ABC do renting automóvel: ter o carro que quero sem precisar de o comprar

renting automovel

Gosta da ideia de poder ter carro durante algum tempo e só pagar uma mensalidade fixa que inclui todas as despesas importantes da viatura?

Então o renting é a solução para quem não gosta de surpresas! 

O renting automóvel é o equivalente a alugar uma viatura durante um espaço de tempo (*).

Esse tempo pode ser medido em meses e inclui um número máximo de quilómetros, que pode percorrer sem se preocupar com as despesas mais caras que um carro tem, como a manutenção, o seguro ou os pneus, por exemplo.

Mas não só.

Durante um determinado tempo e mediante um valor que é igual todos os meses, o condutor pode usufruir de um carro e das condições incluídas no contrato.

E as condições podem não só incluir as despesas da manutenção normal da viatura e dos pneus, como o seguro, a assistência em viagem, uma viatura de substituição no caso de algum imprevisto, o valor do Imposto Único Automóvel (IUC) e da Inspeção Periódica Obrigatória (IPO), se ela for necessária.

E para reduzir o valor que é pago todos os meses, alguns contratos podem incluir entrada inicial.

Ou seja, por um valor previamente definido, o condutor só tem de se preocupar com as despesas do combustível, portagens, estacionamento, lavagens ou outras do mesmo género.

E estamos a falar de quanto por mês e de que carros?

Uma pesquisa rápida na internet e o leitor vai de certeza encontrar muitas campanhas de renting de várias marcas automóveis ou de gestoras de frota.

As campanhas de renting podem ser diferentes consoante os clientes. 

Há ofertas de renting para particulares, campanhas de renting para empresas e renting para empresários em nome individual.

Ou consoante o tipo de automóvel.


Há ofertas de renting para carros a gasolina ou a gasóleo, campanhas de renting para carros elétricos ou híbridos e até renting para carros usados.

Que outras vantagens o renting oferece?

Uma é poder contar também com um serviço de assistência telefónica, que serve para acompanhar as suas necessidades ao longo do contrato.

Marcar uma visita à oficina, dar apoio em caso de um acidente, ou pagar o IUC da viatura dentro do prazo, são alguns serviços prestados por esta linha de assistência.

Outra é não ter de se preocupar com a venda da viatura depois de a utilizar.

Será que a vou conseguir vender? Quanto vai valer? Vou ter de andar a mostrar a viatura e deixar outras pessoas conduzi-la para saber se querem comprar?

O condutor particular que faz um renting automóvel não tem estas preocupações.

Sobretudo nestes tempos em que parecem existir tantas incertezas.

O mais provável é que lhe perguntem se não quer trocar por um carro mais atual. 

Mas se entender que quer ficar com o carro durante mais algum tempo, o renting tem a flexibilidade de poder negociar a extensão do contrato, por exemplo.

A flexibilidade do renting e o apoio do serviço são duas vantagens que levam tantas empresas e empresários a preferirem esta solução quando precisam de uma viatura.

Mas então com o que é que o condutor deve preocupar-se?

Há uma regra muito importante que quem adquire um carro em renting deve seguir: o carro não é seu.

Exceto se no contrato isso estiver previsto e tenha ficado definido um valor. O que não costuma acontecer.

E o que é que significa "o carro não ser seu"?

Bem, apesar de não ser proprietário, o condutor deve utilizar a viatura como se ela fosse sua.

Tem o dever de cuidar do bem, para o renting ser a melhor solução para ter um carro sem preocupações.

Significa então que o condutor é responsável pela correta utilização, conservação e bom funcionamento do carro.

Que deve assegurar todas as necessidades do carro, não deixando que lhe falte o óleo, o líquido refrigerante, que deve ver a pressão dos pneus regularmente, etc..

Não sabe fazê-lo e a temperatura do motor do carro parece que está alta? É para isso que serve a linha de apoio que vai encaminhá-lo até a oficina mais próxima se isso for realmente necessário.

