Por um planeta mais azul

Energia verde

Para que a terra não perca, ainda mais, o seu característico azul quando vista do espaço, os principais fabricantes mundiais de automóveis vão gradualmente apostando em novos modelos que dispensam os combustíveis fósseis. Marcha sobre rodas uma enorme revolução verde

Apesar do estrondoso fracasso que foi a Cimeira de Copenhaga, em parte porque se alimentaram elevadas expectativas quanto ao bom resultado das diferentes negociações, a verdade é que os principais líderes mundiais não se entenderam quanto à redução de emissões poluentes para a atmosfera.
Ao contrário disso, a indústria automóvel mundial aposta, cada vez mais, no desenvolvimento de "carros verdes". Uma consciência ecológica cada vez mais forte por parte dos consumidores, os receios da subida do preço dos combustíveis, ou até mesmo a escassez do petróleo fóssil, têm "obrigado" os grandes construtores a dirigirem milhões de euros para a investigação e desenvolvimento de soluções eléctricas, concebendo motores mais eficientes ou recorrendo a outros carburantes como o hidrogénio. Tudo em prol da diminuição das emissões de dióxido de carbono, considerado o principal responsável pelas alterações climáticas.

Conjuntura agravou-se

Contudo, a situação não é nova. Na segunda metade do século XX, diversas crises do petróleo já tinham levado à aceleração do desenvolvimento de motores e veículos mais eficazes no que toca aos consumos. Em resultado disso, a tradicional gasolina e gasóleo foram, em certos casos, substituídos por outros combustíveis naturais provenientes de plantas oleaginosas, da fermentação de cereais ou da destilação da cana-de-açúcar.
Agora, o caso é bastante mais grave. A qualidade de vida está em risco, os efeitos das emissões de dióxido de carbono são bem evidentes e, talvez como nunca, a maioria da população mundial ganhou a consciência de que o futuro também está nas suas mãos, passando a exigir, com maior veemência, a tomada de medidas urgentes da parte dos principais agentes poluidores.
Sendo assim, especialistas do sector prevêem que apenas daqui a quinze anos, em 2025, os carros eléctricos, híbridos ou a hidrogénio passem a ter uma quota relevante no mercado automóvel.

Vanguarda francesa

Como aqui se foi dando conta ao longo do ano que agora acaba, num futuro muito próximo deverão chegar ao mercado diversos veículos eléctricos.
A Aliança Renault-Nissan estabeleceu um acordo com o estado português, visando o desenvolvimento conjunto desta solução de mobilidade. Como "prémio", Portugal foi, a par da Inglaterra, um dos países escolhidos para a construção de uma das novas fábricas de baterias de iões de lítio para estes carros. Ficará localizada em Aveiro, nas instalações que a Renault já possui em Cacia.
Esta marca francesa irá apresentar quatro modelos eléctricos até ao final de 2012. O fabricante resolveu "saltar" a fase dos "híbridos", directamente para um carro "zero emissões". Paralelamente, tem vindo a optimizar o rendimento dos motores diesel e a gasolina, com vista à redução de emissões, na ordem dos 15 a 20%.
O primeiro modelo da Renault a chegar ao mercado, de momento já em fase final de testes, será o Kangoo eléctrico, seguido do Fluance que, tal como o Kangoo, parte de uma base já existente com motor de combustão. Seguir-se-á, mais tarde, o Twizy e o Zoe, estes dois desenhados e pensados exclusivamente para o mercado eléctrico.
A empresa está igualmente a trabalhar em carros alimentados a hidrogénio, se bem que a muito longo prazo, dispondo já de um protótipo: o Scénic ZEV H2.

Parceria forte

O grupo francês PSA, que congrega as marcas Peugeot e Citroën, estabeleceu uma parceria com a japonesa Mitsubishi, visando o desenvolvimento de diversas soluções eléctricas. O primeiro resultado desse acordo é o Peugeot Ion, baseado no Mitsubishi i-MiEV, que se prevê inicie a comercialização em finais do próximo ano.
Até lá, o construtor gaulês lançou um novo motor diesel que emite menos de 99 gramas de CO2 por quilómetro e também uma nova gama de propulsores de segunda geração com sistema "stop/start". Graças a este dispositivo que desliga o motor em semáforos, por exemplo, a marca anuncia uma redução de 15% nas emissões e, naturalmente, melhores consumos.
Em finais de 2010, princípios de 2011, está igualmente previsto o lançamento dos primeiros híbridos das duas marcas francesas. O primeiro será o Peugeot 3008 HYbrid4, seguindo-se o Citroën DS4 HYbrid4.

