A jornada de um Opel Corsa GT que viajou do Porto para brilhar em Frankfurt


Esta é a história de um Opel Corsa GT que viajou do Porto a Frankfurt para ganhar uma nova vida e uma nova nacionalidade na matrícula.

Uma história documentada com imagens que revelam a jornada de um carro, esquecido numa garagem, que viajou 2700 quilómetros em estrada, de Portugal à Alemanha, para brilhar ao lado dos seus irmãos mais novos.

Parando no caminho, em Saragoça, Espanha, para visitar a fábrica que o viu nascer.

Uma vez na Alemanha, depois de comprovado o seu bom estado de funcionamento, recebeu uma profunda remodelação para lhe devolver o brilho e a originalidade com que saiu da fábrica há 32 anos.

Recebeu também a cidadania alemã, depois de passar com brio na inspecção que lhe garantiu a matrícula e o direito a figurar no Museu da centenária marca alemã.

O que tem este Corsa de tão especial?


O Opel Corsa GT descoberto esquecido numa garagem na baixa do Porto é um raro exemplar de 1987.

Esta versão GT foi produzida entre abril de 1985 e o outono de 1987.

O motor 1.3 a gasolina, ainda de carburador, com 70 cavalos e caixa manual de cinco velocidades, além da maior potência, contém discretos apêndices aerodinâmicos, jantes de liga leve e bancos desportivos.

Ainda hoje é um dos modelos que mais faz a delícia dos menos abonados mas apaixonados por pequenos desportivos da época, a par de versões mais desportivas do AX, 106, Clio, Fiesta, Polo...

Na sua altura um "desportivo" de eleição para muitos, tal como o seu sucessor, o mais potente GSi, em 1988.


Trinta e dois anos depois, o seu comportamento constituiu uma surpresa ao cumprir, sem problemas,  a viagem de 2700 quilómetros entre o Porto e a sede da Opel em Rüsselsheim, próximo de Frankfurt, Alemanha.

Sem manifestar esforço e surpreendendo pela suavidade, a suspensão comportou-se bem e a direcção mostrou-se sem folgas.

As indicações dos manómetros de temperatura e de pressão de óleo descansaram os condutores ao longo de tão extensa jornada.

O consumo foi outra surpresa, raramente ultrapassando os seis litros, em parte devido ao peso reduzido do Corsa GT: apenas 750 kg, o que lhe permite uma relação peso/potência de apenas 10,7 kg por cavalo.

Como o Corsa GT foi restaurado  

Os trabalhos de restauro do Opel Corsa GT com matrícula originalmente portuguesa tinham como objectivo expô-lo com toda a dignidade no Salão Automóvel de Frankfurt de 2019, ao lado dos exemplares da 6.ª geração, que se estrearam no evento.

Mas logo à chegada à Alemanha e ainda antes de ser alvo do restauro, o Corsa GT faz uma passagem pela TÜV para a inspecção obrigatória, necessária para a atribuição de registo alemão, passando o exame com distinção.

Na oficina do Opel Classic são descobertas algumas imperfeições, como marcas no tejadilho, logótipos não originais, vidros riscados e estofos demasiado coçados.


E, peça a peça, a equipa reconstruiu o Corsa, primeiro o motor, seguindo-se a suspensão.

O “Projeto IAA 2019”, sob a orientação de Thorsten Götz e Dieter Eder, especialistas da Opel em automóveis clássicos, recebeu depois nova pintura e os logótipos GT correctos.

Com jantes originais, vidros e janelas novas, o Corsa GT adquirido em Portugal rumou depois, em grande estilo, para o Salão Internacional do Automóvel de Frankfurt.
















O Mercedes Classe A foi o modelo mais vendido em Portugal no mês de Agosto


A venda de carros novos está a descer em Portugal e as tabelas da ACAP revelam que a Peugeot foi a marca líder de vendas em Agosto, relegando a Renault para a segunda posição.

Em Agosto de 2019, o Renault Clio, consecutivamente o modelo mais desejado pelos portugueses, também não foi o mais vendido.

O primeiro lugar coube ao Mercedes-Benz Classe A, seguido do Citroen C3 e, por fim, então o Renault Clio.

O Dacia Sandero entrou também para a lista dos 10 carros mais vendidos em Portugal em Agosto. Neste mês foi líder de mercado em Espanha e é o segundo modelo mais vendido no país vizinho em 2019.

