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Škoda Fabia 1.4 TDi












Lá vai o tempo!...


QUASE que me apetecia começar o texto utilizando a expressão «ainda sou do tempo» em que um Škoda era, antes de mais, visto como um carro barato! Injusto, é verdade, mas constituía uma realidade que muitos consumidores souberam aproveitar e que os mantém, ainda hoje, fiéis à marca.
Actualmente, pode já dizer-se que o mérito deste carro também se deve medir pelo facto do fabricante pertencer a um dos maiores e mais prestigiados grupos construtores da actualidade, e que um Škoda já não é carro que se escolhe apenas pelo preço...

APÓS
a integração no grupo VW, depois do Octavia, o Fabia foi a segunda criação fruto dessa união. Juntamente com o VW Polo, Audi A2 e Seat Ibiza, por exemplo, partilha a plataforma e diversos órgãos mecânicos, entre outros acessórios, e representa, para a marca, uma grande importância na defesa e consolidação da sua imagem. Ou não fosse este o modelo escolhido para a equipa oficial de fábrica, no Mundial de Ralis...
O construtor checo era o mais avançado e moderno entre as que pertenciam ao antigo bloco do leste e continua a deter um grande capital de prestígio nos mercados que, fazendo actualmente parte da Europa, se situam para lá da anteriormente chamada «cortina de ferro». Foi procurando conciliar as necessidades e exigências desse mercado mais específico, com a feroz concorrência de outras marcas há muito implantadas no Velho Continente, que se deu início ao desenvolvimento da primeira série deste utilitário.

LANÇADA em 1999, desde a primeira geração que se destacou pelo incremento da qualidade face ao seu antecessor e por uma habitabilidade que se pauta entre as maiores do segmento. No entanto, mantinha — e mantêm —, uma estrutura e um aspecto bastante compacto, com uma estética que, não sendo arrebatadora, manteve a frescura com o passar dos anos. O seu sucesso comercial deve também muito à versão station, desejada em grande medida pela excelente capacidade da sua mala.

SETE ANOS depois, o novo Fabia mantém as mesmas (boas) características de habitabilidade, embora, entretanto, os seus concorrentes mais directos tenham evoluído nesse campo. O mesmo aspecto envolvente, agora menos arredondado, seguindo as actuais tendências mas sem perder muito da silhueta anterior. Com uma dianteira mais atrevida, vincada e menos sóbria do que a anterior, ousadas tomadas de ar inferiores e pára-choques integrado num todo, uma secção em tudo igual à do Roomster, lançado alguns meses antes.

QUANTO à traseira, elevada e mais adulta, acaba por ser responsável pela boa habitabilidade demonstrada. Tanto no banco anterior como na capacidade da mala, das melhores entre os modelos utilitários, mesmo se albergando um pneu igual aos restantes.
A qualidade do interior alinha com o segmento. Plásticos pouco suaves à vista, ainda que bem firmes e sem falhas na montagem, como patenteia a ausência de ruídos parasitas. Um tablier muito funcional e de linhas muito simples e rectas, se bem que prático no aproveitamento de espaços e na colocação dos comandos. Simpático no jogo de cores e com um painel de instrumentos bastante completo na informação prestada.


SALIENTADA a boa habitabilidade, para além do acesso — de referir a ampla abertura da quinta porta mercê de umas ópticas não muito grandes —, a posição de condução parece adaptar-se facilmente aos diversos tipos de ocupante e proporciona uma excelente visibilidade. O encosto do banco poderia apresentar um pouco mais de conforto, o volante apresenta boa pega e o manuseamento da caixa de velocidades também se ajeita bem ao movimento de braço e da mão, para além de se revelar bastante precisa e rápida nas passagens.
É o seu correcto escalonamento que permite ao Fabia manter alguma agilidade na cidade. O 3 cilindros diesel ensaiado, certamente uma das versões mais desejadas em Portugal, acaba por ficar aquém da eficácia do restante conjunto.


