Nissan Micra C+C 1.4 Active Luxury

Glamouroso!


O MICRA C+C é, naturalmente a versão descapotável ou coupé, consoante a posição do tejadilho rígido, do mais pequeno membro da japonesa Nissan. Dele difere também nas dimensões — mais baixo devido a uma inclinação maior do pára-brisas e mais longo para criar espaço para a arrumação do tecto de abrir —, menos habitável para os passageiros e com maior capacidade de carga na variante coupé. Mas, se têm raízes nipónicas também não se poderá negar que foi beber muito da tradicional elegância francesa.....

ESTABELECIDAS as principais diferenças, é de referir que este modelo, a exemplo da geração anterior, prima por uma estética diferente, do género «ou-se-gosta-ou-não-se-gosta». A radicalidade das linhas prolonga-se no C+C, que, de si, apela à diferença, com um estilo muito próprio e definitivamente arrojado que dificilmente deixa alguém indiferente; os faróis elipsoidais, a forma da grelha e a frente abaulada parecem sorrir, prolongando-se por uma linha de cintura levemente elevada que desaba numa traseira mais consensual.

AINDA QUE apresente dois lugares traseiros, estes são pouco mais do que meramente figurativos ou destinados a crianças, já que o espaço para as pernas é escasso, tal como a altura em função coupé… O interior é bonito, simples e prático, oferecendo alguns pequenos espaços que, verdade seja dita, exigem precauções quando deslocamos a capota. É que o que aí guardarmos, nomeadamente tratando-se de papéis, o mais natural é acabarmos por os ver levados pela deslocação do vento…A ausência de canhões de chaves (nas portas e na ignição), substituídos pelo comando à distância e por um botão rotativo no segundo caso, é outro factor de destaque.

MUITO COMPACTO,
e, como se disse, não primando por muito espaço interior, oferece contudo suficiente desafogo aos ocupantes dos lugares dianteiros. Com a capota aberta, a bagageira proporciona 255 litros de espaço de arrumação, aumentando para uns expressivos 457 litros quando ela se fecha. De forma a assegurar que a bagagem não interfere com a capota quando esta está aberta, uma divisória retráctil na área de bagagem deve ser encaixada no seu lugar antes de se baixar o tejadilho.


UM SIMPLES TOQUE num botão, é quanto basta para transformar o C+C. A operação demora menos de meio minuto, com o tejadilho rígido a recolher como se fosse uma concha, debaixo da cobertura de articulação dupla: abre pela retaguarda, quando a capota se abre ou fecha, e convencionalmente, pela frente quando se pretende arrumar ou retirar a bagagem. A operação dispensa o manuseamento de qualquer fecho para prender ou soltar a capota à calha do pára-brisas, podendo ser realizada a velocidades inferiores a 5 km/h. O tejadilho rígido possui vidro panorâmico com rede protectora, e a sua concepção é responsabilidade da conhecida empresa de estilo Karmann. O C+C é 99 mm mais baixo e tem mais 72 mm de comprimento total do que a versão hatchback.

O CONJUNTO demonstra uma salutar relação com os diversos tipos de andamento que se lhe impõe. Com uma excelente posição de condução, comandos intuitivos e bem colocados e um belíssimo volante, é fácil o entrosamento do condutor com o carro, num relacionamento que roça a perfeição. A suspensão mais firme não impede que proporcione um conforto mais do que esperado nesta classe de veículos, enquanto que, em curva ou numa conduta mais exigente, a afinação da mesma permite que se lhe adivinhem facilmente as reacções.

O MODELO ENSAIADO dispunha de uma motorização a gasolina de 1.4 litros, com 88 cv, suficiente para o que se pretende. É que, ainda que o comportamento em velocidades elevadas ofereça segurança, e, com a capota colocada, o grau de insonorização seja aceitável, na realidade, o Micra C+C é um daqueles carros que, pelo conjunto de sensações agradáveis que proporciona, só se desfruta em pleno na versão descapotável e em velocidades moderadas.Em todo o caso, quer o motor, quer a caixa de velocidades, sempre muito precisa e com um escalonamento acertado, se encontram à altura do modelo. Com a grata surpresa de consumos moderados… se bem que este é também um daqueles carros que apela a um andamento igualmente moderado... porque há que prolongar as boas sensações!