TOP 15 das gamas de carros de passageiros mais matriculadas em Agosto de 2019:

  1. Mercedes-Benz Classe A: 516 unidades
  2. Citroen C3: 391 unidades
  3. Renault Clio: 365 unidades
  4. Peugeot 308: 330 unidades
  5. Peugeot 2008: 302 unidades
  6. Peugeot 208: 300 unidades
  7. Fiat Tipo: 282 unidades
  8. Nissan Qashqai: 243 unidades
  9. Ford Focus: 235 unidades
  10. Dacia Sandero: 231  unidades
  11. Seat Arona: 202 unidades
  12. Toyota Yaris: 195 unidades
  13. Renault Captur: 194 unidades
  14. Renault Mégane: 193 unidades
  15. VW Polo: 180 unidades
Porém, o Renault Clio continua a ser o modelo mais vendido em Portugal, entre Janeiro e Agosto de 2019.

Renault Captur e Mercedes-Benz Classe A disputam os lugares seguintes do pódio.

TOP 15 das gamas de carros de passageiros mais matriculadas em 2019 até ao final do mês de Agosto:

  1. Renault Clio: 8089 unidades
  2. Renault Captur: 5581 unidades
  3. Mercedes-Benz Classe A: 5388 unidades
  4. Peugeot 208: 4681 unidades
  5. Citroen C3: 4468 unidades
  6. Renault Megane: 4130 unidades
  7. Peugeot 2008: 3929 unidades
  8. Fiat Tipo: 3773 unidades
  9. Fiat 500:3481 unidades
  10. Peugeot 308: 3077 unidades
  11. Seat Ibiza: 3047 unidades
  12. Nissan Micra: 3015 unidades
  13. Ford Focus: 2878 unidades
  14. Nissan Qashqai: 2853 unidades
  15. Toyota Yaris: 2311 unidades
SIGA: Peugeot foi líder do mercado automóvel em Agosto de 2019

MINI: Os carros não se medem aos palmos!


No final da década de 50 do século XX, a conservadora indústria automóvel britânica vivia um ambiente muito especial.

Por um lado, os construtores mostravam-se relutantes em introduzirem inovações nos seus produtos.

Por outro, a maioria dos automóveis ingleses mais populares e acessíveis, sofriam de uma grave desatualização técnica.

Enquanto isso a Europa continental respondia com modelos como o Volkswagen, o Fiat 600, o Renault 4 cv ou o Citroen 2 cv.

Este ambiente e a crise de petróleo motivada pela disputa do canal do Suez tornava imperiosa a necessidade de um modelo tecnicamente mais evoluído e estilisticamente mais moderno.

O presidente da BMC, British Motor Company, declarou essa vontade e acrescentou: teria de ser económico, fácil e barato de produzir, mas versátil e com espaço, conforto e com prestações interessantes.

Estávamos em 1957.

Os planos incluiam o propósito de conceber um automóvel de dois volumes, com não mais de três metros de comprimento.

Mesmo assim capacidade para quatro adultos e ainda alguma carga.



Como o MINI consegue ter tanto espaço interior?


Um dos truques para poupar dinheiro no projeto passava por aproveitar um pequeno motor já existente, comprovadamente fiável e simples de reparar.

Para ganhar habitabilidade, seria disposto transversalmente, à frente, juntamente com a caixa de velocidades.

Isso conferiu-lhe uma frente bastante compacta, mesmo assim com espaço para o sistema de direção!

Outro, foi utilizar tração dianteira.

Isso libertou área para o habitáculo e para a bagageira, já que dispensava o túnel central ao longo do carro, destinado ao veio de transmissão às rodas traseiras.

A carroçaria monobloco, as rodas de dez polegadas (baixando o centro de gravidade), as suspensões com rodas independentes e blocos de borracha vieram garantir ao novo modelo uma estabilidade notável para a época.

E também o comportamento em curva ainda hoje preciso, divertido e muito apreciado.


Outros truques conferiram ao MINI original uma versatilidade interessante:

  • A colocação dos instrumentos no centro do tablier tornava o habitáculo menos acanhado. Criava a ilusão de maior profundidade em relação ao condutor e, simultaneamente, libertava espaço para  colocar objetos de pequenas dimensões;
  • A porta da bagageira abria de forma a servir como prateleira para o transporte de volumes de maiores dimensões
  • As cavas das rodas traseiras, colocadas no extremo da carroçaria, não interferiam no espaço do banco traseiro.

