HISTÓRIA: Datsun 120 Y ou Nissan Sunny B210
O Nissan B210 foi um dos modelos mais populares e com a longevidade mais longa da série “Sunny”.
Sucessor do aclamado Datsun 1200, de onde derivava grande parte da estrutura mecânica, seria produzido para a Europa e para a América do Norte até 1979.
A linha de modelos Nissan “Sunny” é uma das séries mais longa do construtor japonês.
O lançamento do Almera (ou Tiida em alguns mercados) interrompeu o uso da designação em mercados fora do Japão.
Como a maioria dos carros japoneses que vingaram na Europa, os primeiros Datsun despertavam a atenção pelo preço, mas também por uma mecânica simples que o tempo viria a revelar-se mais fiável do que a dos carros europeus concorrentes, nomeadamente os motores que, apesar de económicos, eram bastante rotativos e desembaraçados.
Este conjunto de características tornava estes modelos particularmente interessantes para a competição. O modelo acima é um Datsun Sunny (B110) 1200 GX-5, baseado na segunda geração.
O motor 1.2 debitava 130 cv e possuia caixa manual de cinco velocidades)
Porém, nos anos 70 do século XX, era vulgar encontrar carros em uso familiar durante a semana e, ao domingo, serem vistos a correr em circuito.
Praticamente bastava colocar um capacete, levar um extintor a bordo e, claro, reforçar alguns vidros, incluindo dos faróis, com fita-cola.
Infelizmente, isto terá contribuído para o desaparecimento prematuro de muitos carros.
"120Y"
Produzido para a Europa entre 1973 e 1978, o B210 é o terceiro da linha Sunny.
Em Portugal ele é mais conhecido como 120Y. Praticamente mantém grande parte da estrutura mecânica da geração anterior:
- Motor A12 (evolução do A10 do Datsun 1000): 1171 cc, 69 cv, motor dianteiro/tração traseira e caixa manual de quatro velocidades (mas outros se juntavam de acordo com os mercados, identificados com 130Y, 140Y, 150Y…)
- Jantes de 12 polegadas (passariam a 13 polegadas a partir de 1975, aquando da renovação do carro);
- Chassis e sistema de suspensão com alterações mínimas: molas traseiras de folha semielípticas
As maiores exigências de segurança do mercado americano obrigaram a alguns melhoramentos neste sentido, como o formato menos saliente do pára-choques e a maior proteção dos ocupantes.
Melhorado (ou tentado) foi também um flagelo habitual dos carros japoneses da altura, a demasiada exposição da chapa à corrosão, propositadamente mais fina já que um dos segredos da dinâmica e do consumo sempre residiu no baixo peso.
Embora muitas vezes acontecesse a incorporação local de componentes ou a montagem do carro, as condições de transporte (barco essencialmente) eram demoradas e nem sempre ofereciam as melhores condições de proteção.
Presença em Portugal
Extraordinariamente popular na América do Norte graças a um combinado de seis formatos de carroçaria, que incluíam a vistosa e cobiçada versão Coupé, a carreira do Datsun 120Y em Portugal fez-se sobretudo com a carroçaria sedan de duas portas ou quatro portas e com a carrinha de três portas, já que a de cinco era mais penalizada em termos fiscais.
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O design continua a ser um dos pontos fortes deste carro: a silhueta ondulada, a marcação da linha da cintura dos vidros.
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Mas também o interior, principalmente a forma do tablier e disposição dos instrumentos contribuem para fazer do 120Y um carro com uma condução bastante envolvente.
O modelo seria descontinuado na Europa, com a chegada do Nissan/Datsun B310 em 1979. Continuou porém a ser produzido noutros países, nomeadamente na África do Sul, de onde saíram estas belessímas versões coupé com motor 1.6 (160Y).
Possuiu ou já conduziu um Datsun 120Y?
Conte-nos a sua história.
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