Smart eléctrico

Outro veículo bastante aguardado, até porque a popularidade granjeada lhe valeu, até ao momento, quase um milhão de unidades produzidas, é o Smart eléctrico.
Encarado, desde a sua concepção, como uma excelente solução de mobilidade para a densa malha urbana, o Smart Fortwo recebeu o primeiro projecto-piloto de uma versão eléctrica em 2007, menos de 10 anos após a sua chegada ao mercado. A Mercedes, construtor que detém a Smart, já revelou que planeia um primeiro lançamento comercial já em 2010, embora só deva massificar a sua produção em 2012. O início do fabrico em série do que deverá já ser a versão final do modelo, aconteceu no princípio deste mês. Mas estas primeiras 1000 unidades serão entregues apenas a projectos de mobilidade que participaram no seu desenvolvimento.

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GPS no telemóvel?

Navegação portátil

Pergunta um leitor, se os sistemas de navegação que os novos telemóveis possuem, substituem os aparelhos GPS para automóvel. Podem… mas não são a mesma coisa

Embora continuem a existir e a ser fabricados aparelhos simples, destinados às tarefas mais básicas de falar e enviar/receber mensagens, unidades mais recentes têm acrescentado novas funcionalidades: acesso mais fácil e rápido à internet (para consulta, email ou compras), sistemas de posicionamento e navegação mais precisos e intuitivos, partilha de dados entre utilizadores e acesso dedicado a redes sociais virtuais.

Um smartphone, como é chamada a última geração de telemóveis, oferece mais do que os mais recentes aparelhos de GPS, mesmo perante aqueles que já possuem ecrã táctil, leitura de vídeos ou imagens e actualizações simples para, por exemplo, indicarem a localização de radares, novos sentidos de trânsito ou arruamentos actuais. Na maioria das vezes, pelo mesmo preço, muitos destes aparelhos de GPS têm ainda o óbice, face aos telemóveis, de não serem tão portáteis, apesar da clara vantagem de disporem de ecrãs de maiores dimensões.

TMN vs Vodafone

Na prática, tanto os novos "smartphones" da TMN, como os da Vodafone, contêm programas de navegação licenciados, e mapas detalhados do território nacional. Num ou noutro caso, é possível optar pelo percurso a pé ou de carro, escolher entre os trajectos considerados mais rápidos ou distâncias mais curtas e, no caso da TMN, contabilizar o tempo de viagem (percorrida e a percorrer), acompanhar a velocidade ou saber, de antemão, a descrição do percurso e até mesmo visualizar uma simulação.

Na prática, sobretudo para uma utilização automóvel, o sistema da NDrive instalado no terminal da TMN, tem um funcionamento mais prático e uma programação mais intuitiva, indicando inclusive a aproximação aos radares fixos.
No da Vodafone, este software tem uma imagem menos pormenorizada, embora, para um uso mais pessoal e aproximado, aumente o nível de detalhe e se torne tridimensional como o da TMN. O seu objectivo principal parece mesmo ser o de facilitar a localização dos contactos pessoais, desde que esses, obviamente, aceitem partilhá-lo.

Comum é, ainda, a possibilidade de acrescentar pontos de interesse (restaurantes, museus, serviços úteis, etc), partilhando-os com uma comunidade, funcionalidade em que o sistema Vodafone é mais pródigo.

Com ecrãs não muito generosos mas de excelente definição, ambos dispõem de serviço de voz, tornando mais fácil o acompanhamento da rota durante a condução, altura em que, por razões óbvias de segurança, não deve ser feita qualquer programação.

Citroën C5 Tourer 2.0HDi 163 FAP CxAut Exclusive

Parada alta

Está quase a fazer um ano, o Citroën C5 vencia o troféu e era considerado "Carro do Ano 2009" em Portugal. Prestes a conhecer o seu sucessor, eis um pretexto para o revisitar

Em relação à última análise, a versão Tourer (carrinha) do modelo francês mantem-se como uma das melhores propostas da sua classe. Oferece conforto e espaço em larga escala, tem uma condução fantástica e, nesta versão em particular, a qualidade de construção e os acabamentos ombreiam com as melhores propostas do segmento… seguinte.