A produção iniciou-se em 8 de Maio de 1959 e, a 26 de Agosto, foi apresentado ao público o Austin Se7en o o Morris Mini-Minor, marcas do grupo BMC.

Um carro inglês desenhado por um turco armado Cavaleiro


O MINI, como hoje é conhecido o carro independentemente da sua marca, é muito provavelmente o carro inglês mais famoso.

Porém, quem o desenhou foi um turco chamado Alexander Arnold Constantine Issigonis.

Mais tarde seria ordenado Sir pela Rainha Isabel II; Sir Alec Issigonis.

Filho de pai grego e de mãe alemã, nasceu na Turquia em 1906.

Estudou engenharia em Londres e, após passar por diversas empresas mecânicas, concebeu, para o Morris Minor, o primeiro carro inglês a ultrapassar o milhão de unidades vendidas.

Mas antes de ingressar na BMC em 1955, Issigonis teve uma curta passagem pela Alvis. Foi aqui que começou a esboçar os contornos de um automóvel de pequenas dimensões.

David contra Golias


Nos ralis o MINI bateu-se com carros mais potentes e ganhou.

A "culpa" recaí sobre John Cooper, especialista mecânico responsável pela preparação de carros e motores para competição.

Coube a ele o nascimento da fama que ainda hoje gozam os Mini Cooper!

O MINI conheceu inúmeras versões oficiais, entre elas um modelo carrinha designado Countryman ou Estate, uma pick-up e o muito popular Mini-Moke.

Foi produzido em inúmeros países, incluindo Portugal.


Mazda CX-30. Preços. Motores. Equipamento. Versões em Portugal

O MAZDA CX-30 é um SUV situado entre o Mazda CX-3 e o Mazda CX-5, concorrendo directamente no segmento até agora dominado pelo Nissan Qashqai.

Construído sobre a plataforma do Mazda3 é, juntamente com este, o primeiro a receber o motor a gasolina Mazda 2.0 SKYACTIV-X.

Apesar de ter 180 cv, este motor a gasolina consegue consumos e emissões reduzidos, graças a um conjunto de técnicas inovadoras.

A gama de motores do Mazda CX-30 é igual à do Mazda3:


  • SKYACTIV-D 1.8: silencioso e económico, com 116 CV às 4.000 rpm, 270 Nm entre as 1.600 e as 2.600 rpm. Consumo médio de 5,1-6,6 l/100km e emissões CO2 de 135 a 173 g/km (WLTP);
  • 2.0 SKYACTIV-G, atmosférico sem sobrealimentação e com tecnologia de desactivação de cilindros. Desenvolve 122 CV às 6.000 rpm e tem binário máximo de 213 Nm às 4.000 rpm. O consumo médio é de 6,2-7,3l/100 km, para emissões de CO2 de 141-165 g/km (WLTP).
  • SKYACTIV-X: 180 CV às 6.000 rpm, binário máximo de 224 Nm às 3.000 rpm. Consumo médio de 5,9-7,0 l/100 km, emissões de CO2 entre 133 e 160 g/km (WLTP).



Com dois níveis de equipamento, Esta é a lista de preços indicativos:


  • 2.0 SKYACTIV-G, de 122 cv. "Evolve", preços entre 28.671 e 35.951 euros, "Excellence", preços entre 34.551 e 38.041 euros;
  • 1.8 SKYACTIV-D, de 118 cv. "Evolve", preços entre 31.776 e 45.151 euros, "Excellence", preços entre 37.041 e 47.241 euros;
  • SKYACTIV-X: "Evolve" de 34.626 e 42.221 euros; Excellence, preços de 37.041 a 47.241 euros.

Todos os motores, com transmissão manual ou automática de seis velocidades.

Os dois primeiros disponíveis em Portugal a partir de setembro de 2019, o SKYACTIV-X chega em Outubro.

Na fase do lançamento do modelo em Portugal, há uma versão especial do motor a gasolina de 122 cv, com oferta de equipamento, a partir de 27.650 euros.

Nos modelos com tracção total, a contenção do balanço da carroçaria é facilitada pela acção coordenada dos sistemas i-Activ AWD e G-Vectoring Control (GVC), nos de tracção somente dianteira pelo G-Vectoring Control Plus (s).