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PREÇO, desde 23700 euros MOTOR, 1386 cc, 88 cv às 5200 rpm, 128 Nm às 3200 rpm, 16 válvulas
CONSUMOS, 5,6/6,6/8,2 l (extra-urbano/combinado/urbano) EMISSÕES POLUENTES 158 g/km de CO2
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MUITO EXCLUSIVO e pouco visto nas nossas estradas, para o Micra C+C estão reservados dois motores a gasolina, este 1.4 e ainda um 1.6/110 cv mais potentes. O motivo do regresso ao modelo foi o surgimento de um novo nível de equipamento aplicado a toda a gama Micra, designado Active Luxury, destinado sobretudo a quem procura aliar luxo, glamour e modernidade. A primeira nota de requinte é dada pelos bancos, pelo forro das portas e do porta luvas em Alcantara perfurada cinzenta-claro a simular pérola, e aplicações de couro em tom terracota. Os puxadores e inserções das portas são em cromado acetinado e o volante em couro preto exibe também uma costura em tom terracota. Os mostradores do velocímetro e do conta-rotações, de cor creme, adquirem um discreto contorno cromado acetinado e, ao abrirem, as portas revelam uma protecção metálica. Surgiu igualmente uma nova e exclusiva cor da carroçaria de tom cinzento-claro, designada por Porcelain. Esta versão possui ainda jantes em liga de 16 polegadas, um discreto estabilizador aerodinâmico traseiro, um sistema de áudio de 6 CDs adaptativo em função da velocidade, ar condicionado totalmente automático, bancos desportivos dianteiros aquecidos e com suporte lombar, limpa-pára-brisas sensíveis à chuva e activação automática dos faróis em função da luminosidade, que se juntam aos tradicionais elementos de conforto e segurança presentes na restante gama.

Smart Fortwo Cabrio e CDi

Provavelmente... os mais económicos!



VOLTO AO SMART, depois de em Junho ter falado da versão coupé a gasolina, para referir duas das versões mais apetecíveis ao consumidor. A primeira, o económico modelo equipado com o pequeno motor diesel, a segunda, provavelmente o descapotável mais barato do mercado.

COMUM A AMBOS, a facilidade de condução, de manobra e de estacionamento que as contidas dimensões exteriores possibilitam. O Smart é pequeno mas cresceu cerca de um palmo desde que nasceu, e, quanto a mim, a alteração mais bem vindas da presente geração, foi a melhoria de conforto e funcionalidade do habitáculo. Sem perder as caracteristicas de segurança passiva que o tornaram referência, este pequeno citadino evoluiu da simplicidade das formas para um tablier mais agradável de ver e de sentir, não apenas mais consistente e menos disperso na disposição dos comandos, mas, ainda e sempre, com pormenores que lhe dão um inconfundível toque de irreverência.


ESSE acréscimo de dimensões reflectiu-se sobretudo em mais espaço na bagageira, embora a frente pareça mais alongada muito por culpa de um grupo óptico mais elaborado. Antes de mais, é preciso dizer que o acesso ao motor do Smart se faz pelo piso da mala, pelo que parte da responsabilidade desse acréscimo se deve, provavelmente, à introdução do ainda assim pequeno propulsor japonês de três cilindros, a gasolina, de maior cilindrada. A parte reservada ao condutor e passageiro mantém-se praticamente inalterada no espaço disponibilizado, sendo surpreendemente amplo para abrigar em conforto o condutor e pendura. Sóbrio por um lado, alegre no jogo de contrastes, o interior foi pensado para «jogar» favoravelmente com várias opções disponíveis: aplicações cromáticas personalizadas, tecto panorâmico em fibra ou a engraçada variante com tecto de abrir em lona.


E ANTES de ir para o motor, fixemo-nos, exactamente, no engraçado e charmoso descapotável. Mantêm a capota eléctrica em lona — o óculo traseiro é de vidro —, cujo funcionamento prático põe a descoberto o arco que lhe garante a estabilidade torcional e protege os ocupantes em caso de capotagem. O tejadilho pode servir meramente como tecto de abrir com várias posições intermédias, ou descer por completo até ao nível superior da mala, que não sofre grandemente com isso no que respeita à capacidade. O desempenho dinâmico não sofre muitas alterações em relação ao modelo fechado, salvo, naturalmente, quando circulamos de capota aberta e a acção aerodinâmica se faz sentir. E este último ponto é importante e de ter em atenção, dado que a abertura ou o fecho é possível com o carro em andamento.

JÁ QUANTO à versão diesel, se referir a grande economia de consumos pode parecer redundante, o que me causou maior surpresa é o facto de este motor acabar por se mostrar mais «despachado» em cidade do que a versão a gasolina com mais 16 cv que anteriormente ensaiei. Com uma caixa automática de cinco velocidades com comando sequencial, a desenvoltura dinâmica dos seus 45 cv (mais 4 do que anteriormente), está muito bem adaptada à circulação urbana, já que os valores de binário surgem mais cedo; já em contrapartida, o funcionamento totalmente automático da caixa continua a ser algo brusco nas passagens de velocidade, gerando lentidão e ligeiros solavancos, o que incentiva o seu uso no modo sequencial.


