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Dakar 2013: Balanço final da prova e da participação dos portugueses

Terminou mais uma edição da mítica prova de todo-o-terreno e a presença portuguesa está de parabéns. Ruben Faria, nas motas, foi segundo e Carlos Sousa repetiu o sexto lugar em condições mais difíceis do que o ano passado. Hélder Rodrigues foi sétimo com a sua Honda CRF 450 Rally, não obtendo melhor resultado na classificação por causa da juventude do projecto. Contudo, houve mais portugueses intervenientes: nas motas Paulo Gonçalves ficou em 10.º Mário Patrão em 30.º e até Pedro Bianchi Prata, que esteve em riscos de falhar o Dakar por falta de patrocínios, conseguiu chegar ao final da prova. Ainda que não ao volante, mas no lugar do lado, outro português, Paulo Fiuza, “navegou” o BMW do argentino Orlando Terranova até ao quarto lugar entre os automóveis.

ENSAIO: Suzuki SX4 2.0 DDIS e 1.5 VVT Outdoor Line

A Suzuki reformulou a gama SX4, uma das mais procuradas da marca japonesa no mercado nacional. No essencial, as alterações incidiram sobre a introdução de novos motores, não podendo afirmar-se que tenham trazido resultados mais benéficos para a realidade do mercado português. Apesar dos preços se manterem competitivos, o motor a gasolina 1.5 VVT com 112 cv, mas sobretudo a versão diesel 2.0 DDIS com 135 cv, atiram o modelo para patamares menos competitivos.


ENSAIO: Suzuki Swift 1.2 VVT (5 portas)

Aparentemente mudou muito pouco. No entanto, o novo Swift parece (e é) realmente... novo. O seu comportamento é mais preciso, durante a condução é perceptível uma maior solidez do conjunto, está mais bonito e emprega melhores materiais no habitáculo. Os motores são também mais económicos e menos poluentes.

Suzuki SX4 1.6 DDiS Outdoor Line

Retoques de imagem

Após ter falado aqui do SX4 1.9 com tracção integral, volto à carga com uma versão mais acessível de apenas duas rodas motrizes, equipada com um motor ainda mais económico.


Esteticamente é dos modelos mais consensuais da marca japonesa, apelando à aventura e à liberdade graças a um conjunto de aplicações na carroçaria que lhe conferem o aspecto de um SUV. Alvo recente de um conjunto de melhoramentos, o uso de mais materiais isolantes faz com ue o "parece-que-está-em-todo-lado" bloco 1.6 diesel do grupo PSA já não imponha tanto o ruído do seu trabalhar no habitáculo, enquanto um novo painel de instrumentos disponibiliza mais informações durante a condução.
Exteriormente, ligeiros retoques ao nível da grelha, do pára-choques frontal e das protecções, a par dos vidros traseiros escurecidos, reforçam-lhe a identidade muito própria do SX4.

Condução

Em termos práticos, este Suzuki SX 4 1.6 DDiS não tem a tracção integral (o que não é grande drama para a utilização que a maioria dos seus proprietários lhe poderia dar), mas, principalmente, perdeu meio milhar de euros face ao 1.9 DDiS! Este acaba por ser um dos pormenores mais importantes, até porque, na realidade, embora mais abafado, o funcionamento do motor e o ruído de rolamento continuam a fazer-se notar, apesar do tal acréscimo de materiais isolantes junto do motor e da transmissão.
O SX4 tem uma posição de condução bastante agradável e espaço interior suficiente para as necessidades de quatro adultos (embora com lotação para cinco), incluindo a mala que (aleluia nos tempos que correm...) ainda alberga pneu suplente ainda que para uso temporário.
Os novos revestimentos nos bancos parecem mais resistentes e aparentemente de limpeza fácil, enquanto a qualidade dos materiais plásticos, não impressionando, denotam contudo o rigor necessário para não evidenciarem ruídos parasitas em mau piso.

Ligações

Como um extra que custa 275 euros, o SX4 dispõe de um equipamento que liga outros aparelhos ao sistema de som da viatura. O "Parrot Mki9200" tem entradas por cabo para "iPod", ficha USB e leitor de cartões SD, podendo ainda receber sinais sem fio via "Bluetooth" de telemóveis.
Apesar da sua funcionalidade prática, o comando, fixo por uma braçadeira de borracha ao volante, tem um funcionamento pouco intuitivo e atrapalha na movimentação do mesmo, além de indiciar uma certa fragilidade.
Adiante.
Não apenas por causa deste motor bastante económico, de facto toda a mecânica cumpre com mérito as necessidades dinâmicas. O SX4 não tem, está claro, o comportamento de um desportivo, mas acelera bem e curva de forma despachada e suficientemente segura para a altura do seu chassis. Essa mesma altura exige uma certa moderação em curvas mais apertadas, apesar de uma suspensão mais firme contribuir para a segurança das reacções. A altura ao solo e as protecções são ainda uma garantia para a integridade do conjunto em pisos mais hostis. Como por exemplo, a fintar os buracos de uma qualquer cidade portuguesa após um dia de chuva intensa...