O condutor tem também de garantir as regras básicas de segurança e tomar as devidas precauções para evitar que a viatura seja roubada ou alvo de vandalismo.

Naturalmente, também conduzir de forma segura e responsável, cumprindo o código da estrada.

Porque a responsabilidade das coimas é sempre de quem conduz e, não havendo identificação, do proprietário do contrato de renting.

Já qualquer anomalia de funcionamento, que não seja devido à utilização incorreta do veículo, está coberta nas condições do contrato. 

Também não é possível fazer alterações estruturais no automóvel.

A menos que aceite adquiri-lo no final do prazo pelo valor proposto, ou que isso tenha ficado acordado no início do contrato, a viatura tem de ser devolvida, quando o contrato acabar, nas condições em que foi entregue.

Exceto, claro, qualquer desgaste normal derivado do uso. Mas isso está tudo esclarecido nos termos do contrato.

Por isso tenha atenção na forma como usa a viatura.

Não só a conduzi-la, como evitando pequenos acidentes que à vezes acontecem quando se fuma dentro do carro, com substâncias que podem entornar e danificar ou manchar os estofos, com cargas que podem arranhar partes do interior do carro, ao transportar animais de companhia... 

E porquê?

Porque, se no início não tiver contratado um seguro que cubra qualquer reparação deste tipo ou outra que seja devido a negligência ou mau uso do carro, a empresa que faz o contrato de renting tem o direito de exigir que o cliente pague a reparação.

Quer saber mais sobre o que é o renting ou que outras vantagens pode oferecer para quem procura mas não quer comprar um carro?

Deixe a pergunta que nós vamos querer responder às suas dúvidas.

(*) O renting automóvel é um serviço de locação ou aluguer de uma viatura. É uma solução que permite dispor para uso pessoal um automóvel durante o prazo estipulado em contrato, geralmente menos complexa do que uma solução financeira que implique a contratação de um crédito bancário. Não dispensa a leitura cuidada dos artigos do contrato   

HISTÓRIA: MG, Garagens Morris


Cecil Kimber, o criador dos automóveis MG, era um alto responsável das "Morris Garages", uma distribuidora dos carros da marca Morris em Oxford, Inglaterra. Começou por modificar os modelos da marca inglesa, aumentando-lhes a potência dos motores, rebaixando-lhes a suspensão e montando-lhes carroçarias de aspecto e eficácia mais desportiva. Cecil Kimber, na imagemao volante do primeiro MG desportivo em 1925, o “Old Number One”, era grande entusiasta de modelos desportivos e acreditava que existia um mercado em potência para este segmento

Citroën C4 Cactus Rip Curl. Ensaio, preços e motores.

- Série especial com "Grip Control"

- Associação a marca de Surf com mais equipamento

- Motores 1.2 a gasolina e 1.6 a gasóleo

- Preços a partir de 23 mil euros

O Cactus é um daqueles carros que bem se pode dizer que foi uma verdadeira “pedrada no charco”, uma criação original que só poderia vir de uma marca que, desde a sua génese, nos habituou à inovação.

Ou não fosse a mesma que concebeu, entre outras genialidades, o 2CV e o “Boca-de-Sapo”.

No caso do C4 Cactus, os vários “ovos de Colombo” da Citroën são os múltiplos pormenores e especificidades, da carroçaria ao habitáculo, perante os quais é impossível ficar indiferente. 
Embora a característica mais marcante, e aquela que definitivamente irá fazer escola e ficar para sempre associada ao Cactus, sejam os “airpumps”.


Cedo se percebeu que o Cactus era um daqueles carros dados a transformações e séries especiais.

 Esta tem sabor a mar mas não serve só os amantes do surfA associação à conhecida marca de surf resultou numa série especial capaz que potenciar ainda mais as capacidades do carro francês.