O COMPORTAMENTO em curva é efectivamente bom face ao peso e à circunstância de se tratar de uma viatura com motor e tracção traseira, ajudado pelos pneus mais largos neste eixo. A estabilidade em velocidade surpreende pela positiva, embora, continue a ressentir-se com a acção de ventos contrários ou laterais. Mas os níveis de tracção e de aderência melhoraram consideravelmente, um pouco à custa, é certo, do conforto, que o digam os ocupantes à passagem de lombas...

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PREÇO, desde cerca de 11500 (cdi) 12500 euros (Cabrio)
MOTOR (diesel), 799 cc, 45 CV, 3 cil,. /6 V,, 110 Nm das 2000 às 2500 r.p.m., turbo, intercooler e common-rail (gasolina), 999 cc, 71 e 84 Cv, 3 cilindros/12 V
CONSUMOS Médios de 3,3 l (gasóleo) e 4,9 (gasolina)
EMISSÕES CO2 de 88 ou 116 g/km respectivamente

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O SMART FORTWO apresenta dois tipos de carroçaria, coupé e cabrio, sendo que o primeiro pode dispor também de um tecto panorâmico em fibra muito giro. Aliás... o facto de ser giro e muito charmoso, contribuiu para que a moda Smart se instalasse e tenha sido bem aproveitada pela Mercedes para a manter bem viva, actual, atraente e... desejável. Não adianta referir os vários motores e níveis de equipamento disponíveis, embora um aspecto, pelo inedetismo na gama, mereça uma referência mais especial. Já se sabia que o Smart, pese embora o seu pequeno tamanho, é um dos modelos mais seguros em caso de colisão, graças aos elementos de absorção de energia de uma das mais seguras células de segurança conhecida como tridion. Pois agora o fortwo pode ainda ser mais económico e amigo do ambiente graças à tecnologia micro hybrid drive. Em vez de um motor de arranque convencional, o smart fortwo mhd está equipado com um sistema stop/start que aproveita de maneira mais eficiente os períodos de inactividade do motor. Quando o condutor trava e atinge uma velocidade inferior a 8 km/h, o sistema mhd desliga o motor. Quando retira o pé do travão para retomar o andamento, o motor é imediatamente ligado e a viagem prossegue. Com este sistema, o construtor anuncia uma redução de até 19% de gasolina e menos emissões de CO2, estando a tecnologia disponível para qualquer dos modelos e versões.

SsangYong Rodius 2.7 xdi

Quem vê caras...



HÁ DUAS grandes evidências em torno deste carro: uma, insofismável, a outra, condicional e relativa. A primeira é a de que se trata de um carro grande, longo, com capacidade de até 11 lugares consoante os mercados. A segunda, dependente dos gostos individuais e do julgamento de cada olhar, é a de um carro para uns feio, para outros simplesmente... diferente, muito por culpa do desenho da parte traseira.

NA VERDADE não estamos habituados a vê-lo nas nossas estradas, embora, aqui ao lado, em Espanha, tenha colhido uma grande aceitação. O que não é de estranhar: custando cerca de 10 mil euros menos do que em Portugal, com os seus mais de cinco metros de comprimento, o Rodius é, provavelmente, o monovolume com o melhor preço por metro quadrado de habitabilidade... Já pronunciar SsangYong, o nome do construtor, é tarefa mais complicada e uma quase novidade, embora anteriormente a marca tenha tido uma passagem mais ou menos discreta em Portugal, nomeadamente no segmento dos todo-o-terreno.

MAIOR PRESENÇA no mercado, é o que pretende o novo importador, por acaso uma empresa espanhola. E, se atendermos à linha e volumetria do Rodius e dos restantes modelos comercializados, passar discreto é de facto difícil...

Mas vamos por partes; não sendo um modelo novo, aliás, agora em Frankfurt foi apresentada a «linha» de 2008, o modelo à venda em Portugal surge com uma configuração de dois lugares dianteiros, duas poltronas intermédias (rotativos a 180 graus, rebatíveis convertem-se em mesa, extraíveis e a correr sobre calhas longitudinais) e uma terceira fila de três lugares igualmente rebatível e com calhas longitudinais.

TODA ESTA funcionalidade dos bancos, contribui para a versatilidade do interior. Que se apresenta tão amplo quanto se possa imaginar! Mesmo com todos os bancos na sua posição normal, a boa capacidade da mala supera a de qualquer outro concorrente. Tão espaçosa que em alguns mercados alberga uma quarta fila de assentos.
Há também bastante altura interior (um pouco menor para a última fila), movimentação entre as duas últimas filas de lugares, porta copos e tabuleiros a servirem a zona traseira e compartimentos no apoio de braços da terceira fila. Para o condutor e respectivo pendura, houve maior aproveitamento do volumoso tablier, existindo, inclusive, uma gaveta vocacionada para a arrumação de CD's e um espaço sob o apoio de braços dos bancos dianteiros.

