Qualquer
mudança para melhor é sempre bem-vinda e justificada. O Classe A da Mercedes
até pode parecer que não mudou muito, pelo menos exteriormente, mas as
alterações introduzidas redobram o interesse e justificam um olhar mais atento
sobre o membro mais pequeno da família de Estugarda. As melhorias incidiram não
só na qualidade como no desempenho dinâmico, mais concretamente na eficácia dos
seus motores e, nunca como agora, a poupança de consumos esteve tanto na ordem
do dia.
Renault Koleos 2.0 dCi/175 cv Luxe
Posted on outubro 17, 2008 by Cockpit Automóvel with No comments
O KOLEOS representa a primeira incursão da Renault numa nova tendência automóvel: a dos veículos multifacetados, multifuncionais e, principalmente, capazes de transmitir e proporcionar aos condutores a imagem de poder e versatilidade. Claro que a marca francesa já tinha ensaiado o tema «crossover» em derivações do Scénic, por exemplo. A tracção integral também não lhe é uma mecânica estranha: em muitos mercados, sobretudo fora da Europa, fabrica modelos do tipo pick-up e até veículos militares, sem esquecer a parte dos comerciais ligeiros e pesados. A parceria com a Nissan não justifica, portanto, o surgimento do Koleos. Mas contribuiu bastante.

As linhas acentuadas prolongam-se pelo vidro dianteiro que continua a contribuir para o coeficiente de penetração (baixando os consumos) e, atrás, voltam a deslizar inclinadas, acabando por beneficiar a capacidade da mala. Em conjunto com a boa superfície vidrada lateral sai beneficiada a visibilidade, embora possa dispor dos habituais sensores no pára-choques.





Esta gestão pode ainda ser comandada manualmente através de botões. Existe um auxiliar para descidas bastante acentuadas.
Em estrada, comporta-se como um monovolume médio ou um familiar. A capacidade de amortecimento da suspensão não envergonha os pergaminhos franceses em matéria de conforto, enquanto os controlos electrónicos de tracção e estabilidade asseguram a segurança requerida num carro com centro de gravidade mais elevada.

Em estrada, este motor oferece ao Koleos capacidades mais do que suficientes para um excelente desempenho. A estrutura da carroçaria em cunha facilita a fluidez do vento quase eliminando quaisquer ruídos sobre esta, enquanto a boa desmultiplicação e precisão da caixa de seis velocidades, em interacção com um propulsor que não se «engasga» até às 1500 rpm, torna muito fácil a condução em cidade.

Espaçoso mercê uma distância entre eixos simpática, confortável e de construção sólida como se constata facilmente no habitáculo, esta versão do Koleos permite sem dificuldade consumos médios em redor dos 7,5 litros. Construído na subsidiária da Renault na Coreia, tendo como ponto de partida a tecnologia Nissan e acrescentado o desenho e o conforto do construtor francês, eis uma entrada em grande da marca do losango nesta área, depois das derivações anteriores. Para um maior sucesso comercial no nosso País dois óbices, por enquanto: a ausência do diesel 1.5 dCi e a classificação de Classe 2 nas portagens.
PREÇO, desde 46 600 euros (versão mesmo motor, 150 cv, tracção dianteira, a partir de 40000 euros) MOTOR, 1995 cc, 180 cv às 3750 r.p.m., 16 V, Common Rail 1600 bars + Turbo de geometria variável, intercooler, 360 Nm às 2000 rpm CONSUMOS, 9,3/6,6/7,5 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES POLUENTES 197 g/km de CO2
Mazda 2 1.4 MZ-CD (68 cv)
Posted on outubro 16, 2008 by Cockpit Automóvel with No comments
Prático e económico

Por estas razões, poucos são os construtores que não apostam forte neste mercado. Mesmo que para tal tenham que recorrer ao exterior para conseguirem os motores. É o caso da Mazda que, ao abrigo de um acordo que também inclui a Ford, recorre ao grupo francês PSA para disponibilizar este propulsor em particular.

Ainda assim, e ao contrário do que a silhueta exterior esguia sugere, a posição de condução até lembra a de um pequeno monovolume, pela colocação no manipulo das velocidades e na forma do painel de bordo. Apesar de o conjunto ser cerca de 5,5 cm mais baixo, a gestão do espaço interior permite um banco traseiro suficientemente desafogado para dois adultos, mas essa boa habitabilidade só é possível com sacrifício da capacidade da mala (250 l.), menor do que a da geração anterior. O banco traseiro não oferece movimento longitudinal e entre as (poucas) soluções de funcionalidade, conta-se um porta luvas com tampa parcialmente aberta - para permitir a colocação de objectos mais compridos - e uma cobertura dupla do piso da mala – que «salta» em mau piso -, com pequenos espaços entre esta e o pneu suplente de pequenas dimensões.

O consumo médio situa-se, sem esforço, abaixo dos 5 litros e, não sendo um motor silencioso, a insonorização atenua grande parte dessa característica. Em contrapartida, é isento de vibrações.

