Suzuki Grand Vitara 1.9 DDIS

SUV? TT? Os dois!

QUANDO se fala em viaturas de todo-o-terreno de pequena dimensão, fala-se inevitavelmente em Suzuki, em Samurai, em Jimny e em Vitara. Em qualquer concentração deste tipo de veículos é raro não encontrar um destes modelos, mais ou menos transformado, mais ou menos original e com facilidade se escutam elogios às suas capacidades fora de estrada. Mecanicamente eficazes, o tamanho e o baixo peso conferem-lhes excepcionais capacidades de manobra e de transposição de obstáculos, o mesmo não se podendo dizer em matéria de conforto. Mas é difícil agradar em todos os campos…

NA VERDADE, não me recordo de nenhuma marca que, no Ocidente, detenha a reputação, na área dos pequenos «jipes», de que este construtor japonês se pode orgulhar, uma fama que vêm de longe, quando surpreendeu a Europa com um pequeno 4x4 equipado com um exíguo motor de dois cilindros. Anos mais tarde, abalançou-se para o Vitara, mais burguês e mais confortável — dava o conceito SUV os primeiros passos —, mas, ao contrário de outros do género, este não perdia algumas das características que se apreciam num «todo-o-terreno». Curiosamente — ou se calhar talvez não —, com este modelo, acabou também por conquistar uma larga faixa de condutoras, pois que, de pequeno era versátil e fácil de manobrar, a altura permitia-lhe uma boa visibilidade e, com ela, também uma (falsa) sensação de segurança. E foi fashion no seu tempo, ou, se calhar ainda é, pois continua a ser muito procurado no mercado de usados.

MAS, COMO nisto dos automóveis há que estar em perpétua evolução, o Vitara cresceu e nasceu o Grand Vitara, cada vez mais SUV, cada vez mais confortável em estrada, mais espaçoso, mais familiar. E, há quem o diga também, mais masculino, mais para o pai de família que gosta de levar a prol por maus caminhos, até mais perto da praia, mais perto daquela praia fluvial, ou pelo interior belo e profundo deste país. Isto por cá, noutros países será a neve, o gelo da altura das montanhas, noutros locais as picadas de terra batida. Tudo isto sem comprometer o conforto e a segurança de condução numa auto-estrada, a versatilidade de manobra em trânsito urbano ou deixar de oferecer toda uma panóplia de extras destinados a facilitar a vida ao condutor.

NESTA SUA chamemos-lhe segunda geração, o Grand Vitara surge mais jovial, melhorado no aspecto do conforto e com um preço bastante competitivo que o coloca entre os mais acessíveis com tais características. E que características são essas? Habitabilidade, tracção, versatilidade.
A primeira advém de uma carroçaria de cinco portas, com bons acessos e bom aproveitamento do interior. A posição de condução é boa em todos os aspectos, tal como a funcionalidade dos variados comandos graças à sua boa disposição. Atrás viaja-se com desafogo, os encostos destes bancos possuem vários graus de inclinação e o seu rebatimento é fácil. A capacidade da mala é igualmente boa, a abertura da porta é que se faz em compasso devido à colocação exterior do pneu suplente.

PARA O MOVER, encontramos um motor francês de 1,9 l com 129 cv, ao contrário do anterior 2,0 litros. Com um bom binário, factor muito importante não apenas em cidade como quando se lhe exige capacidades de todo-o-terreno, este motor de oito válvulas, no entanto, só acima das 2000 rpm se evidencia. Antes disso torna-se necessário recorrer à caixa, bem escalonada mas algo agreste, à qual seria também bem vinda uma sexta velocidade, não apenas para uma maior contenção dos consumos e de emissão de poluentes — o facto da tracção integral ser permanente também não ajuda nesse aspecto —, como para melhorar a insonorização em velocidades mais elevadas.
Já fora de estrada, as capacidades de tracção e o funcionamento da suspensão são uma agradável revelação. Ainda que seja facto assente que a grande maioria dos seus proprietários não fará uso das suas aptidões — mas é moda ter um SUV … —, a verdade é que o Grand Vitara apresenta um desempenho que surpreende pela positiva, com a possibilidade de bloquear o diferencial central ou de utilizar «redutoras» nas situações mais complicadas. Tudo isto gerido de forma fácil através de um simples botão colocado na consola central, sendo ainda de referir que o controlo de estabilidade que transfere a potência para a roda com mais tracção é, na maioria das vezes, quanto basta para o levar por piso escorregadio.

PREÇO, desde 32900 euros MOTOR, 1870 cc, 129 cv às 3750 r.p.m., 300 Nm às 2000 rpm, 8 válvulas, Injecção directa common rail PRESTAÇÕES, 170 km/h CONSUMOS, 9,4/6,7/7,7 l (extra-urbano/combinado/urbano) CO2, 205 (g/km)

O GRAND VITARA está disponível em carroçaria de três ou cinco portas. E é «Classe 1» nas portagens, o que lhe confere mais um motivo de interesse. A versão mais curta pode dispor do motor a gasolina 1.6 VVT com 106 cv, e está disponível a partir de cerca de 23 mil euros. Quanto à carroçaria de cinco portas, está-lhe reservada apenas esta motorização diesel, declinado em três níveis de equipamento: X-Nature, X-Sport e X-Premium. Cada um destes contempla de série ABS com EBD e assistência a travagens de emergência, duplo airbag (mais laterais dianteiros e de cortina à frente e atrás nos dois níveis mais elevados), ar condicionado, vidros e retrovisores eléctricos, fecho centralizado com telecomando e regulação em altura do banco do condutor. X-Sport e X-Premium acrescentam, entre outros pormenores de conforto, o rádio/CD com comandos no volante, revestimentos em pele, jantes especiais, faróis de nevoeiro ou o tecto de abrir.

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