A ZONA que se oferece ao olhar do condutor, nomeadamente a colocação central dos indicadores, em declive e profundidade para acentuar a noção de espaço, lembra outros modelos. Agradou-me bastante a ergonomia do posto de condução que além de confortável, atenua a sensação de tripularmos uma viatura com estas dimensões. Algo que só nos recordamos nas alturas em que a temos que manobrar, pois o raio de viragem é naturalmente maior e o volante possui uma longa desmultiplicação. Em qualquer dos casos, bem vindos — porque essenciais — os sensores traseiros de estacionamento. Já quanto à disposição dos comandos não oferece grande dificuldade, mas é desenquadrada e pode mesmo revelar-se perigosa, a colocação no tejadilho do painel com bússola, indicações de consumo e velocidade média, altímetro, pressão atmosférica e carga da bateria.

ESTE É UM daqueles carros que deve ser apreciado de dentro para fora. E aí, inevitavelmente, cativa. É amplo e muito funcional, confortável em viagem mesmo a transitar sobre mau piso — a longa distância entre eixos atenua o amortecimento das irregularidades, mas a suspensão também se porta bem — e a qualidade dos materiais e até mesmo de construção (pela ausência de ruídos parasitas) não desmerece. O conjunto apresenta-se suficientemente sólido, o que não será de estranhar pois existe ainda uma versão de tracção total.


O MOTOR, um bloco de 2,7 litros, ruidoso e mais guloso do que os valores indicados pelo construtor, é de uma franca disponibilidade para acelerar as mais de duas toneladas. Acoplado a uma caixa de velocidades automática, resulta na opção mais confortável para quem gosta de «fazer» estrada. Acelera rápido, recupera bem e é capaz de atirar o Rodius rapidamente para valores de nos fazer ficar sem carta de condução caso nos cruzemos com um radar. A caixa de velocidades automática, progride sem sobressaltos no modo automático e oferece um botão para as passagens de forma sequencial. Mas, salvo alguma «nabice» própria quando ia no modo sequencial, fiquei sem entender o desencontro entre a velocidade a que transitaria e o indicador com o respectivo número colocado sob o volante, quando, por sua iniciativa, retornava ao modo automático para reduzir.

O QUE ENCANTA, é que, sendo um carro grande, essa sensação se esbate em estrada e se deixa dirigir como um familiar médio. A suspensão é macia e a carroçaria acusa alguma brandura, com a sensibilidade aos ventos a reflectir-se sobre a direcção que se torna mais leve e perde alguma precisão. Também é verdade que não cheguei a andar com o Rodius em lotação máxima e esse factor altera certamente as impressões de condução.
Em cidade, dirige-se sem grandes embaraços e mesmo não dispondo de grande visibilidade traseira, também não é complicado de manobrar.



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PREÇO, desde 37 100 euros MOTOR, 2696 cc, 165 cv às 4000 rpm, 20 V, 342 Nm das 1800 às 3250 rpm, 5 cilindros, turbo, intercooler common-rail CONSUMOS, 10,5/6,7/8,1 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES POLUENTES 223 g/km de CO2

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62.º Salão Internacional do Automóvel de Frankfurt


Angel Merkl investiga o Opel Flextreme de propulsão eléctrica — cujas baterias podem ser recarregadas pela rede eléctrica doméstica — e motor diesel de apoio

ULTIMAMENTE fala-se muito em crise no mercado automóvel, as taxas de juro sobem, o desemprego aumenta, crescem os níveis de inflação e de endividamento... Deve ser só em Portugal! Porque quando se percorrem os corredores de um Salão Automóvel como o que na passada quinta feira abriu portas em Frankfurt, e se começa a contar o número de novidades é caso para perguntar onde pára a crise?, tantas são as apostas dos construtores.


NOVOS MODELOS, novas versões, novos conceitos, novos nichos de mercado, não será «fruta» a mais? Haverá consumidores suficientes para absorver (dispostos a fazê-lo acredito que sim...), com poder económico para renovar os seus carros e empresas com capacidade para modernizarem permanentemente as frotas, mais a mais ao preço a que se encontram os combustíveis?


Poderá já revelar tendências da futura geração Renault Kangoo. Ou simplesmente uma variação mais compacta da actual... Em todo o caso, a curiosidade maior reside na funcionalidade dos bancos traseiros girarem electricamente para a zona das bagagens e da versatilidade das respectivas portas


Citroën C-Cactus, com bastantes materiais reciclados ou recicláveis na sua composição e uma motorização híbrida HDi que apresenta um consumo de 3,4 l/100 km e emissões de CO2 de apenas 78 g/km

APARENTEMENTE, todos querem acreditar que sim; quanto mais não seja — pegando no jargão que adjectiva a Alemanha como «locomotiva da Europa» —, pelos esperançosos sinais contidos nos indicadores económicos do país comandado pela sra. Merkel...
Num salão cujo lema é «Veja onde se dirige o Futuro», os focos centram-se naturalmente sobre as propostas movidas a energias alternativas e nos ganhos de consumo e consequente diminuição de emissões poluentes, antecipando já exigências da União Europeia e da América do Norte nesse domínio.

