Suzuki Jimny 1.3 VVT 16V

Hiperactivo!

Este carro não é para ser levado a sério. Não me entendam mal: isso
não significa que seja um mau produto! Estou apenas a vê-lo como um
brinquedo para gente crescida…

Há várias razões económicas para encarar o Suzuki Jimny com bons
olhos: pelo seu preço, a partir de 18 mil euros, não há, no mercado,
viatura com semelhantes aptidões fora de estrada; é de uma ligeireza e
agilidade surpreendentes, seja em cima de alcatrão ou fora dele; e é
pouco provável sermos multados em auto-estrada.
O conceito e a história deste pequeno (grande…) todo-o-terreno (e
poucas vezes me sinto tão à vontade para empregar esta expressão),
remonta ao início dos anos 60, quando o fabricante japonês apresentou
o seu primeiro jeep, o LJ, equipado com um motor de 360 cc! Daí para a
frente conheceria variadas evoluções e designações, até chegar ao
Jimny actual.
Este é uma versão especial designada "Mode 2", levemente renovada e
melhorada em termos de equipamento. Distingue-se exteriormente por
subtis alterações no pára-choques dianteiro, novas jantes especiais e
pouco mais. Visualmente, o interior surge mais moderno, melhorando a
sua eficácia e ergonomia, sendo contudo mais significativa a dotação
de equipamento.

Pequeno
Há vários motivos para tratar o Suzuki Jimny como um pequeno jipe, a
começar pelo simples facto de ser… pequeno. Pouco mais de três metros
e meio não lhe permitem grande habitabilidade e é por isso que os dois
passageiros do banco traseiro (rebatíveis a 50/50) vão estar muito
condicionados pelas necessidades de espaço dos que ocuparem os
assentos da frente. Já para não falar do que resta para a mala, uns
escassos 120 litros de capacidade. Além disso, os bancos não dispõem
de memória, depois de permitido o acesso à parte de trás.
À frente não há muito espaço em largura, levando a um roçar frequente
de braços no forro das portas. Quando nos sentamos, os bancos também
parecem não oferecer grande apoio ao corpo e, uma vez que só existe um
manípulo para as mudanças, desejar-se-ia um melhor aproveitamento do
tablier e da consola central, no que toca à oferta de pequenos
espaços.

Leve

Damos-lhe vida e ele vibra! Inicialmente isso acontece no sentido mais
literal do termo. Deve-o à sua própria arquitectura: um chassis de
vigas onde se acoplam suspensões que amortecem dois eixos rígidos. Uma
caixa de cinco velocidades com relações curtas, ajudada pelo pouco
peso do conjunto (pouco mais de 1000 Kg), permitem-lhe uma fantástica
genica inicial, que, no entanto, acaba por se ir esgotando consoante a
velocidade aumenta. Por outro lado, a pouca estabilidade e o acentuar
da acção de ventos contrários ou laterais, levam, não raras vezes, a
que moderemos o entusiasmo em auto-estrada, bem como ao redobrar das
precauções na abordagem de trajectos sinuosos. Há que ter
permanentemente atenção às suas reacções, porque estas tendem para uma
certa rigidez.

TT eficaz
É fora do alcatrão que melhor se evidenciam todas as suas capacidades.
E não me refiro apenas a estradões de gravilha, pouco irregulares ou
algo enlameados. Não! Para "soltar" toda a sua raça, o Jimny precisa
de um ambiente "hostil" que lhe permita portar-se quase como… uma
cabra montesa. Torna-se espantoso o que este pequeno motor a gasolina
com 85 cv lhe permite, mais ainda quando o modelo ensaiado nem sequer
dispõe dos pneus mais indicados. A suspensão, que não o favorece na
estrada, tem em caminhos bastante acidentados, um comportamento
fantástico. E, se houver quem o considere frágil, que lhe aprecie a
resistência na transposição sucessiva de irregularidades, ou na
abordagem de declives acentuados.
Em condições normais, o pequeno jipe da Suzuki dispõe de tracção
dianteira. Em velocidades até 100 km/h é possível engrenar a traseira,
através de um pequeno botão colocado no tablier. Para transferir para
as redutoras há que tê-lo imobilizado.
É nas alturas mais difíceis que nos apercebemos que os bancos até
suportam razoavelmente bem as trepidações. A altura ao solo elevada e
uma colocação, também alta, do motor, permitem ainda ao Suzuki Jimny a
transposição de respeitáveis cursos de água.
PREÇO, desde 18000 euros MOTOR, 1328 cc, 85 cv às 6000 rpm, 110 Nm às
4100 rpm CONSUMOS, 9,3/6,2/7,3 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES
POLUENTES 174 g/km de CO2

