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Hyundai i30 1.6 CRDi


Jovial

MANTENHO a minha admiração por este modelo — reconhecida há semanas quando o ensaiei com o motor 1.4 a gasolina —, agora que tive a oportunidade de o conduzir na versão mais desejada, um potente 1.6 CRDi com 115 cv. O i30 é um conjunto surpreendentemente homogéneo e bem construído, fácil de manobrar, confortável, com excelente habitabilidade e níveis de equipamento ajustados ao segmento. Para mais, esteticamente atraente, com um traço jovem e claramente destinado para agradar a gostos europeus. Uma aposta séria para um segmento que tem tanto de exigente quanto de competitivo.

COMO JÁ ME referi ao carro (ver AQUI), não irei entrar em grandes pormenores no que respeita ao seu historial. Trata-se do primeiro carro vincadamente destinado ao segmento C, construído para as duas marcas do grupo (o outro é o Kia Cee'd), se bem que com silhuetas distintas. No caso deste i30, para mim mais apelativo desse ponto de vista, a linha parece ter recolhido inspiração nalguns carros da concorrência. Nomeadamente na parte traseira, mesmo ao nível da última secção lateral, mas o resultado é efectivamente harmonioso.
Com a mesma ambição, o interior deste Hyundai destaca-se pela qualidade e pelo rigor dos acabamentos, bem distante da imagem que se tem de outros modelos asiáticos, muito voltados para as exigências do mercado americano.

TEM, DE FACTO, um habitáculo luminoso e atraente, com um bonito e funcional tablier onde nada foi deixado ao acaso ou fora do sítio. Se exceptuarmos o botão que comanda o computador de bordo...
Com uma jovial e quase desportiva conjugação de cores, a funcionalidade é não apenas garantida pela ergonomia dos comandos, como pelos vários pequenos espaços que proporciona. Amplo e com bons acessos, mesmo nos lugares traseiros onde oferece suficientemente espaço para as pernas dos ocupantes, tem uma mala com 340 litros de capacidade.

TORNA-SE muito fácil para qualquer condutor conseguir uma boa integração com o conjunto. A posição de condução é também boa no capitulo da visibilidade e, embora o respectivo banco nem sempre proporcione o melhor apoio, a direcção directa e o comportamento do conjunto quase lhe conferem características de um desportivo.
Trata-se, de facto, de um dos melhores motores desta cubicagem; aliado a uma caixa de velocidades bem escalonada e com bom desempenho em cidade (e bem mais agradável de manusear do que a do motor a gasolina), não enjeita fazer-se à estrada e atingir velocidades de respeito. O que, no nosso caso, não interessa nada... a menos que se queira ficar sem carta!

ESTÁVEL, com um chassis equilibrado e previsível nas reacções, transmite bastante confiança a quem o conduz. Outra coisa não seria de esperar num carro que dispõe de controlo de estabilidade. Essa agilidade contribui para a sensação de se tratar de um carro rápido, sem contudo impedir de se mostrar confortável. No capítulo da comodidade, há ainda que realçar a boa insonorização.
Com um bom desempenho em baixos regimes, fruto de um bom valor de binário que chega cedo, isso atenua o facto de não ser dos mais económicos, em matéria de consumos, quando transita em cidade.
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PREÇO, desde 22 140 euros MOTOR, 1582 cc, 115 cv às 4000 rpm, 16 V., 255 Nm entre as 1900 e as 2750 rpm, Injecção Directa common rail com turbo de geometria variável (VGT) CONSUMOS, 5,7/4,1/4,7 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES CO2, 125 g/km
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A PAR deste motor a gasóleo, em Portugal é comercializada uma versão do mesmo motor com somente 90 cv, cerca de 2000 euros mais barata. A diferença para o 1.6 diesel mais barato orça cerca de mais 1500 euros. No nosso país há ainda o 1.4 a gasolina, anteriormente ensaiado.
Quanto a equipamento, o modelo ensaiado conta de base com ABS com EBD, airbags duplos, laterais e de cortina, para além de encostos de cabeça activos que lhe valem tão boa classificação em termos de segurança. No restante, é ainda possível encontrar ar condicionado manual extensível ao porta-luvas que apresenta ainda chave, computador de bordo, rádio/CD/MP3 com comandos no volante e ligações ao i-pod ou a porta USB, vidros e retrovisores eléctricos, alarme, regulação em altura do banco do condutor e aileron traseiro entre outros.

Hyundai i30 1.4 CVVT


i... de inspirado!

A PRIMEIRA IDEIA que me ocorreu, depois de tomar contacto com o i30, foi uma conversa que tive na década de 90, durante a apresentação da marca coreana à imprensa portuguesa. Dizia-me um responsável pelo primeiro importador nacional, que não demorariam muitos anos até o fabricante asiático afrontar, seriamente, os «gigantes» europeus em todas as áreas mais desejadas pelo típico consumidor ocidental: qualidade, design, conforto, segurança e desempenho. Como estava certa a previsão!