Suspensão é trunfo

Com esta nova geração, o construtor francês coloca a fasquia num patamar bastante elevado. É difícil não gostar do modelo quando se olha, e mesmo muitos detractores da marca facilmente se rendem ao prazer da sua condução.
O nome Citroën associa-se, geralmente, à afamada suspensão que, nesta terceira geração, se designa Hidractiva 3 (óbvio!) Plus, embora também possa ser equipado com uma mais "convencional", apelidada "Metálica".
Assumidamente orientado para proporcionar o máximo de conforto e de prazer na condução, o C5 Tourer ensaiado tem a possibilidade de flexibilizar o amortecimento, em função da condução ou do estado do piso. No modo "sport", a suspensão torna-se mais rígida, para melhores sensações e um comportamento mais apurado; sem este comando activado, o curso mais longo aumenta a capacidade de amortecimento, garantindo maior conforto.
Controlada por dois sensores em cada eixo, mantém-se a distância ao solo, independentemente da carga, o que é fundamental quando se trata de um carro com uma mala mais ampla.

Mão segura

A excelente posição de condução tem como característica principal um volante com uma zona central fixa (onde se alojam vários comandos), rodando o aro sob este. O travão "de mão" é automático, o que facilita o arranque em declive. Entre os bancos, um botão comanda o amortecimento da suspensão e a altura do carro em relação ao solo.
A mala não deslumbra – 505 litros –, mas a configuração permite bom aproveitamento e, tal como o restante habitáculo, é revestida com materiais de qualidade. Possui mesmo uma lanterna recarregável amovível, pode memorizar-se o ângulo de abertura do portão traseiro, o vidro tem abertura independente e o plano de carga pode descer. A transmissão automática de seis velocidades, cómoda sem dúvida, é mais gulosa do que a manual com número idêntico de relações. Mas o seu desempenho é não apenas suave, como bastante silencioso. O binário, bem aproveitado, despacha rapidamente grande parte da elevada potência deste motor que, nesta versão em particular, possui mais 25 cavalos.

PREÇO, desde 47700 euros MOTOR, 1997 cc, 163 cv às 3750 rpm, 340 Nm às 2000/3000 rpm, 16V, common rail, turbo com geometria variável, intercooler e filtro de partículas CONSUMOS, 9,0/5,7/6,9 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES POLUENTES 179 g/km de CO2

Jeep Wrangler 2.8L Sahara «Pick Up» Cx/Aut.

Compincha!


É inevitável. Olha-se para um carro destes e apetece logo levá-lo por
maus caminhos!...

Nas linhas que se seguem, irão encontrar, poucas vezes, expressões como conforto, economia ou facilidade de condução. Em contrapartida, irá falar-se em eficácia fora da estrada. E estilo. Muito estilo.
Estilo, porque perante um carro destes, a vontade que se tem, depois de o "montar" com umas "jeans" a preceito, é a de colocar um chapéu à "cowboy", acender o cigarro com um fósforo previamente raspado na bota de montar e "apertar" com ele.
Contudo, se a primeira ideia é pirosa e a segunda politicamente incorrecta nos dias que correm, a terceira é de interpretação múltipla: em estrada, "apertá-lo" pode revelar-se perigoso para a condução e para a carteira; fora dela, quanto mais complicado for o trilho a percorrer, mais agradável será essa inolvidável experiência.



Único!

Como o Jeep Wrangler, não creio que exista no mercado carro que reúna um conjunto tão próprio de características e aptidão para o todo-o-terreno, e seja capaz, ainda assim, de proporcionar algum conforto. O Land Rover é, talvez, o exemplo mais próximo, se bem que ainda menos refinado, confortável e, seguramente, menos divertido de conduzir.
No Wrangler, a versão mais acessível, de duas portas e apenas dois lugares, já era, para efeitos fiscais, homologada como "pick-up". Logo, alvo de menor carga fiscal. Graças ao nosso sistema tributário tão "sui generis", o importador nacional conseguiu classificação idêntica, como veículo de trabalho, para esta carroçaria de quatro portas, uma vez que a zona da mala dispõe de tejadilho amovível.
E ainda bem, porque é desse modo possível, por menos de 40 mil euros, ter um verdadeiro... jipe!