Motores do Mazda CX-30


A Mazda privilegia a eficiência à potência pura obtida pela ação da sobrealimentação, algo evidente no recente motor diesel Skyactiv-D, que dispensa a utilização de sistema selectivo de tratamento com recurso a AdBlue para cumprir as normas Euro 6d-TEMP.

O mesmo acontece no motor atmosférico Skyactiv-G, com apenas 122 cv.

Já no novo Skyactiv-X, que proporciona mais potência sendo mais eficiente,a tecnologia mild-hybrid associa-se ao tratamento específico da mistura e do momento da ignição, dependentes do modelo escolhido de condução.

Mas como economiza o SKYACTIV-X?


  • Faz recurso a um compacto sistema mild hybrid composto por uma bateria de iões de lítio de 24 V, colocada junto do motor e de um pequeno motor eléctrico integrado, destinado a prestar auxílio de potência e binário nas fases mais críticas da condução.

  • Alia a isto sistemas de recuperação de energia (ISQ) para carregar a bateria do sistema mild hybrid.

  • Inova no sistema de alimentação de combustível. 
A Mazda tem vindo a ensaiar melhoramentos na rentabilidade dos motores térmicos, trabalhando com taxas de compressão mais elevadas do que as habituais nos motores de outros construtores.

O objectivo é conseguir obter, nos seus motores a gasolina, o comportamento e – principalmente – os níveis de eficiência dos motores a gasóleo.

Uma das novidades do SKYACTIV-X está precisamente naquilo que a Mazda chama de Ignição por Compressão Controlada por Faísca, no original SPCCI - Spark-Controlled Compression Ignition.

Este método de combustão desenvolvido pela Mazda é uma tecnologia que procura atingir o ponto ideal de combustão para cada momento, mas também o da mistura ar/gasolina, sendo que, quanto mais pobre esta for, menor serão os consumos e emissões.

Este mecanismo consegue trabalhar com misturas bastante pobres (mais ar/menos gasolina, 2 a 3 vezes mais pobre do que nos actuais motores a gasolina convencionais), aumentando a taxa de compressão da mistura para um nível onde a inflamação acontece por auto-detonação (daí a semelhança com a tecnologia diesel), num processo gerido de forma inteiramente automática em função da análise feita à potência necessária no momento.

“As vantagens de um motor a gasolina com ignição por faísca - expansivo nas altas rotações e menores emissões de gases de escape - foram combinadas com as de um motor diesel de ignição por compressão: melhor resposta a baixas rotações e maior economia de combustível”, dizem os engenheiros da Mazda.

O sistema SPCCI trabalha praticamente em toda a amplitude de funcionamento do motor, excepto nos arranques a frio, nas fases de aquecimento inicial do motor e com o motor em carga muito elevada.

Dimensões e equipamento do Mazda CX-30

Com 4,40 metros de comprimento, 1,80 de largura e 1,54 m de altura, o Mazda CX-30 é:

• 19 cm mais comprido do que o CX-3 e 6,5 cm mais curto do que o Mazda3 de 5 portas
• 3 cm mais largo do que o CX3 e com a mesma largura do Mazda3
• Sensivelmente da mesma altura do CX-3 (0,5 cm de diferença) e 10,5 cm mais alto do que o Mazda3

Com aspecto sofisticado e elegante, o painel de bordo e muitos detalhes do interior são semelhantes ao Mazda3.

Realce para a ergonomia da posição de condução e para a clareza de leitura do painel de bordo, bem como para a capacidade de insonorização, que beneficia do baixo ruído emitido pelos motores e transmissões.

Os bancos dianteiros oferecem bom apoio lateral e foi dada especial atenção às afinações do banco e do volante, para obter uma posição de condução ergonómica, de acesso fácil aos comandos e com boa visibilidade sobre os instrumentos.



Os 10 cm a mais de altura beneficiam a entrada nos lugares traseiros relativamente ao Mazda3 e o banco traseiro oferece espaço suficiente para dois adultos.

Este banco não possui ajuste longitudinal, logo a capacidade de mala é fixa: 430 litros sem pneu suplente.

