ENSAIO: Suzuki Swift 1.3 DDiS

Razões económicas nem sempre bem avaliadas e uma maior facilidade de condução tornam os utilitários com pequenos motores a gasóleo simpáticos aos olhos do consumidor português. Com uma estética desportiva e consensual, o pequeno Swift ressurge equipado com a compacta unidade diesel presente na anterior geração, um bloco de origem Fiat e Opel.
Capitalizando uma renovação recente ao nível estético e no capítulo mecânico, com a dotação de um novo motor a gasolina mais económico e menos poluente, graças à adopção do sistema start/stop, o bonito Swift tem, na sua gama, uma igualmente económica versão a gasóleo.
Este motor é o mesmo da anterior geração. Apesar dos ganhos obtidos ao nível da potência (de 69 para 75 cv) e de binário (de 170 para 190 Nm), o facto de este ser alcançado mais cedo (1750 rpm em vez das 2000) e uma nova gestão do motor fizeram o consumo médio homologado decrescer algumas décimas.
Mais expressiva foi a redução do nível de emissões (de 122 g/km para 109), em grande parte por causa da adopção de um novo filtro partículas.

Comportamento exemplar

A importância destes valores traduz-se no facto de passar a cumprir as actuais normas europeias referentes às emissões de poluentes, e nos benefícios fiscais que, em alguns mercados, advém da redução das emissões. Sendo que as melhorias efectuadas em nada interferiram no seu desempenho dinâmico, com a versão actual a exibir melhores prestações do que a unidade anterior.
Explanados os dados técnicos, o resultado prático do seu ensaio revelou um carro divertido de conduzir, ágil e com forte poder de aceleração até aos 70/80 km/h. Ideal, portanto, para o desembaraço urbano, favorecido pelas dimensões compactas e ainda pelo bom escalonamento da caixa de 5 velocidades. Este Suzuki Swift DDiS começa a ser rápido a partir de pouco mais das 1500 rpm (até lá anda algo indeciso) e estende essa força além das 3000 rpm. Suave e pouco ruidoso (excepto a baixas rotações), este motor mostra-se moderado a consumir, com a média final do ensaio a registar, no computador de bordo, uns surpreendentes 4,3 litros.
Em estrada, o andamento corresponde de igual forma. Velocidades e desempenho muito interessantes, quase ao nível de um pequeno desportivo, situação na qual o Swift vale-se da boa aerodinâmica e das vias largas. Estável, curva sem adorno e, se muito provocado, apenas com ligeiro e divertido escorregar da traseira.
Que diferença face à “castrada” versão 1.2 a gasolina!

Imagem interior inalterada

Embora com uma estrutura compacta, a largura do conjunto e a altura da parte traseira favorecem-lhe a habitabilidade. Efectivamente, atrás, dois adultos conseguem viajar com desafogo, com sacrifício da capacidade da mala que se queda nuns pouco expressivos 211 litros.
Com demasiado plástico à vista, mesmo assim o rigor e a aparente solidez do interior acompanham o desenho simpático e a funcionalidade dos comandos. Mais simpático se torna o interior ou a funcionalidade quando dotado de equipamento como o tecto panorâmico em vidro com cortina eléctrica (Sunroof) ou a chave inteligente, que controla também o processo de abertura e fecho de portas.
Com preços a partir de pouco mais de 18 mil euros e um nível de equipamento bastante razoável, este despachado Swift beneficia, tal como os restantes, de uma campanha especial de preços até ao final de Abril.

Dados mais importantes
Preços (euros)desde 18 000 (GLX/3 p.)
Motor
1248 cc, 4 Cil./16 V, 75 cv às 4000rpm, 190 Nm a partir das 1750 rpm, common rail, turbo, intercooler
Prestações165 km/h, 12,7 seg. (0/100 km/h)
Consumos (médio/estrada/cidade)4,2 / 3,6 / 5,1 litros
Emissões Poluentes (CO2)109 gr/km

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