Apaixonante

Ao escrever sobre o "2 portas" (AQUI), divaguei sobre o facto das coisas apaixonantes da vida não terem que ser necessariamente perfeitas. É o caso do Wrangler. Em termos de conforto, qualidade dos materiais ou até mesmo do equipamento (os vidros eléctricos traseiros, por exemplo, só têm comandos à frente) está longe da "perfeição" irrepreensível de um SUV ou até mesmo de certas "pick-ups". Só que o Wrangler tem uma personalidade que atrai! De que forma é difícil explicar; é como um companheiro fiel, incapaz de nos abandonar ou nos deixar ficar mal, por mais degradado que seja o caminho para onde o conduzamos.
Para tanto, não basta ter um chassis alto e robusto, suspensão eficaz ou motor potente. Há que saber combinar todas as valências destes componentes e é nisso que o Jeep Wrangler é realmente extraordinário. Não se pode pedir mais conforto para os ocupantes sem sacrificar estas características, a insonorização deficiente deve-se ao uso de materiais de limpeza fácil e ao facto de a carroçaria ser tão modular: pode "destapar-se" integralmente, em três fases, transformando-se num descapotável radical; portas e pára-brisas podem adoptar mais do que
uma configuração; e a capota tanto pode ser em lona como em fibra.

Mais estável

O Wrangler de 4 portas, em virtude da maior distância entre eixos, é mais estável em estrada e em velocidade do que o modelo de apenas duas. A tal não é alheio a adição de uma barra estabilizadora dianteira, activa e desligável electronicamente. Ou o controlo de estabilidade, igualmente desactivável.
Embora, à partida, não pareça ter muita capacidade de aceleração, com a transmissão automática do modelo ensaiado a cortar parte do ímpeto inicial, é possível manter uma velocidade de cruzeiro relativamente elevada. Em auto-estrada, tanto este género de caixa como o "cruise control" revelam-se de uma comodidade extrema.
Na realidade, em todo-o-terreno, é o binário quem mais conta e esse é ainda maior com a caixa automática. Nos caminhos mais complicados, pelo conjunto de factores atrás descritos, muitas vezes nem é necessário engrenar a tracção total. Bons ângulos de ataque, de saída e ventrais também contribuem. Para casos extremos ou por precaução, a engrenagem do eixo dianteiro é feita através de um segundo manípulo, que serve igualmente para as redutoras.
Consumos... Bem. A média do ensaio rondou os 11 litros. Não se pode considerar um exagero num conjunto que pesa mais de duas toneladas e tem a movimentá-lo um motor de 2,8 litros e transmissão automática de apenas quatro velocidades.

PREÇO, desde 37 500 euros MOTOR, 2777 cc, 177 cv às 3800 rpm, 460 Nm das 2000 às 2600 rpm, 4 cil./16 V, injecção directa/turbo VGT CONSUMOS, 12,6/8,4/9,9 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES CO2, 263 g/km

Kia Cee´d SW 1.6 CRDi ISG


Prático e eficaz

Menos de dois anos depois de escrever sobre este carro (VER AQUI) volto a ele, pela simples razão de ter passado a beneficiar de uma série de melhoramentos que o deixam ainda mais apelativo

São carrinhas como esta que ajudam a fazer a reputação de um construtor: bonitas, bem construídas e eficazes na sua função principal. Atrás da designação não têm (ainda, mas cada vez isso é menos verdade) uma marca popular e sonante, como aquelas que ajudam certos consumidores a decidir-se por razões de imagem. Mas a verdade é que o símbolo da Kia se vê cada vez mais nas nossas estradas, e a culpa disso acontecer não está apenas no facto de disporem de uma boa relação preço/qualidade.


Boa aparência...

Além do bom "aspecto" exterior, a verdade é que a nova geração de modelos do construtor coreano consegue ombrear, quer seja em termos de design, funcionalidade ou qualidade de construção, com o que de melhor e mais bonito o segmento oferece.
Ora, na senda do sucesso que é a versão coupé do Ceed (VER AQUI ENSAIO VERSÃO 1.4 ISG), e como ficar parado muito tempo, sem novidades, nunca foi boa política, quem de direito decidiu renovar as versões carrinha e 5 portas deste familiar médio. Em termos de imagem, ficaram mais próximos do ar dinâmico e desportivo do Ceed Coupe, graças a uma nova frente. Já mecanicamente, receberam uma nova afinação do chassis, tornando o comportamento mais preciso; ligeiras melhorias no desempenho do motor, trouxeram maior economia nos consumos. Como? Com a excepção de uma versão, instalando-lhe o sistema "Stop & Go" da Bosch, para ajudar a poupar nas paragens. Esta é a razão da sigla ISG, numa versão que devido às baixas emissões poluentes recolhe benefícios fiscais e pode entrar no programa de abate de viaturas antigas.