PREÇO, desde 20 250 euros MOTOR,1560 cc, 90 cv às 4000 rpm, 16 V, 215 Nm às 1750 rpm, turbo com injecçمo directa common rail CONSUMOS,5,9/4,3/4,9 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES CO2, 129 g/km

Suzuki Grand Vitara e SX4 1.9 DDIS

Um SUV e um quase (quase…) TT

A Suzuki renovou alguns dos modelos mais emblemáticos da sua gama. O
popular Grand Vitara beneficiou de retoques estéticos, o versátil
"crossover" SX4 passa finalmente a ter tracção integral e motor 1.9
DDiS

No seguimento do ensaiado Jimny (ver ensaio seguinte), cabe agora analisar os outros dois modelos da construtora japonesa que também beneficiaram de reformulações estéticas e mecânicas.
Em termos mecânicos, o Suzuki Grand Vitara não modificou muito (ver AQUI resultado do ensaio anterior), embora a marca garanta ter um sistema de tracção redesenhado. As maiores alterações parecem ter sido estéticas, com uma secção dianteira mais moderna e distinta, bem como um interior mais apelativo. Pára-choques mais proeminentes e a integração dos piscas nos retrovisores, são as alterações mais evidentes.
Quanto ao interior, poucas novidades há, salvo um ou outro detalhe decorativo ou de funcionalidade. Novos materiais de isolamento acústico não impedem, ainda assim, de se continuar a ouvir o motor no habitáculo, enquanto que, no que concerne aos acessos e ao espaço
disponibilizado, continua a viajar-se com bastante desafogo.

Grand Vitara

A posição de condução favorece o acesso aos variados comandos, de
manuseio nada complicado. A excepção é mesmo o sistema de som e de
navegação, com ecrã táctil, desaconselhando qualquer uso durante a
condução, devido à sua menor precisão e intuição. Com a visibilidade
favorecida, Grand Vitara pode dispor de câmara traseira para auxiliar
manobras de estacionamento.
Os encostos do banco traseiro possuem vários graus de inclinação. A
mala tem uma capacidade mediana, quase 400 litros, ainda assim
razoável para as dimensões exteriores. Bom acesso através de um portão
traseiro, que abre em compasso, devido à colocação exterior do pneu
suplente.

SX4

Mecanicamente eficazes fora de estrada, é difícil encontrar um
construtor que ofereça uma gama tão abrangente de modelos com estas
características. Desde os "jipes" de pouco tamanho e baixo peso como o
Jimny, com excepcionais capacidades de manobra e de transposição de
obstáculos, até ao Grand Vitara, mais confortável e familiar.
Pelo meio, alguns citadinos como o SX4 (ver AQUI resultado do ensaios ao 1.6 DDiS e AQUI ao 1.5 GLX a gasolina), um carro construído a meias com os italianos da Fiat. É um utilitário bastante divertido de conduzir, eficaz e versátil na sua função, com um estilo sedutor que sugere dinamismo, evasão e aventura.
Presente há uns anos no nosso mercado, recebe, finalmente, uma versão
com tracção integral. Não se trata de um todo-o-terreno. Com um pouco
mais de altura em relação ao solo e protecções na carroçaria, o Suzuki
SX4 tem apenas capacidade para trilhos sem grandes obstáculos para
ultrapassar, mais complicados é certo, mas que não interfiram com
ângulos de ataque e de saída relativamente fracos.
Tanto se adapta facilmente a uma condução citadina – e desse ponto de
vista oferece uma condução muito prática – como permite sair do
alcatrão para caminhos de terra sem grandes desníveis, embora consiga
desembaraçar-se com relativo à vontade quando o piso perde alguma
aderência. Mas, provavelmente, terá um uso maior em estradas com gelo
e neve.

Motor 1.9

Recorrem os dois a motores diesel de 1,9 l. Diferentes, no entanto.
Enquanto o do Grand Vitara tem origens francesas, o do SX4 provém do
acordo de produção com os italianos da Fiat. Ambos asseguram binário
suficiente para as funções a que se destinam, no primeiro caso
garantindo que o condutor não ficará mal se resolver levar o Grand
Vitara por maus caminhos.
No Grand Vitara seria bem vinda uma sexta velocidade, presente no SX4,
para ajudar a conter-lhe os consumos. A capacidade de tracção é
realmente uma das suas mais valias, continuando a privilegiar mais as
capacidades de um todo-o-terreno do que as necessidades citadinas de
um SUV.
Nos dois, a gestão das necessidades de tracção é feita através de
comandos eléctricos. No SX4, um simples botão colocado entre os
bancos, assegura a distribuição automática por ambos os eixos ou
bloqueia equitativamente a força do motor pelos mesmos. No Grand
Vitara, um comando rotativo na consola central permite o bloqueio do
diferencial central ou utilizar «redutoras» para as situações mais
complicadas.