A Toyota com o seu Prius e agora também com a sua divisão mais exclusiva, a marca Lexus, lideram a tecnologia híbrida. No entanto, a curiosidade maior vai para este iQ concept de quatro lugares(!) e menos de três metros de comprimento.
Versátil e prático, possui espaço para três adultos e uma criança, ou para quatro adultos
se utilizado o espaço da bagageira. Concorrência ao Smart?


Se lhe disser que é um Suzuki não estou a mentir... acrescentar que se trata de um dos mais bonitos protótipos do salão é pouco... Chama-se Kizashi, parece ter saido de uma banda desenhada e virá disputar o segmento das berlinas familiares com um motor diesel de 2,0 l e tracção total. Bate coração...

ALGUNS dos novos carros que debutam na Alemanha, não chegarão a circular nas nossas estradas ou então serão em número reduzido, devido ao preço final a que a carga fiscal os obrigaria. A esse propósito, um dos assuntos que desperta alguma curiosidade é até quando o Estado Português conseguirá manter a cobrança do IVA sobre o Imposto sobre Veículos e as consequências que isso poderá também trazer para os combustíveis e para o tabaco, produtos em que também acontecem situações similares.

A Chevrolet está presente com uma grande armada.
Aqui está o que poderá vir a ser o futuro Matiz

O Hyundai i-blue com propulsão a hidrogénio,
sem emissões poluentes e carroçaria de veículo do segmento D

A CONSTELAÇÃO de estrelas de um salão automóvel é constituída por protótipos e pelas novidades presentes, sejam elas na forma definitiva de um veículo ou simplesmente partes deste. Mas, nos corredores do salão automóvel alemão, e em reuniões mais ou menos fechadas a ouvidos e olhares indiscretos, também se falou muito em economia. Da economia do mundo em geral e da economia de custos em particular, não esquecendo o «peso» que a indústria automóvel tem em termos de criação de receitas e de emprego.

Uma carrinha Mercedes é um permanente desejo. A da nova Classe C apenas confirma a vontade. A capacidade da mala é mediana, mas a qualidade e o conforto são imagem - e que imagem! - de marca...

PARA ALÉM da incidência dos holofotes sobre as fontes de energia alternativas, outro foco de interesse era, pois, a forma de reduzir ainda mais os encargos de fabrico e apresentar propostas mais acessíveis aos consumidores. Com incertezas no comportamento futuro da economia americana, a depreciação do dólar face ao euro e o preço crescente dos combustíveis fósseis, os principais construtores europeus, nomeadamente a VW, estão a equacionar vender nos EUA veículos de pequenas dimensões e baixo custo (para os padrões americanos...), procurando alcançar o mesmo sucesso do mítico carocha nos anos 60. Algo que, há meia dúzia de anos, era impensável voltar a acontecer!

Outro familiar inteiramente novo, o Renault Laguna, aqui numa das mais apetecidas versões «Grand Tour». A carrinha tem vidro traseiro com abertura independente e uma funcional mala com 500 litros. A debutar em Frankfurt estava ainda uma lindíssima carroçaria coupé de 3 portas


CLARO que há mais marcas a competirem no segmento dos «carros mais baratos», caso da Renault que já o faz com a subsidiária romena Logan. Depois das companhias aéreas low coast, será a vez dos automóveis? Como chegar lá? A que preço? Especialmente direccionado a que tipo de público? E como cativar o consumidor?
As parcerias entre construtores e o estabelecimento de fábricas em locais com mão-de-obra mais barata, são vias, nem sequer inéditas. Iremos assistir, nos próximos anos, ao crescimento do número de modelo «gémeos» ou à recriação estilística e funcional de bases mecânicas, algumas passadas, parecendo ser essa uma das formas encontradas para precaver a competitividade dos automóveis chineses.


Era certamente um dos familiares mais bonitos do Salão. Maior do que a anterior, a nova geração Mazda 6 é inteiramente nova, distingue-se por um excelente perfil aerodinâmico e traz motores mais eficientes


PORQUE, não nos iludamos: podemos falar hoje da menor qualidade dos seus produtos, dos problemas de segurança, da fiabilidade de alguns modelos. Tudo isso será rapidamente corrigido e, ao contrário do que se passa em certos países, como o nosso, em que a «imagem de marca» é «meio-caminho andado para uma venda», nos mercados onde realmente se fazem volumes de vendas, o preço é um factor importante.

