E, quantas vezes, não são mesmo…

Melhor ainda: sabe que já pode escolher e negociar a compra do seu carro novo sem ter que sair de casa? É verdade. O site netcar.pt funciona como um leilão invertido, em que o potencial comprador abre uma sala de negociação com o modelo que está interessado e diversos concessionários fazem as suas propostas. O interesse está, naturalmente, em conseguir o valor mais baixo. Conheça AQUI como funciona este serviço. 

Que os portugueses estão a comprar mais carros novos, é inegável. Um bom indicador disso é a subida acentuada do crédito ao consumo, 70% do qual destinado para a compra de automóveis. Até final de Setembro, entre empresas e particulares, este sector representou cerca de 700 milhões de euros de crédito concedido.

Os dados revelam ainda que, dos cerca de 130 mil veículos ligeiros de passageiros (o mercado total, com comerciais e viaturas pesadas, já ultrapassou as 156 mil unidades), há marcas de prestígio que estão a vender bem. São os casos da BMW, Mercedes e Audi, que ocupam, respectivamente, a quarta, quinta e sexta posição da tabela.

Por que é que isto acontece?

Uma das razões é que qualquer uma destas marcas passou a oferecer modelos em segmentos mais baixos e economicamente mais acessíveis. A outra é que grande parte dos carros vendidos em Portugal apresentam o nível mais elevado de equipamento, ou ostentam o chamado “full extras”. 

Neste aspecto, a tendência é para o exagero.

Como grande parte das vendas de automóveis em Portugal resulta de crédito, estendido a 48, 68 ou 72 meses, uma diferença de preço de alguns (cada vez menos) milhares de euros, entre um modelo “premium” e um de uma marca mais generalista, fica esbatida em várias dezenas de mensalidades.

E, como se sabe, entre ter uma estrela ou quatro anéis entrelaçados estampado na grelha ou outro símbolo qualquer, sempre é preferível um que faça mais vista entre a vizinhança.

Para ajudar à "festa" o preço dos combustíveis está a descer...

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