… e bom comportamento

Ainda que se mantenham em comercialização motorizações 1.4, a gasolina, e 2.0, a gasóleo (esta sem ISG), as versões mais interessantes, pelo menos para o nosso país, assentam sobre este bloco diesel 1.6 CRDi de 90 ou 115 cv.
À "boleia" de tudo isto reposicionaram-se preços e níveis de equipamento. De resto - e não é pouco -, continua a ser um carro espaçoso e bastante familiar. Espaçoso porque alberga confortavelmente os ocupantes, à frente e atrás, mas também porque a sua bagageira, com quase 550 litros, é uma das maiores da classe. Isto sem o carro perder a forma compacta que o torna tão prático de dirigir em cidade ou de efectuar manobras de estacionamento. É um pouco largo, é certo, mas isso é a razão da habitabilidade, além de ajudar a proporcionar muitos pequenos espaços no interior.
De um tablier que visa não desagradar os que prezam uma imagem mais tradicional, mas também não desiludir jovens que gostam de alguma ousadia, destacaria a mais-valia funcional. Comporta ligações USB e jack para ligação de fonte externa de som. Trata-se, afinal, de um modelo desenvolvido e construído na Europa, para agradar a consumidores europeus.
Apenas poderá agradar menos o revestimento dos bancos de algumas versões.
Quanto à garantia, mantêm-se nos sete anos ou 150 000 km para os principais órgãos mecânicos.
Em algumas ocasiões, uma condução precisa consegue até proporcionar algum entusiasmo.O bom comportamento deve-o principalmente à afinação correcta da suspensão, agora menos branda em curva mas sem perder conforto. Do motor 1.6 mais potente pode dizer-se que ficou mais económico. Mas na
prática não muito. Mesmo se auxiliado por uma belíssima caixa de seis velocidades, que lhe confere bastante elasticidade do seu desempenho.
Um pouco ruidoso a frio e a baixa rotação, o resto é o que se sabe: nos semáforos... motor "stop"; pedal da embraiagem a fundo e... motor "go"!

PREÇO, desde 25 400 euros MOTOR, 1582 cc, 115 cv às 4000 rpm, 16 V., 255 Nm entre as 1950 e as 2750 rpm, Injecção Directa common rail com turbo de geometria variável (VGT) CONSUMOS, 5,1/4,3/4,6 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES CO2, 122 g/km

Peugeot 207 1.4i/95 cv

Uma nova expressão

Renovando o 207, a Peugeot não apenas torna mais competitiva a oferta,
como o afasta ainda mais do seu antecessor, o 206, que, recorde-se
voltou ao mercado com uma versão "+"

O 207 chegou em 2006 com uma tremenda responsabilidade: prosseguir a
carreira de sucesso do seu antecessor, o 206, um carro tão popular que
hoje ainda é, com mais de cinco milhões de unidades, o modelo mais
vendido de sempre pela Peugeot. Tão popular que continua a ser
produzido na América do Sul, regressando a alguns mercados da Europa
com a designação "+". Sobre ele escrevi há algumas edições atrás,
equipado com o motor a gasolina de 1124 cc, bloco que o 207 não chegou
a conhecer, começando a gama com uma versão menos potente do que este
1.4, que é, agora, objecto do ensaio.

Reforçar liderança

Três anos depois conhece uma primeira renovação que pretende vincar
ainda mais a sua identidade e manter a liderança europeia no segmento
das viaturas compactas. Estruturalmente pouco difere do anterior,
mantendo por isso as características de comodidade e facilidade de
condução, que fazem dele um carro tão apreciado.
Entre essas alterações, há que contar, em termos meramente estéticos,
com uma frente mais dinâmica e farolins traseiros de leds, um
inevitável toque de modernidade. Interiormente, para além de uma
melhoria visível dos materiais plásticos e de acabamentos mais
cuidados, encontramos pequenas evoluções de cores e estilo, mas
sobretudo de comodidade e funcionalidade. O Peugeot 207 passa a contar
de série com o equipamento "WIP Sound", constituído por um auto-rádio
com CD/MP3, entradas auxiliares e ligação Bluetooth, não apenas para
qualquer telemóvel como qualquer outro aparelho que disponha desta
tecnologia. Na lista de extras encontram-se ainda dois tipos de
sistemas de navegação.