Parceria Toyota e Galp Energia

A empresa portuguesa e a construtora japonesa de automóveis
estabeleceram uma parceria tecnológica que visa optimizar o uso da
electricidade no automóvel. Portugal marca posição no desenvolvimento
deste projecto, integrando um grupo restrito de países europeus a
testar a proposta da Toyota de utilização da electricidade na
mobilidade. A Galp Energia, pioneira no desenvolvimento do primeiro
posto de carregamento rápido de veículos eléctricos em Portugal, foi a
escolha lógica como parceira do projecto. Além de utilizar as duas
fontes de energia na locomoção, característica dos puros híbridos, o
novo automóvel pode optimizar o carregamento das baterias através da
rede eléctrica, aliando as vantagens da locomoção 100% eléctrica e
zero emissões, com a flexibilidade e autonomia das viaturas híbridas.



Mitsubishi eléctrico

O i-MiEV, projecto pioneiro da Mitsubishi, conquistou o título de
"Veículo Eléctrico do ano de 2009" na Inglaterra. Elogiado pela
habitabilidade dos seus 4 lugares, pela autonomia e pelo tempo de
recarga da bateria, marca também pontos pela facilidade de utilização
e design funcional do habitáculo. Lançado no início do Verão no Japão,
os primeiros 25 i-MiEV de volante à direita chegam agora à
Grã-Bretanha. Estas unidades destinam-se a serem utilizadas como
demonstradores no Programa Estratégico em Tecnologia de Baixas
Emissões de CO2, já que o seu lançamento comercial na Europa está
apenas previsto para finais de 2010.


MICHELIN Latitude Cross

Sabe-se que a maioria dos proprietários de um 4x4 utilizam o seu veículo principalmente em estrada. Significa isto que renunciaram à utilização fora do asfalto? O construtor francês de pneus acredita que não e, a pensar nos condutores europeus de SUV, desenvolveu um novo tipo de pneumático capaz de conseguir tirar o melhor proveito deste tipo de veículos.
Indicado tanto para as estradas geladas e com neve do norte da Europa, como para as soalheiras do sul do Continente, o “Latitude Cross” adapta-se quer às situações mais exigentes fora de estrada como às necessidades de uma condução diária em estrada. Com a tracção comparável à de um pneu todo o terreno e capacidade de aderência em lama, é, simultaneamente, silencioso e confortável como um estradista, além de garantir uma excelente duração.

Kia Sorento 2.2 CRDi 4x2

Estilo, potência, sete lugares…

Parece um "jipe" mas não é. Embora se possa comportar como tal, se
estivermos dispostos a desembolsar mais cerca de 20 mil euros. Assim,
só com tracção dianteira, fica pelo preço de uma carrinha.

São as virtudes do nosso sistema fiscal. Por um valor que não chega
aos 35 mil euros, a Kia propõe, em Portugal, um carro com estilo,
espaço, bastante motor e muita qualidade. Como? Ao homologá-lo como
monovolume, consegue uma significativa redução fiscal. O que não seria
possível caso dispusesse de tracção integral e fosse considerado um
"todo-o-terreno".

Atraente

Com linhas modernas, sedutoras e uma qualidade aparente que satisfaz,
o novo Sorento tem tudo para agradar. Esta nova geração consegue, não
apenas o feito de ser ainda mais barata do que a anterior, como de
oferecer uma melhor habitabilidade.
Parte, deve-o também ao motor de menor cilindrada, ainda mais potente
e terrivelmente mais eficaz. O espaço, porque este novo Sorento é mais
comprido e mais largo (ainda que mais baixo), dá-lhe desafogo e dois
lugares extra, escamoteáveis ao nível do piso. A mala é igualmente
maior, ultrapassando os 500 litros com 5 lugares.