Assim acontece porque ela vem equipada com um sistema de gestão de tracção chamado “Grip Control” que, juntamente com pneus específicos, aumenta as competências do carro sobre pisos mais complicados, como lama ou areia, ou para circular, de forma mais segura, sobre estradas com gelo.

Em concreto, o que a tecnologia “Grip Control” faz é uma gestão da força do motor entre cada uma das rodas dianteiras, a partir da leitura do deslizamento de cada uma delas.

O condutor só tem que seleccionar o tipo de piso (gelo, neve ou lama) num comando rotativo situado no tablier.

Uma posição “normal” serve para as situações mais habituais de circulação.

Os mais radicais podem também desligar o ESP. Mas com o controlo de estabilidade desactivado, a necessidade de uma condução mais atenta acaba por ser contrária ao espirito descontraído desta versão.

O que é o sistema Grip Control? Como funciona?


Capaz de adaptar o Citroen C4 Cactus a diferentes tipos de piso, a tecnologia Grip Control, juntamente com pneus específicos "Mud & Snow", aumenta a capacidade de locomoção em terrenos difíceis.

O sistema assenta num controlo de tracção evoluído, incorporado no calculador do sistema ESP que gere o escorregamento das rodas dianteiras.

Possui 5 modos, operáveis através do comando rotativo colocado ao centro do painel de bordo:

- STANDARD: condições de estrada normais, com baixas taxas de derrapagem;

AREIA: permite a derrapagem simultânea das duas rodas motrizes da frente, para melhorar a progressão em pisos soltos e limitar os riscos de atascanço na areia. Até 120 km/h; a partir daí, em modo "Standard" (transição automática);

TODO TERRENO: para deslocações tranquilas sobre todos os pisos escorregadios... Actua como um Diferencial de Deslizamento Limitado, assegurando o arranque do veículo em condições especiais, transferindo o binário máximo possível para a roda de maior aderência. Até aos 80 km/h; a partir daí, em modo "Standard" (transição automática);

NEVE: Adapta a derrapagem de cada uma das rodas motrizes às condições de aderência encontradas. Até aos 50 km/h;, a partir daí em modo "Standard" (transição automática);

ESP OFF: permite desactivar o ESP (activo até aos 50 km/h).


Equipamento e análise do habitáculo

Porque desde o início o C4 Cactus já demonstra inclinação para a aventura, além de acrescentar o “Grip Control”, o que esta versão faz é recriar, em termos de estilo, o que já existe, acrescentando uma decoração específica e dando cor ou sigla às barras do tejadilho, aos cintos de segurança, aos tapetes e até à orla dos altifalantes na forra das portas.

O que acrescenta em relação à versão Shine:

- Adesivo «Rip Curl» específico nos pilares traseiros e no guarda-lamas dianteiro

- Elementos de protecção da carroçaria à frente e atrás em cinzento alumínio

- Barras de tejadilho e conchas dos retrovisores em branco

- Pneus GoodYear Mud & Snow específicos (205/50 R17 89V - Vector 4Seasons)

- Cintos de segurança específicos e frisos dos altifalantes na cor PULP ORANGE

- Tapetes adicionais "Rip Curl" com pesponto na cor PULP ORANGE

Para defender as zonas mais expostas a toques e riscos, todos os C4 Cactus contam com os famosos “airpumps”, as telas de protecção em plástico aborrachado aplicadas nas partes laterais da carroçaria.

Cores de carroçaria: Verde OLIVE BROWN, Preto OBSIDIAN, Vermelho ADEN, Cinzento ALUMÍNIO e Branco PERLE NACRE e Azul BALTIC. Airbump®, em PRETO de série, podendo ser em opção: DUNE, CHOCOLATE e GREY.

Talvez por causa das formas irreverentes e de pormenores como o porta-luvas, mas também devido à facilidade com que se conduz, o Citroen C4 Cactus é um carro de sucesso entre o público feminino.

Por isso, estranha-se a ausência de espelho (já agora, iluminado...) na pala do sol do lado do passageiro.