O acesso é feito através de um portão com abertura ampla (pode ter movimento eléctrico), de 1,03 m, com o plano de carga a 73,1 cm do solo, com destaque para a simplicidade de controlo das funções visionadas no ecrã central de 8,8´´



De modo resumido, entre equipamento de série e opcionais, o novo Mazda CX-30 pode contar:
  • Jantes de alumínio de 18 ou 16 polegadas;
  • Smart Brake Support (SBS), de série;
  • Smart Brake Support [Eixo traseiro] (SBS-R), opcional;
  • Smart Brake Support [Rear Crossing] (SBSRC) , opcional;
  • Faróis LED Adaptativos (ALH), opcional;
  • Controlo de Luzes de Máximos (High Beam Control (HBC), de série;
  • Monitor 360°, opcional;
  • Front Cross Traffic Alert (FCTA), opcional;
  • Blind Spot Monitoring (BSM), de série;
  • Rear Cross Traffic Alert (RCTA), de série;
  • Lane Departure Warning System (LDWS), de série;
  • Lane-keep Assist System (LAS), de série;
  • Sistema Traffic Sign Recognition (TSR), de série;
  • Intelligent Speed Assistance (ISA), de série;
  • Driver Attention Alert (DAA), de série;
  • Driver Monitoring, opcional;
  • Mazda Radar Cruise Control (MRCC), de série;
  • Cruising & Traffic Support (CTS), opcional.

Peugeot foi a marca líder do mercado automóvel em Agosto de 2019


A Peugeot foi a marca automóvel que mais carros vendeu em Agosto em Portugal.

Com 2.145 viaturas, a marca francesa foi secundada pela também francesa Renault, tradicional líder de vendas, com 1.623 unidades, ficando, na terceira posição, a alemã Mercedes-Benz com 1.323 unidades.

Este valor mensal da Peugeot nos veículos ligeiros é o resultado da soma de 1.326 ligeiros de passageiros e de 819 comerciais ligeiros.

Porém, a Renault continua líder de mercado no acumulado dos primeiros oito meses do ano, com 26.839 unidades, seguido da Peugeot com 21.799 unidades e da Citroen com 13.978 unidades.

No global, as 4 marcas do grupo PSA - Peugeot, Citroen, Opel e DS - renderam 4.125 veículos ligeiros em Agosto (26,23%) e representam actualmente quase 1/4 das matrículas de carros novos em 2019: 45 900 unidades, 24,82%.

Outros factos significativos:


  • As vendas de ligeiros de passageiros perderam quase 1/5 das vendas comparativamente a Agosto de 2018: menos 19%. Porém, Agosto de 2018 foi um mês excepcionalmente forte de matrículas, por ter sido o último antes da entrada em vigor do WLTP para os ligeiros de passageiros;
  • As matrículas de comerciais, no último mês antes da entrada em vigor do WLTP para estes veículos, e num mês em que os profissionais compram menos, subiram 14,6%;
  • A Volkswagen está a recuperar terreno e foi a sexta marca mais vendida em Agosto;
  • Com 704 unidades, a Toyota foi a 9.ª da tabela de vendas de Agosto e matriculou mais carros do que a Ford;
  • A Hyundai perdeu vendas mensais em Agosto, o que acontece pela primeira vez em vários meses. Mas é a que mais subiu este ano (27,1%) entre as marcas que já venderam mais de 450 carros em 2019;
  • A Nissan é quem mais perdeu desde o início de 2019 até ao final de Agosto: -29,2%;
  • No global, prossegue a tendência de queda das matrículas e as vendas de automóveis ligeiros em Portugal já reduziram 5,2% em comparação com os primeiros 8 meses de 2018.


Este é a tabela da ACAP com os valores das matrículas de Agosto e o total das vendas de automóveis ligeiros nos primeiros oito meses de 2019:



Estas foram as 10 marcas que mais venderam em Agosto:


  1. Peugeot: 2 145
  2. Renault:1 623 
  3. Mercedes-Benz: 1 323 
  4. Citroën: 1 228 
  5. Fiat: 964 
  6. Volkswagen: 882
  7. BMW: 837 
  8. Opel: 722 
  9. Toyota: 704 
  10. Ford: 702 

Estas são as 10 marcas que mais venderam em 2019 até final de Agosto:
  1. Renault: 26 839 
  2. Peugeot: 21 799 
  3. Citroën: 13 978 
  4. Fiat: 13 300 
  5. Mercedes-Benz: 12 567 
  6. Opel: 9 706 
  7. BMW: 9 409 
  8. Volkswagen: 8 281 
  9. Seat: 7 871 
  10. Ford: 7 866 