O acesso aos dois lugares da terceira fila é feito pelo lado direito,
através do rebatimento total da parte menor do banco da fila central.
Não é muito prático mas, nesse aspecto, não difere muito da
concorrência. O conforto nestes lugares extras é limitado, sendo mais
indicados para crianças; um adulto com estatura média roçará o
tejadilho.

Oscilante

Não é difícil deixarmo-nos encantar com o habitáculo. Espaçoso,
luminoso e até certo ponto elegante, apenas não gostei do apoio dos
bancos, sobretudo em piso mais irregular e viagens mais longas.
Aliás, a suspensão pareceu-me mesmo demasiado macia para a sua
estrutura. Ao contrário do anterior, chassis e carroçaria formam um
bloco único, o que torna o conjunto mais leve. Mas não apenas
pressenti demasiada sensibilidade às flutuações do piso, como o
adornar em curva ou perante um movimento mais brusco do volante, não
me inspirou suficiente tranquilidade. Isto apesar de dispor de
controlo de estabilidade (desactivável).

O que é pena. A posição de condução está muito bem concebida, não
apenas do ponto de vista funcional como no que respeita à
visibilidade. Envolvente, coloca os comandos numa disposição racional
e, ao dispor do condutor e acompanhante, há pequenos espaços em número
suficiente. Em breve poderá ainda levar extras, como sistema de
navegação integrado, câmara traseira, sistema de abertura sem chave e
tejadilho panorâmico. O vidro do portão traseiro tem abertura separada
da porta.

Despachado

Com 193 cv, o Sorento é um carro potente. E rápido. Tem uma belíssima
caixa de seis velocidades, bem escalonada e precisa se aplicarmos a
embraiagem a fundo. Tudo isto faz dele um excelente estradista, com
boa insonorização e consumos bastante moderados. Surpreendentemente,
ganhou capacidade de manobra. Embora com mais volume, é mais ágil e
desembaraça-se com facilidade em cidade. Do controlo de arranque em
subida vem ajuda preciosa para quem não estiver à vontade no chamado
"ponto de embraiagem": atrasa um a dois segundos o "destravar" antes
de arrancarmos num semáforo, por exemplo. O motor responde bem a baixa
rotação, o que também é uma mais valia fora de estrada. Sim. Porque
não sendo um "todo-o-terreno", a altura e a força de um impressionante
binário, dão-lhe alguma capacidade para circular por trilhos onde um
ligeiro não chegaria. Para declives mais acentuados, conta ainda com
controlo electrónico de descida.

PREÇO, desde 34 340 euros MOTOR, 2199 cc, 197 cv às 3800 rpm, 430 Nm
das 1800 às 2500 rpm, turbodiesel, common-rail, 16 V e intercooler
CONSUMOS, 8,5/5,3/6,5 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES POLUENTES, 171
g/km de CO2

Estudo independente elabora lista de carros “amigos do ambiente”

Poupados e menos poluentes


O crescimento da consciência ambiental e novas exigências das
autoridades nesta matéria obriga os fabricantes a dedicar particular
atenção às emissões de poluentes e aos consumos. Na altura de decidir,
há cada vez mais consumidores a levar em linha de conta estes valores


Os mais cépticos dirão que é tudo uma questão de dinheiro: moderação
nos consumos implica gastar menos dinheiro na altura de reabastecer,
emissões poluentes baixas concede benefícios fiscais e, nalguns
países, também seguros mais favoráveis.
Na realidade, desde há muitos anos que os grandes construtores se
preocupam com o rendimento dos motores e dedicam atenção ao
desenvolvimento de tecnologias alternativas às fontes tradicionais de
energia, gasolina e gasóleo no caso dos automóveis. Em modelos que
continuam a utilizar mecânica baseada nestes dois combustíveis, o uso
de materiais mais leves, a diminuição da resistência ao vento e do
atrito durante o rolamento (peças mecânicas móveis e pneus, por
exemplo), permite desde logo ganhos importantes neste sentido.
Questão de dinheiro, ou não, a verdade é que cada vez mais há quem
olhe para estes dois aspectos. Apoiado em tabelas disponibilizadas no
site http://www.topten.pt/, damos uma ajuda para encontrar os modelos mais
"ecológicos", segmento a segmento.