Em contrapartida, podemos contar com um original e volumoso porta luvas.

Só possível porque o Citroën C4 Cactus volta a inovar, ao ser o primeiro modelo com airbag do passageiro instalado no tejadilho.

O inovador compartimento do porta-luvas tem um tratamento do tipo malas de viagens, com cintas e picots.

Baseando-se na plataforma do mais DS3, o Citroën C4 Cactus ganha vantagem sobre o mais compacto dos DS em espaço traseiro e conforto.

Embora com portas traseiras para melhor acesso a estes lugares, a abertura dos vidros anteriores pode apenas ser feita em compasso.

A constituição rija dos bancos é outro dos pontos a favor do Cactus e, nesta versão Rip Curl, podemos encontrar cintos de segurança específicos, tapetes adicionais com a etiqueta "RIP CURL" com pespontos de cor laranja, iguais aos frisos que rodeiam os altifalantes das portas.

Interiores, integrados com os detalhes PULP ORANGE, os estofos dos bancos em Tecido Mica Grey de série, podem ser misto Cabedal/tecido preto em opção.



Como equipamento, conta de série com elementos do nível SHINE: ajuda ao estacionamento traseiro, ar condicionado automático, sistemas automáticos de detecção de chuva e de acendimento dos faróis e sistema de navegação no ecrã táctil de 7’’, regulador e limitador de velocidade e vidros escurecidos, entre outros.

Em opção pode contar com um tejadilho panorâmico com elevada protecção térmica, capaz de absorver os efeitos do calor.

Motores a gasolina e a gasóleo. Preços do Cactus "Rip Curl". Impressões de condução

Esta série especial está disponível com dois motores.

A gasolina, com o 1.2 PureTech com 110 cv e a gasóleo com o 1.6 BlueHDi de 100 cv. Os dois com sistema Start/Stop e caixa de velocidades manual.

Ensaiámos o Cactus com o motor a gasóleo, certamente aquele que, pelo preço e pela perspectiva de economia, deverá ser alvo de maior procura em Portugal.

Um motor que se destaca principalmente pelos consumos e com o qual foi facilmente possível estabelecer médias abaixo dos 5,0 litros.

Mas por não se tratar de um motor talhado para uma condução desportiva - nem o Cactus é! - e porque tem associada uma caixa de apenas 5 velocidades, qualquer intenção de imprimir um andamento mais dinâmico, provoca médias de consumo que, ainda assim, não deverão ultrapassar os 6 litros.

Em resumo, a sua condução transmite confiança porque tem reacções são bastante previsíveis, mas não é um carro que incentive a andar rápido, embora também o permita fazê-lo.

Neste aspecto, em relação aprimeiro ensaio feito ao Citroen C4 Cactus, de significativo só há a acrescentar a novidade chamada "Grip Control".


O que muda com o "Grip Control"?

Diferente, ousado e divertido de conduzir.

Estas são as características que melhor definem o Citroën C4 Cactus.

A forma da carroçaria, a altura e, agora, com esta versão, o sistema "Grip Control" dá-lhe um pouco mais de capacidade fora do alcatrão.

Experimentámos com os vários modos possíveis do ESP e facilmente se percebe que, em algumas das funções, o comportamento do Cactus melhora e permite uma condução mais rápida com melhor aderência ao solo.

Mas elas surgem sobretudo destinadas para permitir a progressão em terrenos mais difíceis e podem acabar por servir em situações em que o simples patinar de uma das rodas impedisse a andamento.

Levado a transpor vários desníveis com inclinação não muito acentuada, mas bastante irregulares, a possibilidade de transferir o binário do motor para a roda que mantinha a aderência, impediu que o C4 Cactus se imobilizasse por falta de tracção.