Está AQUI o resultado das vendas de LIGEIROS DE PASSAGEIROS de todas as marcas automóveis em Agosto de 2019


Está AQUI o resultado das vendas de COMERCIAIS LIGEIROS de todas as marcas automóveis em Agosto de 2019

Accenture prevê que, em 2040, número de veículos eléctricos deva ultrapassar o de veículos convencionais


As estimativas do estudo “Accenture The Utilities: Lead the Charge in eMobility” calculam que o número de veículos eléctricos deverá aumentar para 10 milhões em 2025 e ultrapassar o número de veículos convencionais em 2040.

Tal poderá gerar para o sector das empresas de serviços e mobilidade um volume de negócios da ordem de 2 biliões de dólares, afirma o relatório da Accenture Strategy.

As empresas podem beneficiar de uma oportunidade de 1.7 biliões de dólares, com uma margem de lucro reduzida, através do fornecimento de energia para veículos eléctricos, devendo acrescentar 250 mil milhões de dólares através de novos serviços de mobilidade, com margem de lucro mais elevada, como:


  • Apps de carregamento remoto;
  • Gestão integrada de energia de veículos eléctricos em casa;
  • Processamento de pagamentos;
  • Financiamento para a compra destes veículos.

Combinando estes serviços numa única plataforma, as empresas podem ajudar a melhorar a experiência do consumidor.

Os operadores que consigam ajudar a tornar mais fácil e acessível a vida de um proprietário de um veículo eléctrico serão ainda responsáveis pelo acelerar da adopção e melhoria da competitividade desta indústria.

Segundo um estudo realizado pela Accenture Strategy a 6.000 consumidores em todo o mundo, as principais razões impulsionadoras para a compra dos veículos eléctricos são ambientais, seguidas pelas oportunidades de poupança que estes veículos permitem.

Barreiras à mobilidade eléctrica


Apesar dos avanços na tecnologia das baterias e do surgimento de cada vez mais opções como o renting, os custos de aquisição destes veículos e o acesso a soluções de carregamento – como os sistemas domésticos de energia ou as estações públicas de carregamento – continuam a ser uma barreira para os consumidores.

Mais de 80% de inquiridos que pretendem ser proprietários de carros eléctricos no futuro e que planeiam carregar os seus veículos primeiramente a partir de casa., apenas 55% destes têm garagem própria.

“Há um tremendo potencial de valor no mercado da mobilidade eléctrica, mas as empresas precisam de agir já. Munidas de um profundo conhecimento do mercado energético e as suas regras e regulação, e com relações de confiança com o consumidor e com fornecedores, as empresas que invistam de forma inteligente e que proporcionem ofertas direccionadas irão prosperar neste mercado”, afirma Pedro Galhardas, Managing Director da Accenture Strategy em Portugal.

O relatório Utilities: Lead the Charge in eMobility da Accenture Strategy foi elaborado com base num inquérito a 6.000 consumidores, conduzido em Espanha, França, Reino Unido, Alemanha, Itália, Países Baixos, Noruega, Suécia e Estados Unidos.

Alfa Romeo Stelvio: Crónica de pura sedução (ensaio 2.2 DIESEL Q4 210CV AT8)

O que atrai de imediato é a atitude provocante. Os detalhes de sedução. A pose desafiadora que parece gritar: “conduz-me! Mas, primeiro, mostra que tens capacidade para fazê-lo”

Se as marcas automóveis tivessem género, a Alfa Romeo seria mulher.

Italiana e ao estilo Malena.

Atraente, elegante, sedutora num primeiro olhar, não totalmente perfeita consoante o conhecimento se aprofunda, com os seus mistérios e cambiantes de comportamento que nem sempre se entendem mas, apesar de tudo, apaixonante e desejável, mesmo quando não é nossa vontade admiti-lo.

Quando há Stelvio na designação, nome que sugere previamente um artigo masculino, a dimensão do objecto ganha alguma androgenia.

Objecto que é, neste caso, um carro. Um carro que quer ser SUV sem deixar de ser desportivo e que quer ser um desportivo e ter a atitude máscula de um SUV.

Explicada a falta de estereótipo, partamos então à procura da essência do género de cada uma destas características.

A Alfa Romeo sempre se distinguiu por fazer carros desportivos.

