ENSAIO: Hyundai Veloster Turbo 1.6 GDi/186 cv
Ao criar um carro diferente, com trejeitos de desportivo provocante, a Hyundai descurou, no início, um motor à altura daquilo que o exterior prometia. E fez desse 1.6 atmosférico com 140 cv um modelo dedicado aos (bons) consumos e às emissões, não se esquecendo até de lhe acrescentar um sistema “start & stop”. Para ajudar à festa do ambiente, esticou-lhe mesmo as relações da caixa. O resultado é um conjunto que, embora divertido de olhar, dificilmente consegue oferecer grandes emoções a quem o conduz. Quanto a economia… q.b.! Mas, na forja, estava já em preparação esta versão. E o que ela contém de novo é um turbo, ligado ao mesmo bloco 1.6 a gasolina, e mais uns pozinhos, aqui e ali, para lhe incrementar o desempenho. Graças a isso, o construtor coreano fez (re)nascer o modelo. Dito assim até parece pouco. Mas foi quanto bastou para que o Veloster, acrescido da designação Turbo GDi, conseguisse, finalmente, garantir um desempenho sintonizado com as formas. Que, sem surpresa, ganharam também maior agressividade.
A versão Turbo GDI não substitui a única até agora comercializada, equipada com a variante atmosférica do motor a gasolina de 1591 cc. Ela complementa simplesmente uma gama que passa agora a dispor de dois níveis de potência: 140 e 186 cv.
O problema da primeira (ler AQUI o resultado desse ensaio) é ser incapaz de presentear o condutor com um desempenho à altura daquilo que se espera obter de um carro com características exteriores mais desportivas.
Vamos lá ver então o que é que mudou.
Exterior ainda mais arrojado
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhscOddAG8ypx1XCGvcuEdDgWnw8CuDPWwg97NlJuRDnQ_89tCP0cWRmB56DlfLxgW3FOjcqoA90pqkTwwvudaKXnpvjXRo2ZZKxRr2rvRch_uMUr4mJ7Jwy_346VpVXZvSflRpn_Pi5aU/s200/HYUNDAI+VELOSTER+TURBO+(www.cockpitautomovel.com).jpg)
Já quanto a Portugal, talvez venha a reunir maiores simpatias, agora que o acréscimo de potência desta versão mais “vitaminada” lhe acrescentou um conjunto de alterações exteriores capazes de lhe realçar credenciais mais desportivas: uma maior e mais ousada grelha com formato hexagonal, pára-choques e faróis de nevoeiro dianteiros modificados, saias laterais esculpidas e jantes exclusivas de 18 polegadas.
Quanto à secção traseira, ela ganha uma nova aerodinâmica com aileron, acompanhada de um pára-choques com difusores integrados e por um design arredondado da ponteira do tubo de escape. E se isto distingue ambas as versões, terrivelmente confere ao Veloster Turbo um aspecto mais provocante.
Interior não sofre grandes alterações
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQJ7NG9UygrR5QxMKn9xlKCQAoyvuyLeznSNNFvllSkm2aYewzIZDdp-wygyHQTS60NYMXKD8d1vCdjuF51oFusdmovtScGlUmIt1I9t4W6rK5iOnWQljrPnnIbF7jHGD1lNGy7XfB1Yo/s200/HYUNDAI+VELOSTER+TURBO+(www.cockpitautomovel.com).jpg)
Interiormente há ainda que contar com um tablier de formas personalizadas e modernas, agradável à vista e funcional o bastante para não nos perdermos numa miríade de comandos.
Permanecem neste aspecto válidas as impressões recolhidas aquando do ensaio da versão atmosférica Veloster GDi. (ler AQUI)
E se quer em termos de acessos, habitabilidade ou design interior muito pouca coisa se alterou (na realidade, à vista, a diferença maior é o facto de receber de série um ecrã multifuncional de 7 polegadas sensível ao toque e os bancos ostentarem a indicação “turbo” estampada no encosto), em matéria de comportamento alguma coisa mudou.
Temperamento mais desportivo
Disponível a partir de 30.940 euros, número que contrasta bem com os 23.700 que custa a versão mais barata do motor de 140 cv (equipado com sistema start/stop e emissões de CO2 fiscalmente mais favoráveis), o novo Veloster Turbo (GDi) conserva, naturalmente, a peculiar característica de só ter três portas laterais: uma do lado do condutor e duas do lado oposto.
Isso implica uma estrutura chassis/carroçaria alvo de inúmeros reforços capazes de manter a sua capacidade de torção, mas fez também com que a Hyundai não enveredasse por uma suspensão demasiado seca e mais orientada para o comportamento.
Assim, embora para receber em segurança este incremento de força, chassis, carroçaria, suspensão e sistema de travagem tenham sido aperfeiçoados (o equipamento pneumático mantém jantes 17 ou 18 e pneus de perfil 40 ou 45), a suspensão conserva brandura suficiente para contrabalançar no conforto, reduzindo, com isso, parte do potencial mais desportivo da versão turbo.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIu9V-WyGmqbLNGDyI4DIoY9zaw65X3ZVQisvVSDrC4dyD3YMH0gWbRtm4ne2obL6qmVB7-CuAPUklFUrSpkyGPLMT3_aJODShMURDFKSWGISS1Hejln4ac9X38OFJ5Hcl16vHl7wKBvo/s200/HYUNDAI+VELOSTER+TURBO+(www.cockpitautomovel.com).jpg)
Mecanicamente ainda, a adição de um turbo de dupla entrada reforçou, de sobremaneira, o estatuto de pequeno desportivo.
Este turbo tem características especiais que estão descritas no TEXTO DE APRESENTAÇÃO do Veloster Turbo (subtítulo: “Motor com turbo de dupla entrada. O que significa ‘Twin-Scroll’?”)
Embora aquilo que melhor caracteriza o seu comportamento seja o elevado binário que disponibiliza – 265 Nm – numa faixa ampla de regime: entre as 1.500 e as 4.500 rpm.
Curiosamente, valores ligeiramente diferentes são os do Veloster Turbo comercializado na América do Norte: 201 cv às 6000 rpm, reduzindo o valor do binário a 195 Nm, disponibilizados entre as 1750 e as 4500 rpm.
Ora se a disponibilidade de binário bem cedo, a baixas rotações, ajuda principalmente os consumos e o controlo de emissões, a verdade é que o temperamento mais rebelde deste motor só se manifesta verdadeiramente acima das 3500/4000 rpm. Pode dispor de transmissão manual ou automática de 6 velocidades. Neste último caso é permitido o controlo sequencial da caixa, através do manípulo ou dos comandos montados no volante.
Dados mais importantes
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Preço (euros)
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30.940 (1.6 TURBO GDi Style)/ 32.940
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Motores
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1591 cc, 16 V, 186 cv às
5500 rpm, 265 Nm das 1500 às 4500 rpm, injecção directa, turbo de
entrada dupla
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Prestações
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214 km/h, 8,1 seg. (0/100 km/h)
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Consumos (médio/estrada/cidade)
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6,9 (7,7) / 5,5 (5,9) / 9,3 (10,8) litros
(CX Aut.)
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Emissões Poluentes (CO2)
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157 a 174 gr/km (CX. manual e Automática)
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Textos relacionados com este ensaio:
- APRESENTAÇÃO: Hyundai Veloster Turbo (GDi) / 186 cv (2013)
- APRESENTAÇÃO: Hyundai Veloster (2011)
- ENSAIO: Hyundai Veloster 1.6 GDI/140 CV (2012)
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