O Nissan Tiida vem ocupar o lugar do malogrado Almera. Já comercializado em alguns mercados, realizado sobre o chassis do Note, tem a particularidade do banco traseiro correr bastante sobre calhas o que favorece muito a habitabilidade traseira


PARA QUEM acompanha o sector há uns anos, não se trata de um acontecimento novo, nem mesmo quando ocorrem acusações de plágio como as que se ouviram em Frankfurt e que quase levaram à retirada do importador alemão de uma marca chinesa; ocorreu com a entrada em força dos construtores japoneses, posteriormente com os coreanos e, muito provavelmente, assistiremos a outras «invasões» provenientes de economias emergentes da Ásia, África ou América do Sul. Trata-se de uma dinâmica que tem favorecido o consumidor, embora se tenha que ter em conta a especificidade social e económica de um colosso como é a China, sobre a qual pairam, inclusive, suspeitas de dumping nalguns sectores.

Foi desenhado na Europa e partilha componentes com o Kia Cee'd. O Hyundai i30 revoluciona a gama de ligeiros da marca coreana, nomeadamente quando chegar a versão CW

MAS... ATENÇÃO! Devemos todos ter em conta uma equação muito simples: poder comprar mais produtos por menos dinheiro é agradável; mas sendo isso obtido à custa de menor emprego no Ocidente (com a deslocalização das fábricas), onde irão então os consumidores buscar o capital necessário para os adquirir?...

Outra carrinha do segmento médio apresentada na Alemanha, a Skoda Fabia Combi. Como é apanágio, a capacidade da mala é o seu forte, quase 500 l, provavelmente a maior da categoria


A ECONOMIA acabou pois por dominar, este que é um dos mais importantes salões europeus, que alterna com o de Paris e que todos os anos marcam a reentré da nova época. Mas, se no resto da Europa começam a surgir alguns sinais de retoma económica — e são esses os mercados que afinal contam —, também é verdade que isso tem vindo a acontecer sobre o signo da insegurança, da instabilidade e de ameaças que todos fazem um esforço para tentar não lembrar. Veremos, pois, o que nos reserva o futuro...


O que distingue o Peugeot 308 do anterior 307 é sobretudo uma melhor gestão do espaço interior, muito próxima de um monovolume. Isso resulta em mais espaço e conforto traseiro e favorece a posição de condução. Há ainda um claro incremento da qualidade

Citroën C4 Picasso 1.6 HDi CMP6 (5 lugares)

NUMA ALTURA em que o mercado automóvel só pontualmente dá sinais de alguma vitalidade em Portugal, a francesa Citroën é das que menos razões tem de queixa. Claro que numa conjuntura económica mais favorável, melhor estariam as vendas, o que não impede ao «double chevron» manter-se entre os mais vendidos, dispor de uma carteira de encomendas expressiva em modelos como o Picasso, conseguir variações positivas face ao ano anterior e, inclusive, aumentar a quota de mercado.

Renault Clio Rip Curl 1.2 TCE/100 CV

É Fresco, é!...

FOI «Carro do Ano 2006» e como nas gerações anteriores não demorou a impôr-se no segmento. Não tarda muito, também o veremos pela primeira vez numa versão station ou estate como gostam de chamar. Uma carrinha, enfim... Enquanto isso, sucedem-se as séries especiais limitadas; à boleia do verão surgiu uma associada à marca de desporto australiana «Rip Curl». Cores e interiores exclusivos, aplicações gráficas e um lote de equipamento específico, compõem um conjunto que se deseja jovem, bonito e dinâmico.


ATÉ AQUI, nada de propriamente novo. Anteriormente a marca francesa já tinha feito semelhante associação à «Decathlon», por exemplo. A verdadeira novidade deste modelo esconde-se sob o capot: 100 cv no mais pequeno propulsor actualmente disponível nas gamas Clio, Modus e Twingo, não estranhando que em breve possa também surgir no Mégane.
Nem a forma como este incremento de potência foi obtido — mais 25 cv - constitui propriamente uma novidade em termos mecânicos. Estes números de potência mais próprios de um motor 1.4, ou de binário de um 1.6, são alcançados com a entrada em funções de um turbo de pequenas dimensões, com função «overpower» que permite um aumento temporário de valores, acima das 4500 rpm.

PARECE simples e realmente é! Complexo é fazer conjugar o funcionamento sem variações bruscas do motor ou «engasgo» em baixa rotação, como há uns anos acontecia nas primeiras associações do turbo a um propulsor de combustão com 4 válvulas por cilindro. Santa electrónica que sabe gerir de forma conveniente a recirculação dos gases e a admissão conveniente do carburante, com a preocupação acrescida de não fazer aumentar os consumos e por consequência as emissões poluentes! O resultado prático é realmente de uma certa descrição até às 1800/2000 rpm, mas, a partir daí, vai em crescendo suave mas firme até à entrada em função da tal válvula que nos recorda os 100 cv anunciados...