A envolvência da posição de condução e a rápida adaptação à funcionalidade do tablier, simples, sóbrio no contraste e sem destoar pela negativa nos materiais ou nos nos acabamentos, é outro dos aspectos que contribui para tornar a sua condução tão agradável. Parte dos comandos do rádio e do computador de bordo estão, consoante o nível de equipamento, integrados no volante, bonito e bastante desportivo. Um simples indicador luminoso azul mantém-se ligado enquanto o motor não atinge a temperatura adequada, fazendo a função do manómetro habitual.
PREÇO, desde 16050/16550 euros (3/5 portas, Core) MOTOR, 1399 cc, 68 cv às 6000 rpm, 8 V., 160 Nm às 2000 rpm, common rail, turbo CONSUMOS, 5,3/3,7/4,3 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES CO2, 114 g/km
Paris Motor Show 2008
Posted on outubro 08, 2008 by Cockpit Automóvel with No comments
No poupar é que está o ganho!

Tempos que são de crise, já se sabe. Ou, pelo menos, mais difíceis e incertos para os grandes mercados ocidentais. Por isso, muitos fabricantes apostam em versões dirigidas especificamente para mercados emergentes como a América Latina, por exemplo.
Ainda e cada vez mais, insiste-se no tema sempre cadente dos combustíveis. Quer seja pela apresentação de fontes de energia alternativas e de soluções tecnológicas, ou outras mais simples, destinadas a uma efectiva redução dos consumos.
Mas um salão automóvel é, ou deseja-se que seja, todo ele, um espectáculo, uma montra grandiosa, uma verdadeira feira de vaidades e, por mais complicado que às vezes seja disfarçá-lo, um voto de confiança num futuro económico e socialmente menos complicado. É por isso que, mais do que uma descrição exaustiva de todas as novidades, esta é uma festa onde as imagens valem mais do que as palavras.







Nissan Navara 2.5 dCi 4x4 Sport Edition
Posted on outubro 01, 2008 by Cockpit Automóvel with No comments
Só quem anda distraído é que não repara na quantidade de veículos do tipo pick-up a circular nas estradas nacionais, com aspecto de nunca virem a ser utilizados na função para a qual foram verdadeiramente concebidos ou verem as suas capacidades cabalmente aproveitadas. A explicação é relativamente simples: durante anos beneficiaram em Portugal de uma fiscalidade muito favorável que lhes permitia um preço final baixo e concorrencial face a outras viaturas e, embora tenha visto o seu preço encarecer vários milhares de euros desde a entrada em vigor da nova lei, a verdade é que este se mantém bastante competitivo.
ENSAIO: Hyundai i30 CW 1.6 CRDi/115 cv
Posted on setembro 25, 2008 by Cockpit Automóvel with 1 comment

Uma emoção bastante racional
TENHO PARA MIM que dentro do género e do segmento, o Hyundai i30 e o seu congénere Kia Ceed, são das melhores propostas familiares actualmente presentes no mercado. No caso das «carrinhas», já as vi comparadas com configurações de carroçaria idênticas de modelos utilitários — casos do Skoda Fabia ou Peugeot 207, por exemplo —, mas, na realidade, o «ambiente» natural é entre familiares intermédios como o Renault Mégane ou o VW Golf, o que acresce o grau de exigência e responsabilidade.
Duas razões para essa comparação são o aspecto compacto e o preço, o último mais próximos dos valores de um utilitário do que do segmento seguinte. Num e noutro caso, esses motivos acabam por ser apenas mais algumas das vantagens desta versão acentuadamente familiar do i30.

EM TERMOS de dimensões exteriores, o Hyundai i30 CW fica a cerca de 25 mm do comprimento de um Mégane e supera largamente station wagons de utilitários como o 207, o Clio, o Fabia e até do Ford Focus já do segmento deste Hyundai. Mas não parece, devido à envolvência das linhas da carroçaria, ainda que os traços vincados lhe imprimam dinamismo e inegável elegância ao conjunto. A silhueta bastante europeia — concebida no centro de estilo situado na Alemanha — destoa com a configuração da zona traseira, bem como a correspondente superfície vidrada, ainda que esta pretenda acentuar-lhe uma imagem desportiva. O construtor acrescenta-lhe o «Crossover Wagon», reforçando-lhe o facto, contudo sem grande sentido. Talvez o fizesse caso o modelo dispusesse que algumas protecções ou reforços visíveis na carroçaria e no chassis. Independentemente desta atitude de marketing, na realidade, o formato traseiro confere-lhe uma rigidez estrutural que melhora o comportamento e contribui para atenuar desvios da traseira, compensando os 23 cm a mais, face ao «cinco portas».