RECONHECIDA pelos seus motores a gasóleo, a VW optou, há uns anos, por uma mais económica solução de compromisso, que passou por «retirar» um cilindro ao seu prestigiado TDi de 1,9 l. Destinado a mercados onde a cilindrada influi sobre a carga fiscal, o passar do tempo obriga contudo a compará-lo com a resposta entretanto surgida, nomeadamente por parte dos construtores franceses e da generalização do uso do sistema common rail. Insistindo na técnica de uma bomba injectora por cilindro, este 1.4 TDi é mais ruidoso e menos moderado nos consumos do que aqueles, embora se mantenha prestável desde baixos regimes, devendo muito dessa disponibilidade ao bom escalonamento da caixa de velocidades.
Com um comportamento muito «estradista», o Fabia é igualmente ágil em manobra. Rápido a curvar, a altura mais elevada da carroçaria não obriga a grandes adornos da carroçaria, devido não só a uma taragem menos branda da suspensão, como ao diâmetro dos pneus que equipavam o modelo ensaiado.




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PREÇO, desde 20000 euros (cabine simples/chassis 4x2) MOTOR, 1422 cc, 80 cv às 4000 rpm, 195 Nm às 2200 rpm, 6 V, injecção directa alta pressão CONSUMOS, 5,7/4,0/4,6 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES CO2, 120 g/km (combinado)

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TAL COMO o Roomster, o Fabia recorre a três blocos a gasolina de 1.2/70 CV, 1.4/85 CV e 1.6 litros com 105 CV. Para além deste
TDi agora ensaiado, o 1.9 TDi com 105 CV. Todas associadas a caixas manuais de cinco velocidades.
De referir a curiosidade dos dois motores mais pequenos em ambas as categorias serem blocos de 3 cilindros.
À carroçaria de cinco portas entretanto disponível, junta-se e breve uma bonita carrinha, desconhecendo-se, para já, se mais tarde conhecerá também um modelo sedan de dois volumes e meio. O equipamento é completo em termos de segurança, dispondo também, todas as versões com este motor, do mais desejado em termos de conforto, como sejam o ar condicionado, fecho com telecomando, rádio/CD ou os vidros dianteiros eléctricos.

Resultado nos testes EuroNcap (2007):

http://www.euroncap.com/Content-CarAssessment/6a9ad78c-19f0-43bd-95d7-a67421791a5e/skoda-fabia.aspx

Škoda Roomster 1.4 TDi


Atrevido ou genial?

DESDE a sua integração no universo VW, com o lançamento sucessivo de novos modelos, que a Škoda não tem parado de surpreender. Um construtor que ainda há não muitos anos se debatia com soluções ultrapassadas para os cânones europeus (embora o mais avançado de entre os dos países que se encontravam sob o domínio soviético, razão pela qual foi rapidamente adquirido por um dos maiores grupos do sector), ousa agora este cocktail de formas inédito e arrojado.

AS ALTERAÇÕES mecânicas e de fabrico que os produtos do secular fabricante mereceram a partir dessa integração, culminaram na apresentação do familiar Octavia, verdadeiro ponto de viragem pelo crédito de respeito que o modelo trouxe. Com as fábricas da República Checa a pautarem-se como as mais produtivas e com melhores índices de fiabilidade de entre as que compõem o grupo VW, com o uso de recursos e dos mesmos componentes mecânicos que se encontram nas restantes marcas do grupo, um Škoda deixou de ser alternativa simplesmente por ser um carro barato.

ATÉ AQUI o mais que a marca ousara fora transformar a pick-up Felícia numa divertida versão de quatro lugares, com os dois traseiros escamoteáveis, justamente designada Fun. Este Roomster traz também uma polivalência de gestão interior do espaço entre uma carrinha e um pequeno monovolume que, não sendo um conceito inovador, consegue transvestir-se com uma roupagem inédita capaz de despertar sobre si as atenções mais... desatentas, passe a expressão.

O CRESCIMENTO e consolidação da Škoda ou o lançamento de modelos de maior prestígio como o Superb não fizeram descurar a sua vocação mais popular e acessível, até pela importância que isso significa na fidelização de novos clientes. É nesse campo que se insere este Roomster, uma alternativa prática e útil, que se demarca do clássico, rejuvenescedora, atrevida, moderna, desejada mas não impossível de alcançar. Que parte de uma fórmula tão simples quanto eficaz: há um espaço para conduzir — o cockpit ou a secção dianteira do habitáculo e há um outro para «habitar», que é todo o restante, generoso e bem gerido.

É ESSA A PRIMEIRA sensação transmitida: espaço.
Interiormente, como exteriormente já deixa adivinhar, é alto o que potencia a impressão, prolongável ainda (consoante a «bolsa»...) através de um tecto panorâmico em vidro.
As secções laterais do banco traseiro correm longitudinalmente sobre calhas, ampliando o espaço para as pernas ou a capacidade da mala (450 a 530 litros).
Os encostos dianteiros rebatem totalmente — de uma forma não muito prática é verdade — os traseiros inclinam-se bastante e qualquer das três «partições» pode ser removida. Retirando a parte central, as duas laterais podem aproximar-se, o rebatimento do encosto central forma uma pequena mesa entre ambos, sem os bancos traseiros a mala apresenta um volume de 1780 litros... como se vê, possibilidades não faltam.

