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Qual foi o automóvel mais vendido em Abril de 1974?



A revolução do 25 de Abril faria do ano de 1974 um marco na História de Portugal. Além de revelar qual foi o carro mais comprado pelos portugueses em Abril e de fazer as contas para saber quantos escudos custava atestar o seu depósito de gasolina, este texto faz uma breve viagem pelo mercado automóvel desse ano, os modelos mais procurados pelos portugueses, o salário médio da altura e faz também um rápido retrato do que era a indústria automóvel portuguesa na década de 70 do século XX 

No mês de tão importante efeméride para a História de Portugal, o carro mais vendido em Portugal foi o Fiat 127. Os registos mostram também que, em Abril de 1974, a Fiat foi também a marca com maior número de matrículas.

Nesse ano, o mercado ultrapassou pela primeira vez as cem mil unidades vendidas (105.181 ligeiros, entre passageiros, viaturas mistas e de mercadorias, dados Pordata), caindo abaixo da fasquia dos cem mil registos no ano seguinte (1975) e de 1978 a 1980.


O Fiat 127 mais económico e com motor de 903 cc (uma evolução do motor utilizado no Fiat 850 e que seria utilizado até aos anos 90 pela SEAT, por exemplo) custaria cerca de 95 contos, ou 95 mil escudos; o equivalente a 475 euros na moeda atual, sendo que o salário mínimo mensal seria fixado, ainda em 1974, em 3.300 escudos. 

Alguns estudos indicam que o rendimento mensal per capita situava-se abaixo deste valor e que o salário anual médio rondaria os 65 mil escudos.

Em 1974, atestar o depósito do Fiat 127 custava 225 escudos, pouco mais de um euro, atendendo a que o preço médio da gasolina (com chumbo) era de 7,5 escudos e que o tanque comportava 30 litros.

O Portugal da altura “produzia” vários modelos automóveis. A "Lei da Montagem", que impunha a montagem em Portugal de carros destinados ao mercado doméstico, com a incorporação de componentes produzidos no nosso país, bem como restrições à importação de automóveis completamente construídos, contribuiu para que, ao longo das décadas de 60 e 70 do século passado, se desenvolvessem e consolidassem uma série de unidades industriais.

São disso exemplo a Mabor (pneus, fundada em 1938), a Covina (vidros, fundada em 1936), a Molaflex (assentos, fundada em 1951) e muitas outras produtoras de componentes diversos, como sistemas de iluminação, cablagens elétricas, manípulos, etc., que abasteciam as cerca de duas dezenas de fábricas de montagem automóvel que chegaram a existir.

Renault 4 Guarda portugal

A Renault foi provavelmente o construtor automóvel com mais unidades de produção em simultâneo: Guarda (primeira unidade industrial da marca, onde durante muitos anos foi produzido o ou a Renault 4), Setúbal e em Aveiro (Cacia, adquirida na década de 80).


A da Fiat situava-se em Vendas Novas (SOMAVE, actual Gestamp, ainda hoje dedicada à indústria automóvel), localidade onde também estava instalada a unidade da Batista Russo que montava, além dos camiões MAN, Steyr e Atkinson, os BMW 1600 e 2002. 

Foi aqui, em Vendas Novas, que, reza a lenda, terá nascido a primeira carrinha da marca alemã (uma "touring" nunca homologada), artesanalmente concebida, pelos trabalhadores da unidade portuguesa. Uma das razões seria o facto de, nos anos 70, a fiscalidade automóvel beneficiar modelos carrinha de duas portas.

Mini Ima Setúbal
Podem também citar-se marcas como a Austin (a célebre carrinha Mini IMA deve a designação a Indústria Metalúrgica de Alumínio), Datsun (Entreposto, que mais tarde seria responsável pela marca SADO), Citroën, Ford, Volkswagen e tantas outras, entre as quais a Toyota (Salvador Caetano), a marca “que veio para ficar”. E ficou!

Ficou de tal forma que, em 1974, a Toyota foi a segunda marca mais vendida em Portugal depois da Fiat, culpa do estrondoso sucesso do Toyota Corolla, que tinha como maiores rivais o Datsun 1200 e o Ford Escort.

Toyota Corolla Portugal 1974
E, ontem como hoje, marcas como a BMW e a Mercedes-Benz não estavam mal colocadas na tabela, até pela quantidade de carros de praça que tinham uma estrela estampada no capot.

Provavelmente está a interrogar-se sobre modelos tão icónicos e populares como o Austin Mini ou o VW Carocha; qualquer deles possuía um preço mais elevado do que o Fiat 127.

O ano de 1974 assinala também a chegada de um modelo que viria a revolucionar o mercado automóvel nos anos seguintes: o VW Golf. 

Mas isso é outra história.

APRESENTAÇÃO: Audi A3 Sedan Limousine (4 portas) MY 2013

A marca alemã decidiu ir a jogo e concorrer com o novo Mercedes Benz CLA.  Entrando no conceito das berlinas compactas, um sub-segmento que está a ter grande procura mundial, os engenheiros alemães recriaram uma espécie de pequeno A4   a partir do novo A3 Sportback, a versão de 5 portas. Com a mesma distância entre eixos, mas diferenciado-se do A3 de 5 portas a partir do pilar central, acrescenta uma zona traseira que permite o crescimento da capacidade de carga para 425 litros, contra 380 do Sportback. Com 4 portas e um tampo de mala suportado por dobradiças em arco, a variante Sedan ou Limousine (consoante os mercados) do novo A3 partilha os motores a gasolina 1.4 TFSI de 125 ou 140 cv  e 1.8 de 180 cv. A diesel a oferta incide sobre as unidades 1.6 TDI de 105 cv e 2.0 TDI de 150 cv. Os preços começam nos 28.633 euros.

ANÁLISE: Mercado automóvel em Portugal parece recuperar mas continua em queda

Apesar de uma ligeira recuperação face ao primeiro semestre do ano, as vendas de automóveis ligeiros de passageiros continuam com valores francamente negativos face ao ano anterior. No topo, Renault e VW quase dividem a liderança, com uma diferença de poucas centenas de unidades. O VW Golf foi o responsável pelo facto da marca alemã ter sido a que mais vendeu em Portugal durante o mês de Novembro, mas os franceses contam, este mês, com o novo Clio para reforçar a liderança antes do ano terminar. Nesta categoria, apenas sete marcas já venderam mais de cinco mil carros este ano e, curiosamente, três são construtores premium - BMW, Audi e Mercedes -, sendo que, destas, a Audi foi a que menos perdeu face ao ano anterior: menos 8,3 por cento das vendas. Para encontrar uma variação positiva torna-se necessário descer até ao 27.º lugar da grelha, cabendo essa honra à Lancia que, até Novembro de 2012, vendeu mais 8 carros face a igual período do ano anterior. Há casos dramáticos no "ranking" das vendas, confira já a seguir quais são na respectiva tabela dos primeiros 11 meses de 2012.