Pequenos e poupados


No segmento dos citadinos ou mini carros, o modelo considerado mais
amigo do ambiente é o revolucionário Toyota iQ com emissões abaixo das
99 g/Km. Isto quando se trata de motores a gasolina, porque se
olharmos para o gasóleo, o Smart Fortwo (Coupé ou Cabrio) leva a palma
com 88 g/km. Tem porém só dois lugares face aos 4 do iQ. Toyota Aygo,
Peugeot 107 e Citroën C1, que utilizam exactamente o mesmo motor do
iQ, apresentam valores mais elevados, o que se deve a estruturas
maiores e mais pesadas.



Subindo de escalão, encontramos um surpreendente Ford
Fiesta 1.6 TDCi Econetic como o modelo com melhor avaliação ambiental.
Alguma desactualização do estudo (de certa forma natural devido ao
ritmo de lançamento de novos modelos), origina a que não refira, por
exemplo, o renovado Peugeot 207 com valores de emissões idênticos (e o
mesmo motor) ou até mesmo, para o meio da tabela, o Renault Clio 1.5
dCi ECO2. Estranhamente neste estudo — aparentemente sem razão para
isso como se constata no exemplo anterior – não aparecem muitos
automóveis franceses. Nem italianos. E, já agora, nem coreanos.


Híbridos dominam


Os familiares compactos são aqueles que representam maiores volumes de
vendas e mais contribuem para a consolidação do nome de uma marca
generalista. Neste segmento, sem grande surpresa, o lugar mais elevado
do pódio cabe inteiramente a um modelo híbrido, o Honda Insight. Com a
conjugação dos seus dois motores (1.3 a gasolina e outro eléctrico),
reclama emissões de 101 g de dióxido de carbono.
Curiosamente, na segunda posição coloca-se o Volvo C30 1.6D DRIVe (com
sistema Start/Stop) que anuncia uns não muito distantes 104 g/Km.



Sem surpresa alguma, o Toyota Prius lidera os veículos de classe
média, seguido de perto pelo Honda Civic 1.3i-DSI Hybrid. Tratam-se de
mais dois carros híbridos e, embora o Toyota disponha de um motor de
maior cilindrada do que o Civic (cuja mecânica é semelhante ao Honda
Insight mas dispõe de maior potência eléctrica), consegue consumos
mais baixos e emissões de apenas 104 g face às 109 do seu rival.


Volumetria pesa

Acima destes encontramos automóveis muito familiares mas também
bastante utilizados por frotas de grandes empresas para motorizações
dos seus quadros.



Com mais volume e peso, recorrem por isso a motores de maior
capacidade, ainda assim não sendo inteiramente linear tal implicar
consumos mais elevados.
Estranhando, mais uma vez, que neste "Top Ten" não constem alguns
carros franceses, a lista elaborada por este organismo considera, algo
surpreendentemente, o BMW 520d DPF não apenas como o mais económico,
como o menos poluente: 136 g/Km de CO2. Até mesmo a versão carrinha
deste "diesel" leva a palma a modelos com motores de menor cilindrada.



O último escalão analisado por este estudo, refere-se a carrinhas com
seis ou mais lugares e, se exceptuarmos o caso do Peugeot 308 SW, os
dois restantes são monovolumes médios. Considerado como mais "amigo do
ambiente", o Opel Zafira 1.6 ECOflex Turbo CNG Erdgas é uma versão a
gasolina preparada para também consumir GPL. No entanto, os melhores
consumos e os valores mais baixos de emissões pertencem ao Peugeot 308
SW.


O que é o TopTen.pt?

Trata-se de uma ferramenta de pesquisa on-line que pretende orientar o
consumidor na escolha de variado equipamento consumidor de energia:
electrodomésticos, lâmpadas, material de escritório e automóveis.
Tendo como critério fundamental a eficiência energética, visa não
apenas mostrar aos consumidores que estes têm um papel activo no
combate às alterações climáticas, como exerce pressão junto dos
fabricantes para os incentivar à contínua melhoria dos seus produtos.
Em
http://www.topten.info/ encontra-se o mesmo estudo a nível europeu.
Quanto ao projecto "Topten.pt", da responsabilidade da organização
ambientalista Quercus, foi promovido entre 2007 e 2008 pela EDP
Distribuição e financiado no âmbito do plano de promoção de eficiência
no consumo de energia eléctrica. Desde Dezembro de 2008 é financiado
pelo programa europeu "Intelligent Energy – Europe" (IEE).