Por desportivos, entenda-se, com linhas apaixonantes e capazes de prenderem a atenção, com motores nervosos e impulsivos capazes de acentuarem um comportamento temperamental, com interiores e posição de condução que, não sendo de todo perfeitos, tivessem a capacidade de envolver quem conduz, estimular paixões primárias e desconcertar os sentidos.

E a Alfa actual, depois de alguns anos de aparente falta de rumo, parece tê-lo encontrado ao regressar às origens da sua essência. Tornando-se apenas mais sofisticada, diria.

O Stelvio e o Giulia são disto exemplos.

O segundo, assumidamente um desportivo que quer ser um carro de executivo (ou um carro executivo que quer ser um desportivo), enquanto o Stelvio vem acrescentar mais capacidade para ir além do alcatrão e principalmente, uma boa desculpa para se ter um desportivo que também oferece alguma versatilidade familiar.

Haverá um género definido em cada uma destas características? Não e ainda bem que assim é, já que o mistério e a indefinição, por natureza, são alimento da sedução.






Como bons italianos que são, geram paixão e discórdia. Deles se gosta e se desculpa, deles não se gosta e se repudia, Difíceis, enfim, de gerar consenso, porém, impossíveis de lhes ser indiferentes.

Emoções

Falando do carro em si.

O Stelvio, como se disse, não é um carro perfeito e, como SUV, tem um pouco mais de músculo e altura para se aventurar fora do alcatrão mas também a delicadeza e as limitações próprias de não ser um todo-o-terreno. Mas pode ir um pouco mais além e a altura dá-lhe pose, atitude e visibilidade.

Em todo o caso, aquilo que o define e atrai é verdadeiramente a condução.

Precisei de voltar duas vezes a este carro para compreendê-lo e satisfazer-me. Para deixar-me conduzir sem rodeios pela entrega do motor, envolver-me no comportamento e simplesmente desfrutar.

De facto, há algo nele que subliminarmente nos embala na condução mas que, ao mesmo tempo, nos instiga a desejar querer domesticar o desafio com raça que o Stelvio também consegue ser.

Não sei o que é, mas vicia e deixa saudades.


Das linhas exteriores à aparente qualidade de construção, do design interior à sua funcionalidade, da entrega do motor ao comportamento em geral, há uma certa consensualidade. 

Racionalidade


O que desde logo atrai é aquilo que hoje se procura: design bonito, provocante e sedutor, como bom italiano que se preza de o ser; conforto, mais traduzido na boa insonorização e nos bancos, do que no desempenho da suspensão; condução fácil, acessível, agradável; e, importante em Portugal, ser classe 1 nas portagens.

Há, claro, motores entusiasmantes. Contidos nos consumos, se não exagerarmos na força do pedal do acelerador, caixa automática de 8 velocidades, silenciosa e suave em modo inteiramente automático, além do comportamento, nem sempre previsível, mas tão ao gosto dos condutores que gostam de sentir o prazer de domar um volante.

Para esses, a versão vitaminada do Stelvio reserva-lhes um botão que permite variar o comportamento da suspensão, direcção, travagem, afinação da transmissão e do motor de 280 cv, tudo em função da inspiração ou da vontade de consumir mais ou menos gasolina. 

Por falar nisso, na versão 2.2 DIESEL Q4 210CV AT8 contemos com um consumo que, bem contido e sem muita cidade, pode até nem chegar aos 8 litros. Mas que, sem qualquer preocupação de poupança e a tirar partido do potencial da tração integral automática, pode ultrapassar os 14 litros.



Não é um carro com que nos entrosamos de imediato. Há um desafio à funcionalidade de alguns comandos, leva algum tempo a encontrar a melhor posição de condução. 

SUV de estilo, conduz-se como um desportivo com raça. Que não gosta de ser domesticado.


Há um fio condutor que nos leva a olhar, uma atitude que nos instiga a procurar mais, a desejar mais e a não ficar de todo desiludido

Desportivo e sem grandes peneiras fora do alcatrão é assim o Stelvio. Há ainda requinte e aposta em revestimentos de qualidade. Melhor o espaço dianteiros, os passageiros traseiros só penarão se os ocupantes da frente tiverem perna longa

525 litros de mala acessíveis sempre a partir de portão eléctrico. Área de carga bem plana quando os encostos dos bancos traseiros rebatem