DADOS MAIS IMPORTANTES
Preços desde
25 628 euros (sem campanha)
Motores
1560 cc, 8 válvulas, 99 cv às 3750 rpm, 254 Nm às 1750 rpm, common rail, turbo, intercooler
Prestações
184 km/h, 10,6 seg.(0/100 km/h)
Consumos (médio/estrada/cidade)
3,6 / 3,3 / 4,2 litros
Emissões Poluentes (CO2)
95 gr/km

Qual foi o automóvel mais vendido em Abril de 1974?



A revolução do 25 de Abril faria do ano de 1974 um marco na História de Portugal. Além de revelar qual foi o carro mais comprado pelos portugueses em Abril e de fazer as contas para saber quantos escudos custava atestar o seu depósito de gasolina, este texto faz uma breve viagem pelo mercado automóvel desse ano, os modelos mais procurados pelos portugueses, o salário médio da altura e faz também um rápido retrato do que era a indústria automóvel portuguesa na década de 70 do século XX 

No mês de tão importante efeméride para a História de Portugal, o carro mais vendido em Portugal foi o Fiat 127. Os registos mostram também que, em Abril de 1974, a Fiat foi também a marca com maior número de matrículas.

Nesse ano, o mercado ultrapassou pela primeira vez as cem mil unidades vendidas (105.181 ligeiros, entre passageiros, viaturas mistas e de mercadorias, dados Pordata), caindo abaixo da fasquia dos cem mil registos no ano seguinte (1975) e de 1978 a 1980.


O Fiat 127 mais económico e com motor de 903 cc (uma evolução do motor utilizado no Fiat 850 e que seria utilizado até aos anos 90 pela SEAT, por exemplo) custaria cerca de 95 contos, ou 95 mil escudos; o equivalente a 475 euros na moeda atual, sendo que o salário mínimo mensal seria fixado, ainda em 1974, em 3.300 escudos. 

Alguns estudos indicam que o rendimento mensal per capita situava-se abaixo deste valor e que o salário anual médio rondaria os 65 mil escudos.

Em 1974, atestar o depósito do Fiat 127 custava 225 escudos, pouco mais de um euro, atendendo a que o preço médio da gasolina (com chumbo) era de 7,5 escudos e que o tanque comportava 30 litros.

O Portugal da altura “produzia” vários modelos automóveis. A "Lei da Montagem", que impunha a montagem em Portugal de carros destinados ao mercado doméstico, com a incorporação de componentes produzidos no nosso país, bem como restrições à importação de automóveis completamente construídos, contribuiu para que, ao longo das décadas de 60 e 70 do século passado, se desenvolvessem e consolidassem uma série de unidades industriais.

São disso exemplo a Mabor (pneus, fundada em 1938), a Covina (vidros, fundada em 1936), a Molaflex (assentos, fundada em 1951) e muitas outras produtoras de componentes diversos, como sistemas de iluminação, cablagens elétricas, manípulos, etc., que abasteciam as cerca de duas dezenas de fábricas de montagem automóvel que chegaram a existir.

Renault 4 Guarda portugal

A Renault foi provavelmente o construtor automóvel com mais unidades de produção em simultâneo: Guarda (primeira unidade industrial da marca, onde durante muitos anos foi produzido o ou a Renault 4), Setúbal e em Aveiro (Cacia, adquirida na década de 80).


A da Fiat situava-se em Vendas Novas (SOMAVE, actual Gestamp, ainda hoje dedicada à indústria automóvel), localidade onde também estava instalada a unidade da Batista Russo que montava, além dos camiões MAN, Steyr e Atkinson, os BMW 1600 e 2002. 

Foi aqui, em Vendas Novas, que, reza a lenda, terá nascido a primeira carrinha da marca alemã (uma "touring" nunca homologada), artesanalmente concebida, pelos trabalhadores da unidade portuguesa. Uma das razões seria o facto de, nos anos 70, a fiscalidade automóvel beneficiar modelos carrinha de duas portas.

Mini Ima Setúbal
Podem também citar-se marcas como a Austin (a célebre carrinha Mini IMA deve a designação a Indústria Metalúrgica de Alumínio), Datsun (Entreposto, que mais tarde seria responsável pela marca SADO), Citroën, Ford, Volkswagen e tantas outras, entre as quais a Toyota (Salvador Caetano), a marca “que veio para ficar”. E ficou!