Notícias sobre veículos eléctricos

Parceria Toyota e Galp Energia

A empresa portuguesa e a construtora japonesa de automóveis estabeleceram uma parceria tecnológica que visa optimizar o uso da electricidade no automóvel. Portugal marca posição no desenvolvimento deste projecto, integrando um grupo restrito de países europeus a testar a proposta da Toyota de utilização da electricidade na mobilidade. A Galp Energia, pioneira no desenvolvimento do primeiro posto de carregamento rápido de veículos eléctricos em Portugal, foi a escolha lógica como parceira do projecto. Além de utilizar as duas fontes de energia na locomoção, característica dos puros híbridos, o novo automóvel pode optimizar o carregamento das baterias através da rede eléctrica, aliando as vantagens da locomoção 100% eléctrica e zero emissões, com a flexibilidade e autonomia das viaturas híbridas.


Mitsubishi eléctrico

O i-MiEV, projecto pioneiro da Mitsubishi, conquistou o título de "Veículo Eléctrico do ano de 2009" na Inglaterra. Elogiado pela habitabilidade dos seus 4 lugares, pela autonomia e pelo tempo de recarga da bateria, marca também pontos pela facilidade de utilização e design funcional do habitáculo. Lançado no início do Verão no Japão, os primeiros 25 i-MiEV de volante à direita chegam agora à Grã-Bretanha. Estas unidades destinam-se a serem utilizadas como demonstradores no Programa Estratégico em Tecnologia de Baixas Emissões de CO2, já que o seu lançamento comercial na Europa está apenas previsto para finais de 2010.


Peugeot eléctrico iOn

Primeiro construtor mundial de veículos eléctricos, a Peugeot será também das primeiras marcas a comercializar na Europa um novo automóvel 100% eléctrico, o iOn, em finais de 2010.
Desenvolvido em parceria com a Mitsubishi, destina-se tanto a clientes particulares como a frotas (administração, associações locais, grandes empresas, etc.), dadas as suas características particularmente adaptadas ao meio urbano. Com quatro lugares e um comprimento de 3,48 m, possui autonomia para 130 km e as suas baterias de iões de lítio são recarregáveis em seis horas numa tomada clássica de 220 V, ou a 80 % em trinta minutos, graças ao seu sistema de recarga rápida.

Renault zero emissões

Em http://www.zero-emissoes.renault.pt/ o construtor francês é o primeiro a desvendar os segredos de um projecto do género ao grande público. Faltam cerca de 900 dias para que a Renault inicie a comercialização, em larga escala, de uma gama de veículos eléctricos, tornando-se na primeira marca a chegar ao mercado com uma gama completa de modelos.

Veículos eléctricos em Portugal

A parceria entre o Governo Português e a Aliança Renault-Nissan para promover a Mobilidade com Zero Emissões no país, torna Portugal pioneiro num programa que visa tornar os veículos eléctricos numa solução viável e atraente para os consumidores. A Renault-Nissan assume o compromisso de comercializar veículos eléctricos para os consumidores portugueses a partir de 2011, cabendo às autoridades criar condições fiscais e dotar as cidades de infraestruturas para a recarga das baterias. Portugal e Inglaterra foram os dois países escolhidos para a instalação de fábricas de baterias de iões de lítio para os carros eléctricos da Aliança.

Renault Scénic 1.5 dCi/110 cv

Independência tecnológica

Embora o anterior Renault Scénic tenha abandonado a designação Mégane, partilha com este familiar médio da marca francesa muito da sua mecânica. Não é por isso de todo errado continuar apreciá-lo como a versão monovolume de uma gama particularmente abrangente. Agora chegou a revolução à terceira geração!