O ESPAÇO interior, mas sobretudo o traseiro, é um dos grandes trunfos do Hyundai i30 CW. O modelo oferece não só bancos maiores, como consegue proporcionar espaço suficiente para as pernas. Os lugares dianteiros não parecem ser tão amplos nem os bancos são tão acolhedores, mas encontrar uma boa posição de condução não é difícil.
Voltando ao espaço, a capacidade da mala não constitui referência, porque existe um pneu suplente igual aos restantes o que é uma grande vantagem nos dias que correm... Mesmo assim, é de referir o seu bom acesso facilitado pela altura da plataforma face ao solo e pela abertura ampla da respectiva porta. Existem pequenos espaços sob o seu piso, a divisória rígida é seccionada e dispõe de ganchos para transportar objectos pendurados ou fixar uma rede. Aliás; no resto do habitáculo não faltam igualmente pequenos espaços, com destaque para o forro interior das portas que são amplos.

NUM SEGMENTO exigente e competitivo, bem como num modelo claramente voltado para os padrões europeus, o construtor não podia descurar em termos de design, funcionalidade, escolha dos materiais ou na qualidade de construção.
Não são pois de admirar os revestimentos suaves ou a ergonomia cuidada dos comandos principais, bem como a preocupação em jogar com tonalidades que lhe imprimam um aspecto jovem e desportivo. É o caso do volante e do seu formato, ou da consola central, mas também do fundo azulado dos mostradores. O toque de modernidade é dado pelas ligações a fontes externas de som, como i-pod, por exemplo.

MUITO EQUILIBRADO no conjunto, o Hyundai i30 CW 1.6 CRDi de 115 cv é claramente o mais apetecível. Com uma espantosa desenvoltura em estrada, este modelo só não apresenta mais agilidade em cidade, porque o motor convive melhor na zona das 2000 rpm, obrigando o condutor a trabalhar com a caixa para manter um ritmo vivo. E se para cima não se esgota facilmente, quando o ponteiro das rotações desce demasiado, queixa-se.
Em conjunto com uma suspensão traseira mais rígida, o comportamento em curva é de facto bastante seguro e parece mesmo capaz de acompanhar o andamento de versões bem mais desportivas da sua classe. Mas, sendo uma das carrinhas mais divertidas de conduzir, a maior precisão do desempenho «paga-se» com uma suspensão que se ressente em pisos mais degradados.

A PAR de uma estrutura compacta, na forma que não no tamanho, mas que lhe oferece uma grande facilidade de condução – mercê da boa visibilidade, capacidade de manobra e desenvoltura do motor -, o Hyundai i30 CW dispõe de uma boa relação preço/qualidade/equipamento. O que é de esperar! Com o motor de 115 cv e no nível de topo no que concerne ao equipamento (todos os airbags, controlos de estabilidade, vidros eléctricos, ar condicionado, jantes de 17'', alarme, computador de bordo, etc, etc, etc...), o preço final fica no limiar dos 25 mil euros. No entanto, o preço de entrada é 5000 euros abaixo deste valor para o mesmo bloco com apenas 90 cv, mais do que os bastantes para um uso familiar. Com redobrada vantagem neste caso: é que enquanto este 115 cv, pela desenvoltura que demonstra, incentiva a uma condução mais rápida e mais penalizadora dos consumos, um binário mais precoce no propulsor menos potente poderá gerar uma dupla economia. Ainda que, segundo os dados do construtor, tanto os consumos como o nível de emissões sejam iguais nos dois casos.
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PREÇO, desde 22 755 euros MOTOR, 1582 cc, 115 cv às 4000 rpm, 16 V., 255 Nm entre as 1900 e as 2750 rpm, Injecção Directa common rail com turbo de geometria variável (VGT) CONSUMOS, 5,9/4,3/4,9 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES CO2, 128 g/km
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Renault Laguna 1.5 Dci eco²/110 cv
Posted on setembro 18, 2008 by Cockpit Automóvel with No comments
QUEM ESTIVER à espera de encontrar um automóvel ronceiro, anémico e pouco expedito, desengane-se. Ainda que para animar o conjunto disponha de um pequeno motor diesel com cilindrada inferior aos 1500 cc, a verdade é que este propulsor já dá muito boa conta de si, por exemplo, no monovolume Grand Scénic que não só é mais pesado como menos aerodinâmico. No caso deste Laguna, a subida de pressão do turbo no motor 1.5 dCi faz com que ganhe 5 cv, mantendo os valores de binário presentes no Clio Sport, no Mégane ou na Scénic. Detentor da «assinatura» «Renault eco²» — que distingue os modelos mais ecológicos e mais económicos da marca, com emissões de CO2 inferiores a 140 g/km e pelo menos 5% de materiais plásticos reciclados —, esta versão beneficia ainda de um preço final que começa nos 30 mil euros e de um consumo combinado real inferior aos 6 litros.




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PREÇO, desde 29660 euros MOTOR, 1461 cc, 110 cv às 4000 r.p.m., 240 Nm às 2000 rpm, turbo de geometria variável, 16 válvulas, injecção common rail CONSUMOS, 6,1/4,5/4,9 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES POLUENTES 130 g/km de CO2
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