UMA EXCELENTE, precisa, suave e bem escalonada, caixa de cinco velocidades, colabora em todo este desempenho. Se a isto juntarmos o comportamento neutro da carroçaria, temos um conjunto que, sem entusiasmar muito em termos de comportamento, é menos amorfo e sensaborão do que a versão de 75 cv do mesmo motor. Mas não só... surpresa das surpresas, num andamento misto consegue ser até mais económico!

O QUE FAZ desta versão, uma alternativa aos «pequenos diesel» bem mais caros. Com uma média de consumos em torno dos seis litros de gasolina, feitas as contas, os cerca de 3000 euros a mais pelo 1.5 dCi de 85 cv com o mesmo nível de equipamento, talvez não consigam ser compensados pelo menor preço do gasóleo. Depende do número de quilómetros que se percorra, obviamente. No entanto, também é bom não esquecer que a manutenção de um carro a diesel é geralmente mais dispendiosa.

É NESSE «mercado» que recrudesce a importância desta versão de motor. Para já, a gasolina, a gama nacional apresenta somente este bloco com 75 ou 100 cv. A diesel, a hipótese é o 1.5 dCi com 85 ou 100 cv. Do Clio já muito se falou das elevadas características de segurança, uma preocupação do construtor francês. Quanto a este «Rip Curl», em termos genéricos, vê reforçada a vertente desportiva com uma forra mais personalizada dos bancos e aplicações no tablier. A posição de condução é boa e ergonomicamente também nada de negativo há a apontar.

A MAIOR distância entre eixos desta geração Clio, melhorou a habitabilidade, principalmente nos lugares traseiros. A volumetria da mala não impressiona, mas a variante «Rip Curl» acresce a funcionalidade de um tapete com sistema de divisórias em borracha, impermeável como os que existem para o habitáculo, ou não apelasse esta versão aos desportos radicais...
Baseado no nível Dynamique, já inclui ABS c/ assistência a travagens de emergência, airbags frontais e laterais tórax para condutor e passageiro, faróis de nevoeiro, ar condicionado manual, jantes de liga-leve de 15'' e rádio/CD c/MP3 que, neste caso, permite a conexão de um leitor MP3 externo.


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PREÇO, desde 16850 euros MOTOR, 1149 cc, 100 cv às 5500 rpm., 145 Nm às 3000 rpm, 16 V., turbo com função overpower PRESTAÇÕES, 184km/h CONSUMOS, 7,5/5,0/5,9 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES CO2, 139 g/km (combinado)


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Škoda Roomster 1.4 TDi


Atrevido ou genial?

DESDE a sua integração no universo VW, com o lançamento sucessivo de novos modelos, que a Škoda não tem parado de surpreender. Um construtor que ainda há não muitos anos se debatia com soluções ultrapassadas para os cânones europeus (embora o mais avançado de entre os dos países que se encontravam sob o domínio soviético, razão pela qual foi rapidamente adquirido por um dos maiores grupos do sector), ousa agora este cocktail de formas inédito e arrojado.

AS ALTERAÇÕES mecânicas e de fabrico que os produtos do secular fabricante mereceram a partir dessa integração, culminaram na apresentação do familiar Octavia, verdadeiro ponto de viragem pelo crédito de respeito que o modelo trouxe. Com as fábricas da República Checa a pautarem-se como as mais produtivas e com melhores índices de fiabilidade de entre as que compõem o grupo VW, com o uso de recursos e dos mesmos componentes mecânicos que se encontram nas restantes marcas do grupo, um Škoda deixou de ser alternativa simplesmente por ser um carro barato.

ATÉ AQUI o mais que a marca ousara fora transformar a pick-up Felícia numa divertida versão de quatro lugares, com os dois traseiros escamoteáveis, justamente designada Fun. Este Roomster traz também uma polivalência de gestão interior do espaço entre uma carrinha e um pequeno monovolume que, não sendo um conceito inovador, consegue transvestir-se com uma roupagem inédita capaz de despertar sobre si as atenções mais... desatentas, passe a expressão.

O CRESCIMENTO e consolidação da Škoda ou o lançamento de modelos de maior prestígio como o Superb não fizeram descurar a sua vocação mais popular e acessível, até pela importância que isso significa na fidelização de novos clientes. É nesse campo que se insere este Roomster, uma alternativa prática e útil, que se demarca do clássico, rejuvenescedora, atrevida, moderna, desejada mas não impossível de alcançar. Que parte de uma fórmula tão simples quanto eficaz: há um espaço para conduzir — o cockpit ou a secção dianteira do habitáculo e há um outro para «habitar», que é todo o restante, generoso e bem gerido.