Ficou de tal forma que, em 1974, a Toyota foi a segunda marca mais vendida em Portugal depois da Fiat, culpa do estrondoso sucesso do Toyota Corolla, que tinha como maiores rivais o Datsun 1200 e o Ford Escort.

Toyota Corolla Portugal 1974
E, ontem como hoje, marcas como a BMW e a Mercedes-Benz não estavam mal colocadas na tabela, até pela quantidade de carros de praça que tinham uma estrela estampada no capot.

Provavelmente está a interrogar-se sobre modelos tão icónicos e populares como o Austin Mini ou o VW Carocha; qualquer deles possuía um preço mais elevado do que o Fiat 127.

O ano de 1974 assinala também a chegada de um modelo que viria a revolucionar o mercado automóvel nos anos seguintes: o VW Golf. 

Mas isso é outra história.

Renault Clio V (MY2020): preço, motor, equipamento em Portugal


Entre Lisboa e Évora, descrevendo pelo caminho as curvas sinuosas da Serra da Arrábida, o construtor francês escolheu Portugal para apresentar o novo Clio.

É tão só o carro mais importante da marca francesa, com mais de 15 milhões de unidades produzidas.

Quase trinta anos depois do primeiro Clio, modelo líder incontestado das vendas automóveis no nosso país, eis um resumo daquilo que traz de novo a 5.ª geração.



MOTORES

Abriga mecânicas novas a gasolina, uma solução híbrida, mas mantém espaço para o imortal 1.5 dCi, revisto com a integração de sistema de redução catalítica selectiva (SCR) para o pós-tratamento dos óxidos de azoto (NOx), de forma a cumprir as novas metas ambientais.

Tem potências de 85 e 110 cv, emissões declaradas de CO2 de 95 g/km.

Apesar de ser um dos resistentes no segmento a oferecer uma mecânica a gasóleo, o interesse recai sobre o comportamento dos motores a gasolina sobrealimentados:
  • 1.0 TCe com 100 cv, só caixa manual de 5 velocidades, consumos e emissões em ciclo combinado WLTP a partir de 5,2 litros e 99 g/CO2, respectivamente
  • 1.3 TCe, com filtro de partículas, transmissão manual de seis velocidades ou EDC, com 130 cv e médias a partir de 5,7 litros e 118 g/CO2.
Em 2020 será o primeiro a receber uma versão híbrida designada E-TECH, onde dois motores eléctricos, alimentados por uma bateria de 1,2 kWh, se conjugam com um motor a gasolina 1.6.

Com uma potência total de cerca de 128 cv, deverá poder circular em modo totalmente eléctrico até 5 km e, em cidade, conseguir circular até 80% do tempo em modo totalmente eléctrico.

Para esta versão o construtor assegura ganhos de consumo até 40% em comparação com um motor térmico a gasolina.

ESTRUTURA

De arquitectura mais leve e ligeiramente mais habitável, o novo Clio assenta sobre uma actualizada plataforma modular CMF-B.

A carroçaria mais aerodinâmica, o que contribui para melhorar a insonorização, tem praticamente as mesmas dimensões da anterior: é 1,4 cm mais curta, 6,7 cm mais larga e 0,8 cm mais baixa.

Não há melhorias evidentes de espaço no habitáculo, mas conta com mais 60 litros de bagageira, 391 litros, roda suplente incluída, e acesso mais largo.

Nesta área talvez o pormenor mais significativo: o para-choques traseiro mais elevado serve para proteger melhor a estrutura da 5.ª porta, explica o construtor, desse modo reduzindo os custos de reparação que resultem de embates mais ligeiros.


SEGURANÇA

A nova arquitectura eléctrica e electrónica da plataforma foi fundamental para conseguir dotá-lo de novos sistemas de segurança e de ajudas à condução, cada vez mais requeridos ou obrigatórios nos novos veículos.