Suzuki Grand Vitara
PREÇO, desde 38700 euros MOTOR, 1870 cc, 129 cv às 3750 r.p.m., 300 Nm
às 2000 rpm, 8 válvulas, Injecção directa common rail CONSUMOS,
8,4/6,2/7,0 l (extra-urbano/combinado/urbano) EMISSÕES POLUENTES 185
g/km de CO2

Suzuki SX4
PREÇO, desde 28500 euros MOTOR, 1910 cc, 120 cv às 3500 r.p.m., 280 Nm
às 2000 rpm, 8 válvulas, injecção common rail CONSUMOS, 7,9/5,6/6,4 l
(extra-urbano/combinado/urbano) EMISSÕES POLUENTES 170 g/km de CO2

Suzuki Jimny 1.3 VVT 16V

Hiperactivo!

Este carro não é para ser levado a sério. Não me entendam mal: isso
não significa que seja um mau produto! Estou apenas a vê-lo como um
brinquedo para gente crescida…

Há várias razões económicas para encarar o Suzuki Jimny com bons
olhos: pelo seu preço, a partir de 18 mil euros, não há, no mercado,
viatura com semelhantes aptidões fora de estrada; é de uma ligeireza e
agilidade surpreendentes, seja em cima de alcatrão ou fora dele; e é
pouco provável sermos multados em auto-estrada.
O conceito e a história deste pequeno (grande…) todo-o-terreno (e
poucas vezes me sinto tão à vontade para empregar esta expressão),
remonta ao início dos anos 60, quando o fabricante japonês apresentou
o seu primeiro jeep, o LJ, equipado com um motor de 360 cc! Daí para a
frente conheceria variadas evoluções e designações, até chegar ao
Jimny actual.
Este é uma versão especial designada "Mode 2", levemente renovada e
melhorada em termos de equipamento. Distingue-se exteriormente por
subtis alterações no pára-choques dianteiro, novas jantes especiais e
pouco mais. Visualmente, o interior surge mais moderno, melhorando a
sua eficácia e ergonomia, sendo contudo mais significativa a dotação
de equipamento.

Pequeno
Há vários motivos para tratar o Suzuki Jimny como um pequeno jipe, a
começar pelo simples facto de ser… pequeno. Pouco mais de três metros
e meio não lhe permitem grande habitabilidade e é por isso que os dois
passageiros do banco traseiro (rebatíveis a 50/50) vão estar muito
condicionados pelas necessidades de espaço dos que ocuparem os
assentos da frente. Já para não falar do que resta para a mala, uns
escassos 120 litros de capacidade. Além disso, os bancos não dispõem
de memória, depois de permitido o acesso à parte de trás.
À frente não há muito espaço em largura, levando a um roçar frequente
de braços no forro das portas. Quando nos sentamos, os bancos também
parecem não oferecer grande apoio ao corpo e, uma vez que só existe um
manípulo para as mudanças, desejar-se-ia um melhor aproveitamento do
tablier e da consola central, no que toca à oferta de pequenos
espaços.

Leve

Damos-lhe vida e ele vibra! Inicialmente isso acontece no sentido mais
literal do termo. Deve-o à sua própria arquitectura: um chassis de
vigas onde se acoplam suspensões que amortecem dois eixos rígidos. Uma
caixa de cinco velocidades com relações curtas, ajudada pelo pouco
peso do conjunto (pouco mais de 1000 Kg), permitem-lhe uma fantástica
genica inicial, que, no entanto, acaba por se ir esgotando consoante a
velocidade aumenta. Por outro lado, a pouca estabilidade e o acentuar
da acção de ventos contrários ou laterais, levam, não raras vezes, a
que moderemos o entusiasmo em auto-estrada, bem como ao redobrar das
precauções na abordagem de trajectos sinuosos. Há que ter
permanentemente atenção às suas reacções, porque estas tendem para uma
certa rigidez.

TT eficaz
É fora do alcatrão que melhor se evidenciam todas as suas capacidades.
E não me refiro apenas a estradões de gravilha, pouco irregulares ou
algo enlameados. Não! Para "soltar" toda a sua raça, o Jimny precisa
de um ambiente "hostil" que lhe permita portar-se quase como… uma
cabra montesa. Torna-se espantoso o que este pequeno motor a gasolina
com 85 cv lhe permite, mais ainda quando o modelo ensaiado nem sequer
dispõe dos pneus mais indicados. A suspensão, que não o favorece na
estrada, tem em caminhos bastante acidentados, um comportamento
fantástico. E, se houver quem o considere frágil, que lhe aprecie a
resistência na transposição sucessiva de irregularidades, ou na
abordagem de declives acentuados.
Em condições normais, o pequeno jipe da Suzuki dispõe de tracção
dianteira. Em velocidades até 100 km/h é possível engrenar a traseira,
através de um pequeno botão colocado no tablier. Para transferir para
as redutoras há que tê-lo imobilizado.
É nas alturas mais difíceis que nos apercebemos que os bancos até
suportam razoavelmente bem as trepidações. A altura ao solo elevada e
uma colocação, também alta, do motor, permitem ainda ao Suzuki Jimny a
transposição de respeitáveis cursos de água.
PREÇO, desde 18000 euros MOTOR, 1328 cc, 85 cv às 6000 rpm, 110 Nm às
4100 rpm CONSUMOS, 9,3/6,2/7,3 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES
POLUENTES 174 g/km de CO2