
ENSAIO: Hyundai ix 35 2.0 CRDi/184 cv

Mais leve mas também ligeiramente mais pequeno do que o seu antecessor, o Mazda 2 contraria a tendência seguida por alguns construtores. Mas o facto de ser largo reflecte-se na habitabilidade e no conforto, enquanto que o menor peso e as linhas mais fluidas contribuem para consumos mais baixos e menores emissões poluentes.
“Parente” do Ford Fiesta, o interior do Mazda 2 foi pensado ao jeito de um pequeno monovolume, embora com funcionalidade bastante mais limitada. Aliás, a habitabilidade é conseguida com sacrifício da mala, não existindo sequer movimentação longitudinal do banco traseiro. Atrás o espaço é mais indicado para dois ocupantes.
O espírito dinâmico “zoom-zoom” que anima a marca está presente na envolvência fácil da condução do Mazda 2, ainda que com algumas limitações da instrumentação oferecida. Por exemplo, não existe manómetro de temperatura do motor.
Por falar em equipamento, apesar da simplicidade e até mesmo alguma discrição do interior na conjugação das cores, as versões mais recentes passaram a disponibilizar o sistema GPS da Carmin, além de equipamento áudio com "bluetooth".
O sistema de navegação não está integrado no painel, dispondo de ventosa para colocação no vidro. O comando do “mãos-livres” foi igualmente aplicado sobre o tablier.
Mais enérgica, a versão de 86 cv (há uma outra de 75 cv) “respira” bastante melhor acima das 2.000 rpm. Fácil de dirigir e equilibrado nas reacções, é um carro prático capaz de cativar não apenas pela bonita silhueta que ostenta, mas igualmente pelo desempenho ágil e, diria mesmo, quase desportivo que às vezes apresenta. Tudo isto ajudado pela belíssima colocação do comando da sua caixa de cinco velocidades.
Com ligeiras melhorias nos consumos e nas emissões anunciadas pelo fabricante, este motor continua a demonstrar uma boa resposta na maioria das situações de estrada ou cidade. A suspensão do Mazda 2 revela-se mais orientada para condutores mais exigentes em matéria de comportamento.
PREÇO, desde 15100 euros MOTOR, 1349 cc, 86 cv às 6000 rpm, 16 V., 122 Nm às 3500 rpm CONSUMOS, 6,9/4,2/5,2 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES CO2, 125 g/km
Após ter falado aqui do SX4 1.9 com tracção integral, volto à carga com uma versão mais acessível de apenas duas rodas motrizes, equipada com um motor ainda mais económico.
Esteticamente é dos modelos mais consensuais da marca japonesa, apelando à aventura e à liberdade graças a um conjunto de aplicações na carroçaria que lhe conferem o aspecto de um SUV. Alvo recente de um conjunto de melhoramentos, o uso de mais materiais isolantes faz com ue o "parece-que-está-em-todo-lado" bloco 1.6 diesel do grupo PSA já não imponha tanto o ruído do seu trabalhar no habitáculo, enquanto um novo painel de instrumentos disponibiliza mais informações durante a condução.
Exteriormente, ligeiros retoques ao nível da grelha, do pára-choques frontal e das protecções, a par dos vidros traseiros escurecidos, reforçam-lhe a identidade muito própria do SX4.
Condução
Em termos práticos, este Suzuki SX 4 1.6 DDiS não tem a tracção integral (o que não é grande drama para a utilização que a maioria dos seus proprietários lhe poderia dar), mas, principalmente, perdeu meio milhar de euros face ao 1.9 DDiS! Este acaba por ser um dos pormenores mais importantes, até porque, na realidade, embora mais abafado, o funcionamento do motor e o ruído de rolamento continuam a fazer-se notar, apesar do tal acréscimo de materiais isolantes junto do motor e da transmissão.
O SX4 tem uma posição de condução bastante agradável e espaço interior suficiente para as necessidades de quatro adultos (embora com lotação para cinco), incluindo a mala que (aleluia nos tempos que correm...) ainda alberga pneu suplente ainda que para uso temporário.
Os novos revestimentos nos bancos parecem mais resistentes e aparentemente de limpeza fácil, enquanto a qualidade dos materiais plásticos, não impressionando, denotam contudo o rigor necessário para não evidenciarem ruídos parasitas em mau piso.
Ligações
Como um extra que custa 275 euros, o SX4 dispõe de um equipamento que liga outros aparelhos ao sistema de som da viatura. O "Parrot Mki9200" tem entradas por cabo para "iPod", ficha USB e leitor de cartões SD, podendo ainda receber sinais sem fio via "Bluetooth" de telemóveis.
Apesar da sua funcionalidade prática, o comando, fixo por uma braçadeira de borracha ao volante, tem um funcionamento pouco intuitivo e atrapalha na movimentação do mesmo, além de indiciar uma certa fragilidade.
Adiante.
Não apenas por causa deste motor bastante económico, de facto toda a mecânica cumpre com mérito as necessidades dinâmicas. O SX4 não tem, está claro, o comportamento de um desportivo, mas acelera bem e curva de forma despachada e suficientemente segura para a altura do seu chassis. Essa mesma altura exige uma certa moderação em curvas mais apertadas, apesar de uma suspensão mais firme contribuir para a segurança das reacções. A altura ao solo e as protecções são ainda uma garantia para a integridade do conjunto em pisos mais hostis. Como por exemplo, a fintar os buracos de uma qualquer cidade portuguesa após um dia de chuva intensa...
PREÇO, desde 20 250 euros MOTOR,1560 cc, 90 cv às 4000 rpm, 16 V, 215 Nm às 1750 rpm, turbo com injecçمo directa common rail CONSUMOS,5,9/4,3/4,9 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES CO2, 129 g/km
Traseira castrada
Como qualquer “coupé” que se preze tem duas avantajadas portas para facilitar o acesso aos lugares traseiros. Estes são suficientemente confortáveis para dois ocupantes, dispondo do espaço necessário para as pernas dos seus ocupantes, em parte porque o recuo dos pedais e a profundidade do tablier, levam o condutor a “chegar-se” mais à frente.
O C30 considera-se um “duas portas” e não “três”. A classificação deve-a à forma traseira, embora a porta se eleve como é habitual. A mala tem um acesso ligeiramente diferente por causa da chapeleira que a cobre, e dimensões reduzidas (251 l). Apesar de tudo aloja um pneu suplente.
O interior é confortável como um Volvo sabe ser e a sensação de qualidade também está naturalmente presente. É preciso dizer que o C30 partilha muitos componentes com os modelos da gama seguinte. Na realidade é como uma versão mais curta e desportiva do S40.
As alterações agora introduzidas no habitáculo são de pormenor e funcionalidade. A oferta inclui também revestimentos mais apelativos.