De série, em todas as versões, o Clio passa a contar com uma câmara e radar frontal que lhe vai permitir dispor de funcionalidades de condução autónoma de nível 2, nomeadamente assistência à condução para manutenção na faixa de rodagem e controlo adaptativo da velocidade de cruzeiro no caso dos modelos com transmissão automática.

Passa também a dispor de travagem activa de emergência, com detecção de ciclistas e peões e alerta para situações perigosas, alertas de ângulo morto, reconhecimento de painéis de sinalização com alerta de excesso de velocidade, comutação automática de luzes e a câmara 360º, que dá uma visão de cima do automóvel e dos obstáculos que o rodeiam.

Sem contar com diferentes sistemas de ajuda ao parqueamento, ou até autónomo, para estacionamento em paralelo, em espinha ou na perpendicular.


TECNOLOGIA

A mudança mais visível do interior reside no novo cockpit, totalmente orientado para o condutor e assente em instrumentação digital.

Dependendo do nível de equipamento, é proposto com ecrãs de dimensões variáveis, de 7 ou 10´´, configuráveis e, no caso do de 10’’, com projecção da navegação.

A exemplo dos carros mais recentes, no centro da consola podemos encontrar uma tela de maiores dimensões (9,3’’) ou sistemas mais simples de 7´´, com ou sem sistema de navegação, com maior ou menor conectividade, não esquecendo a presença do sistema Multi-Sense para personalizar os modos de condução e poder acompanhar os índices de eficiência em modo ECO.


ESTÉTICA

Porquê mudar muito uma imagem que continuou a ganhar e permaneceu, até ao fim de vida da 4.ª geração, entre os carros mais vendidos na Europa, Portugal incluído, onde há muitos anos é líder de mercado

Para alguns, a imagem exterior algo conservadora pode ser alvo de críticas, mas a evolução bastante notória do habitáculo, com mais qualidade, mais funcionalidade e mais tecnologia rapidamente nos faz acreditar estar em presença de um carro novo.

A mudança mais drástica é mesmo o renovado posto de condução, com um cockpit totalmente orientado para o condutor e assente em instrumentação digital que, dependendo do nível de equipamento, é proposto com ecrãs de dimensões variáveis mais ou menos configuráveis.


PREÇOS

Na fase de lançamento, os preços do Renault Clio em Portugal começam nos 17.790 euros para o modelo com motor a gasolina com 100 cv, nível de equipamento Intense.

Com o motor TCe 130 EDC, o Renault Clio RS Line tem um valor de 23 920.

O Renault Clio diesel está disponível a partir de 22.530 euros (Intense/85 cv) e 25.160 euros (RS Line/115 cv).

Esta é a lista completa de preços do Renault Clio em Portugal.

Andas à procura de um Renault Clio novo ou usado?



VEREDITO

Por isso, é preciso entrar e conduzir a nova geração do Renault Clio, a primeira exclusivamente só com carroçaria de 5 portas (os clientes da carrinha migraram para o Captur), para perceber o quanto este carro mudou para ficar actual e permanecer no pódio dos mais procurados pelos europeus.

Num segmento que se está a tornar no mais importante para qualquer construtor conseguir cumprir metas de emissões cada vez mais apertadas, a Renault fez o essencial para manter os clientes que estão em movimento de downsizing de viatura e conquistar novos para quem os SUV não são necessariamente a solução.

Para contentar todos, o construtor acena com a oferta diesel e com a promessa de um motor a gasolina mais barato, igualmente eficiente e com custos reduzidos: o 1.0 TCe, sem FAP, com corrente de distribuição, intervalos de manutenção de 30 mil kms.

Fica assim explicada a necessidade de oferecer mais espaço interior (apesar de não alterar muito as dimensões exteriores) e, sobretudo, de garantir mais equipamento e mais tecnologia digital.