Toque digital

A primeira imagem que se tem mal se roda a chave – ou assim que se carrega o botão de start, já que pode dispor do cartão que dispensa o uso desta para o motor e para as portas (300 €) –, é um ecrã inteiramente digital.


A melhor ideia que posso transmitir deste painel – que pode assumir diversas cores e configurações – é a de que parece o de um jogo de computador! Sem qualquer conteúdo pejorativo.
Nele se agrupa o velocímetro (que pode ficar tapado pela posição do volante), um conta-rotações, "de ponteiro", electrónico, indicadores de temperatura e combustível, sensores de estacionamento, informações do computador de bordo como médias e consumos e outras relativas ao sistema de áudio.
Grande parte destas funções pode ser controlada, como habitualmente, também através de comandos junto à coluna da direcção.


Funcionalidade

O que se espera de um monovolume, o Scénic oferece. Sempre foi dos que assegurou melhor conforto, apesar de não ser o maior. Mas o bom aproveitamento do espaço interior e os três bancos traseiros independentes, garantem-no a quem viaja nestes lugares. Estes correm longitudinalmente sobre calhas, fazendo variar o espaço da mala desde os 437 litros até um máximo de 1830 com o rebatimento total dos bancos. Tal como acontece no "Sport Tourer", cujo resultado ao ensaio está mais abaixo, o rebatimento do encosto do "pendura" permite o transporte de objectos com 2,55 metros.
Não se fica por aqui: entre os bancos dianteiros existe um compartimento amplo que, tal como o porta-luvas, pode ser refrigerado e espaços mais pequenos no piso. Há por fim os inevitáveis tabuleiros nas costas dos bancos, uma gaveta sob o banco e ganchos para fixação vertical de uma rede a separar a zona da mala.
Compacto nos seus 4,35 metros de comprimento, o Scénic tem efectivamente um bom aproveitamento do espaço interior. Não sendo o maior da classe, isso resulta a favor de uma maior capacidade de manobra.


Equipamento
Com uma qualidade interior ao nível da gama Mégane, o Scénic está equipado com um conjunto de ajudas electrónicas como o controlo de travagem, estabilidade e de tracção, estas últimas desligáveis. O que não é de todo aconselhável devido à configuração em altura do modelo e ao facto de, devido ao seu baixo peso e boa resposta do motor, ser capaz de um comportamento bastante ágil.
O exterior sugere isso mesmo, ao apresentar uma frente agressiva e dinâmica para um carro com características familiares. A altura ao solo não é muito elevada. As linhas arredondadas e fluidas, a forte inclinação do vidro dianteiro e a nova frente garantem-lhe ainda um excelente valor de penetração ao vento.
Tal como na carrinha, o carácter menos prático do sistema automático de climatização foi o que menos me agradou. Pode receber sistema de navegação "Carminat TomTom" com mapas gravados em cartão de memória SD, indicador dos limites de velocidade e posicionamento de radares fixos.
Traz ainda de série "travão de mão" automático e regulador de velocidade. Sensor de estacionamento com câmara traseira é opcional para 700 euros.

Consumos

Também pode receber uma versão menos potente do motor 1.5 dCi. Com uma diferença de preço que não chega a 2000 euros, não é difícil adivinhar qual a que reunirá maior preferência. A precisa e bem escalonada caixa de seis velocidades volta a ser decisiva para o correcto aproveitamento do binário disponível, ainda que, por obra e graça de um desempenho bastante despachado capaz de superar as expectativas mais optimistas, os consumos possam ultrapassar, em muito, os indicados pelo construtor.
Esteticamente atraente e com uma estrutura compacta capaz de assegurar boa capacidade de manobra em cidade, o Scénic ganha largamente à carrinha no capítulo da habitabilidade. Apesar de tudo, a Sport Tourer oferece um estilo e um comportamento mais dinâmico, sem perder muito das características que se querem num familiar. Mais discreta mas não menos apelativa, tem também, a seu favor, um diferencial de cerca de 3000 euros.

PREÇO, desde 29000 euros MOTOR, 1461 cc, 110 cv às 4000 r.p.m., 240 Nm às 2000, turbo de geometria variável, 8 válvulas(!), injecção common rail CONSUMOS, 6,1/4,6/5,2 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES POLUENTES 135 g/km de CO2