É ESSA A PRIMEIRA sensação transmitida: espaço.
Interiormente, como exteriormente já deixa adivinhar, é alto o que potencia a impressão, prolongável ainda (consoante a «bolsa»...) através de um tecto panorâmico em vidro.
As secções laterais do banco traseiro correm longitudinalmente sobre calhas, ampliando o espaço para as pernas ou a capacidade da mala (450 a 530 litros).
Os encostos dianteiros rebatem totalmente — de uma forma não muito prática é verdade — os traseiros inclinam-se bastante e qualquer das três «partições» pode ser removida. Retirando a parte central, as duas laterais podem aproximar-se, o rebatimento do encosto central forma uma pequena mesa entre ambos, sem os bancos traseiros a mala apresenta um volume de 1780 litros... como se vê, possibilidades não faltam.

NÃO EXISTEM tabuleiros de serventia ao banco traseiro, nem pequenos compartimentos no piso ou nas laterais da mala, mas, em contrapartida, para além de um pequeno porta luvas refrigerado, há um outro espaço com tampa sobre este, as cavas das portas são generosas, e outros pequenos locais estão dispersos pelo tablier e consola central. Na mala, a cobertura é rígida, há um simples mas inteligente suporte escamoteável no piso desta, bem como pegas laterais para sacos, por exemplo. A qualidade dos plásticos é aceitável para o segmento, como é apanágio nos modelos do grupo alemão, o rigor da montagem e das fixações impede que existam ruídos parasitas daí provenientes, mesmo quando se transita em piso irregular.

NÃO SENDO inéditas as soluções práticas de modularidade, a genialidade consiste em reuni-las sobre uma carroçaria estilizada à qual é possível ser indiferente. A suavidade e ineditismo do seu traço, tem como ponto de partida estilística a secção dianteira do novo Škoda Fabia, à qual foi acrescentado um volume traseiro alto. As linhas de ligação, a forma da portas dianteiras (que originou uma terminação «em bico» tão estranha quanto perigosa para os mais distraídos), os volumosos vidros laterais traseiros (uma maravilha para as crianças) e a integração dos puxadores nestas portas, bem como outros pormenores, «casam-se» harmoniosamente num produto que não escandalizaria um destes dias ver também como um comercial ligeiro com rede divisória...

A SUA CONDUÇÃO não difere de qualquer outro modelo utilitário ou pequeno familiar, não fosse um qualquer desacerto entre o encosto do banco e o da cabeça que me impediu de sentir confortável, diria que é a ideal. A visibilidade dianteira é boa, quanto à traseira o volumoso vidro ajuda.
A curvar, a carroçaria tem um comportamento pouco ou nada adornante. Claro que o facto do modelo estar equipado com pneus largos de baixíssimo perfil retira algum conforto mas ajuda bastante a que isso aconteça, tal como contribui para lhe conferir um aspecto mais dinâmico.

DINÂMICA suficiente tem a versão ensaiada graças a uma caixa de velocidades suave, que sabe tirar bom partido das possibilidades do tri-cilíndrico diesel de 80 cv e não o inibe de alguma ligeireza em estrada. Ainda que tal dependa obviamente da lotação e da carga. Numa utilização mista podem obter-se médias de consumo abaixo dos 6 litros, o que menos agrada neste motor, para além do seu comportamento a frio, é o ruído de funcionamento. Mesmo um bom trabalho no campo da insonorização, a frio como ao ralenti, ou acima das 3000 rpm, torna-o audível embora não demasiado incomodativo.

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PREÇO, desde 19 500 euros (cabine simples/chassis 4x2) MOTOR, 1422 cc, 80 cv às 4000 rpm, 195 Nm às 2200 rpm, 6 V, injecção directa alta pressão PRESTAÇÕES, 165 km/h CONSUMOS, 6,5/4,4/5,2 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES CO2, 137 g/km (combinado)

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O ROOMSTER possui três motores a gasolina e, para além deste diesel, recebe o 1.9 TDi com 105 cv. A única forma de carroçaria tem uma versão 1.2 standard, despida de algum equipamento que lhe coloca o acesso à gama em torno dos 14000 euros.
Evidentemente que o mais equilibrado e desejado é o motor ensaiado e, com ele, o carro declina-se em quatro níveis de equipamento, destacando-se, de base, o ABS, airbags frontais e laterais, ar condicionado manual, rádio com leitor de CDs e MP3, banco do condutor com regulação em altura, vidros dianteiros e retrovisores eléctricos, fecho centralizado com comando à distância e computador de bordo entre outros.
Não menos importante foi a obtenção do número máximo de estrelas nos testes de segurança EuroNcap, pautando-se também, nos mesmos ensaios de colisão, como um dos melhores no que concerne à protecção de crianças.


Resultado nos testes EuroNcap (2006):

http://www.euroncap.com/tests/skoda_roomster_2006/275.aspx.