Praticamente tudo o que está presente e é exigido em escalões superiores.

GALERIA DE IMAGENS




O Mercedes Classe A é de novo o modelo mais vendido em Portugal em Setembro


A venda de carros novos em Setembro recuperou ligeiramente face ao mesmo mês de 2018.

A principal razão deve-se ao facto das vendas de 20\8 terem sofrido uma queda brusca, por causa da entrada em vigor das regras do WLTP para os veículos ligeiros de passageiros.

As tabelas da ACAP mostram este comportamento relativamente ao mesmo período de 2018:



Setembro
Janeiro - Setembro

2019
2018
%Var
2019
2018
%Var
Ligeiros Passageiros
14 558
12 786
13,9%
174 024
182 695
-4,7%
Ligeiros Mercadorias
2 710
3 141
-13,7%
28 156
28 242
-0,3%
Total de Ligeiros
17 268
15 927
8,4%
202 180
210 937
-4,2%


E como em Agosto de 2019, a gama Mercedes-Benz Classe A foi a mais matriculada com 692 unidades.

A que não alheio o facto de esta ser uma gama vasta que engloba desde a carroçaria de 5 portas aos mais desportivos CLA Coupe e CLA Shooting Brake.

Seguiram-se o Renault Clio (555) e o Renault Captur (535), ambos com um único tipo de carroçaria e que, juntamente com o Classe A foram os únicos com valores acima das 500 unidades.

Para que se entenda melhor o comportamento das vendas de ligeiros de passageiros face ao mesmo mês do ano anterior, atente-se ao comportamento das cinco marcas melhor colocadas neste mês:


2019
2018
Variação
Renault
1909
1000
90,9
Peugeot
1462
1465
-0,2
Mercedes-Benz
1310
1245
5,2
Fiat
1004
583
72,2
Citroën
843
735
14,7

A Peugeot foi a única com um comportamento neutro, já que era a que se encontrava melhor preparada e com oferta há exactamente um ano.

TOP 15 das gamas de carros de passageiros mais matriculadas em Agosto de 2019:

  1. Mercedes-Benz Classe A: 692 unidades
  2. Renault Clio: 555 unidades
  3. Renault Captur: 535 unidades
  4. Ford Focus: 427 unidades
  5. Fiat Tipo: 423 unidades
  6. Renault Mégane: 410 unidades
  7. Peugeot 2008: 406 unidades
  8. Nissan Qashqai: 394 unidades
  9. Peugeot 308: 344 unidades
  10. Citroen C3: 312 unidades
  11. SEAT Leon: 274 unidades
  12. Peugeot 3008: 270 unidades
  13. Seat Arona: 243 unidades
  14. SEAT Ibiza: 224 unidades
  15. Fiat 500: 191 unidades
Porém, o Renault Clio continua a ser o modelo mais vendido em Portugal, entre Janeiro e Agosto de 2019.

Renault Captur e Mercedes-Benz Classe A disputam os lugares seguintes do pódio.

Não houve troca de posições nos 10 primeiros lugares da tabela, face aos números de vendas automóveis acumulados até Agosto de 2018.


TOP 15 das gamas de carros de passageiros mais matriculadas em 2019 até ao final do mês de Agosto:

  1. Renault Clio: 8644 unidades
  2. Renault Captur: 6116 unidades
  3. Mercedes-Benz Classe A: 6080 unidades
  4. Peugeot 208: 4861 unidades
  5. Citroen C3: 4780 unidades
  6. Renault Megane: 4540 unidades
  7. Peugeot 2008: 4335 unidades
  8. Fiat Tipo: 4196 unidades
  9. Fiat 500: 3672 unidades
  10. Peugeot 308: 3421 unidades
  11. Ford Focus: 3305 unidades
  12. Seat Ibiza: 3271 unidades
  13. Nissan Qashqai: 3247 unidades
  14. Nissan Micra: 3174 unidades
  15. Peugeot 3008: 2573 unidades