NÃO EXISTEM tabuleiros de serventia ao banco traseiro, nem pequenos compartimentos no piso ou nas laterais da mala, mas, em contrapartida, para além de um pequeno porta luvas refrigerado, há um outro espaço com tampa sobre este, as cavas das portas são generosas, e outros pequenos locais estão dispersos pelo tablier e consola central. Na mala, a cobertura é rígida, há um simples mas inteligente suporte escamoteável no piso desta, bem como pegas laterais para sacos, por exemplo. A qualidade dos plásticos é aceitável para o segmento, como é apanágio nos modelos do grupo alemão, o rigor da montagem e das fixações impede que existam ruídos parasitas daí provenientes, mesmo quando se transita em piso irregular.

NÃO SENDO inéditas as soluções práticas de modularidade, a genialidade consiste em reuni-las sobre uma carroçaria estilizada à qual é possível ser indiferente. A suavidade e ineditismo do seu traço, tem como ponto de partida estilística a secção dianteira do novo Škoda Fabia, à qual foi acrescentado um volume traseiro alto. As linhas de ligação, a forma da portas dianteiras (que originou uma terminação «em bico» tão estranha quanto perigosa para os mais distraídos), os volumosos vidros laterais traseiros (uma maravilha para as crianças) e a integração dos puxadores nestas portas, bem como outros pormenores, «casam-se» harmoniosamente num produto que não escandalizaria um destes dias ver também como um comercial ligeiro com rede divisória...

A SUA CONDUÇÃO não difere de qualquer outro modelo utilitário ou pequeno familiar, não fosse um qualquer desacerto entre o encosto do banco e o da cabeça que me impediu de sentir confortável, diria que é a ideal. A visibilidade dianteira é boa, quanto à traseira o volumoso vidro ajuda.
A curvar, a carroçaria tem um comportamento pouco ou nada adornante. Claro que o facto do modelo estar equipado com pneus largos de baixíssimo perfil retira algum conforto mas ajuda bastante a que isso aconteça, tal como contribui para lhe conferir um aspecto mais dinâmico.

DINÂMICA suficiente tem a versão ensaiada graças a uma caixa de velocidades suave, que sabe tirar bom partido das possibilidades do tri-cilíndrico diesel de 80 cv e não o inibe de alguma ligeireza em estrada. Ainda que tal dependa obviamente da lotação e da carga. Numa utilização mista podem obter-se médias de consumo abaixo dos 6 litros, o que menos agrada neste motor, para além do seu comportamento a frio, é o ruído de funcionamento. Mesmo um bom trabalho no campo da insonorização, a frio como ao ralenti, ou acima das 3000 rpm, torna-o audível embora não demasiado incomodativo.

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PREÇO, desde 19 500 euros (cabine simples/chassis 4x2) MOTOR, 1422 cc, 80 cv às 4000 rpm, 195 Nm às 2200 rpm, 6 V, injecção directa alta pressão PRESTAÇÕES, 165 km/h CONSUMOS, 6,5/4,4/5,2 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES CO2, 137 g/km (combinado)

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O ROOMSTER possui três motores a gasolina e, para além deste diesel, recebe o 1.9 TDi com 105 cv. A única forma de carroçaria tem uma versão 1.2 standard, despida de algum equipamento que lhe coloca o acesso à gama em torno dos 14000 euros.
Evidentemente que o mais equilibrado e desejado é o motor ensaiado e, com ele, o carro declina-se em quatro níveis de equipamento, destacando-se, de base, o ABS, airbags frontais e laterais, ar condicionado manual, rádio com leitor de CDs e MP3, banco do condutor com regulação em altura, vidros dianteiros e retrovisores eléctricos, fecho centralizado com comando à distância e computador de bordo entre outros.
Não menos importante foi a obtenção do número máximo de estrelas nos testes de segurança EuroNcap, pautando-se também, nos mesmos ensaios de colisão, como um dos melhores no que concerne à protecção de crianças.


Resultado nos testes EuroNcap (2006):

http://www.euroncap.com/tests/skoda_roomster_2006/275.aspx.