JÁ NA ALTURA, o grupo era um dos maiores do mundo em volume de negócios. Abrangia sectores tão diversos quanto a electrónica de consumo, a construção naval e automóvel, a indústria química e aero-espacial, entre outras, não apenas sobrevivendo como tornando-se ainda mais forte após a grave crise económica que abalou a Coreia nos finais dos anos 90. Absorveu o então maior e mais popular fabricante automóvel daquele País, a Kia, relançando as duas marcas na Europa em pé de igualdade de produtos e fazendo-as competir entre si, o que é, não apenas uma prova de grande coragem como uma confiança inabalável na validade do que constrói. Para contornar o que até ai tinha sido uma das pechas dos seus produtos, construiu na Europa e nos EUA, centros de estilo concebidos para a criação de novos modelos dedicados especificamente a estes mercados. E, nos últimos anos, tem vindo a renovar-se com modelos visualmente bastante atraentes, a par de se ter tornado numa das marcas automóveis com melhores índices de fiabilidade.

ORA DEPOIS do Kia Cee'd — é incontornável falar deste modelo e daí ter introduzido um pequeno historial dos últimos anos —, chegou a vez dos europeus conhecerem o primeiro modelo realmente concebido para o segmento C, onde, até aqui, Accent e Elantra dividiam responsabilidades. Com ambições de concorrer com os tradicionais vencedores da classe, o i30, que naturalmente partilha muita da mecânica e dos acessórios do Kia, ousa mais do que este em termos de linhas exteriores e de design interior. Para muitos, é mesmo descarado ao fazer lembrar alguns dos mais desejados modelos europeus, mas tornar-se-ia profundamente injusto não afirmar que tem muitos outros e bons trunfos para agradar e convencer.

QUANDO se gosta de um carro — e não tenho complexos em admitir que gostei —, a tendência é tornar-me mais exigente nos pormenores. Do que apontei e do que me recordo, só desejei uma caixa de velocidades mais precisa e mais suave a engrenar. O que tem sido uma das dificuldades do construtor, embora tenha evoluído bastante neste aspecto. Não, a caixa não arranha ou demora a engrenar, nem as mudanças «saltam», mas... a sua aspereza não está à altura do restante conjunto. Já que principiei pela mecânica, de referir que este motor 1.4 até se adapta bem às relações da transmissão, proporcionando um andamento bastante familiar e algo limitado quando se pretende um desempenho mais vivo. Embora nesta última situação os consumos tendam a aumentar claramente — trata-se de um motor «à japonesa» bastante rotativo onde os valores de binário e potência estão para lá das 5000 rpm —, a verdade é que, num andamento mais descontraído, me pareceu mais económico do que o Cee'd.

É VINCADAMENTE um familiar, com (contidos) laivos de apelo desportivo, o que faz dele, nesta versão de entrada, um carro pacato... mas despachado. É que o chassis, muito neutro e previsível, transmite bastante confiança a quem o conduz, permite curvar rápido e comporta-se bem perante ventos adversos. Mesmo se a suspensão, um tanto macia, parece mais orientada para o conforto, algo em que, facilmente, este i30 se faz agradar.

ESTE É, obviamente, um território tradicional dos automóveis franceses. Contudo, os coreanos interpretaram bem a lição, pois conseguem conciliar com mérito, o desempenho com a capacidade de amortecimento. Onde o i30 marca os pontos decisivos é não apenas na habitabilidade, na qualidade dos materiais e na ergonomia. Chega? Não. A posição de condução é muito favorável, a visibilidade neste posto é das melhores e a capacidade de manobra do modelo ajuda, pois não deixa de ser, a par do primo Kia, um carro com alguma largura e um dos mais compridos «5 portas» actualmente no mercado.

ATENTE-SE à qualidade dos revestimentos e maior espanto se poderá ter, pois demarca-se do tradicional aspecto dos modelos asiáticos. Já me tinha surpreendido com este facto no Cee'd, provavelmente por se atrever mais nas linhas, este i30 parece sair ainda mais reforçado e próximo dos desejos europeus. Visualmente, ao tacto e ao ouvido, a qualidade é muito mais do que aparente, e facilita também a insonorização. É funcional q.b., oferece pequenos espaços em número suficiente, é luminoso e amplo, mesmo nos lugares traseiros com um assento largo. A mala, de capacidade mediana (340 litros), é igualmente muito bem revestida e alberga pneu igual aos restantes.

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PREÇO, desde 17.000 euros MOTOR, 1396 cc, 109 cv às 6200 rpm, 137 Nm às 5000 rpm, 16 válvulas, injecção indirecta, admissão variável CONSUMOS, 7,6/5,2/6,1 l (extra-urbano/combinado/urbano) EMISSÕES POLUENTES 145 g/km de CO2

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NO NOSSO PAÍS são, por enquanto, apenas comercializados este motor e o 1.6 CRDi de 115 cv, que se estreia na marca em Portugal. Lá fora há ainda um idêntico a este último, mas a gasolina, e o diesel 2.0.
A diferença para o 1.6 diesel mais barato orça cerca de mais 2500 euros.
Neste gasolina, há dois níveis de equipamento. De base conta já com ABS com EBD, airbags duplos, laterais e de cortina, para além de encostos de cabeça activos que lhe valem tão boa classificação em termos de segurança. No restante, é ainda possível encontrar ar condicionado manual extensível ao porta-luvas que apresenta ainda chave, computador de bordo, rádio/CD/MP3 com comandos no volante e ligações ao i-pod ou a porta USB, vidros dianteiros e retrovisores eléctricos, alarme, regulação em altura do banco do condutor e aileron traseiro entre outros.

Para ver o resultado geral dos ensaios colisão EuroNcap ao i30 realizados em 2006, clique aqui