Estabilidade de série

Mais importante do que tudo isto, é o facto de todas as versões
passarem a dispor, igualmente de série, do controlo de estabilidade, o
que, como é bom de ver, torna mais segura a sua condução. E se o 207
sempre foi um modelo bastante agradável de dirigir, destacando-se pelo
comportamento e pelo conforto, as alterações que tornaram mais
rotativo o desempenho em estrada deste 1.4i, fizeram melhorar bastante
a sua atitude. Ainda que não se possa considerar um desportivo, a
direcção precisa, uma suspensão segura e uma caixa de velocidades
colaborante, transmitem a necessária confiança a quem o conduz.
É de realçar o facto da reformulação de toda a gama 207 ter
possibilitado um reposicionamento de preços, resultando daí que, em
função das versões, os valores variam entre menos 1.000€ e menos 110€.
Sem alterações na habitabilidade — bom em largura, mas com uma secção
traseira que merecia melhor aproveitamento —, o 207 continua a reunir
os condimentos necessários para agradar tanto aos que valorizam a
condução, como aos que buscam simplesmente o conforto sem demasiadas
exigências de espaço. Bem insonorizado e económico em estrada, o 207
conhecerá em breve uma versão diesel "amiga do ambiente", com emissões
poluentes de apenas 99 g por km e consumos médios de 3,8 l por cada
100 km percorridos.

PREÇO, desde 14020 euros
MOTOR, 1397 cc, 95 cv às 6000 rpm , 136 Nm às 4000 rpm, 16 V, gasolina
CONSUMOS, 7,9/4,8/5,9 l (cidade/estrada/misto)
EMISSÕES CO2, 140 g/km

Suzuki Grand Vitara e SX4 1.9 DDIS

Um SUV e um quase (quase…) TT

A Suzuki renovou alguns dos modelos mais emblemáticos da sua gama. O
popular Grand Vitara beneficiou de retoques estéticos, o versátil
"crossover" SX4 passa finalmente a ter tracção integral e motor 1.9
DDiS

No seguimento do ensaiado Jimny (ver ensaio seguinte), cabe agora analisar os outros dois modelos da construtora japonesa que também beneficiaram de reformulações estéticas e mecânicas.
Em termos mecânicos, o Suzuki Grand Vitara não modificou muito (ver AQUI resultado do ensaio anterior), embora a marca garanta ter um sistema de tracção redesenhado. As maiores alterações parecem ter sido estéticas, com uma secção dianteira mais moderna e distinta, bem como um interior mais apelativo. Pára-choques mais proeminentes e a integração dos piscas nos retrovisores, são as alterações mais evidentes.
Quanto ao interior, poucas novidades há, salvo um ou outro detalhe decorativo ou de funcionalidade. Novos materiais de isolamento acústico não impedem, ainda assim, de se continuar a ouvir o motor no habitáculo, enquanto que, no que concerne aos acessos e ao espaço
disponibilizado, continua a viajar-se com bastante desafogo.

Grand Vitara

A posição de condução favorece o acesso aos variados comandos, de
manuseio nada complicado. A excepção é mesmo o sistema de som e de
navegação, com ecrã táctil, desaconselhando qualquer uso durante a
condução, devido à sua menor precisão e intuição. Com a visibilidade
favorecida, Grand Vitara pode dispor de câmara traseira para auxiliar
manobras de estacionamento.
Os encostos do banco traseiro possuem vários graus de inclinação. A
mala tem uma capacidade mediana, quase 400 litros, ainda assim
razoável para as dimensões exteriores. Bom acesso através de um portão
traseiro, que abre em compasso, devido à colocação exterior do pneu
suplente.

SX4

Mecanicamente eficazes fora de estrada, é difícil encontrar um
construtor que ofereça uma gama tão abrangente de modelos com estas
características. Desde os "jipes" de pouco tamanho e baixo peso como o
Jimny, com excepcionais capacidades de manobra e de transposição de
obstáculos, até ao Grand Vitara, mais confortável e familiar.
Pelo meio, alguns citadinos como o SX4 (ver AQUI resultado do ensaios ao 1.6 DDiS e AQUI ao 1.5 GLX a gasolina), um carro construído a meias com os italianos da Fiat. É um utilitário bastante divertido de conduzir, eficaz e versátil na sua função, com um estilo sedutor que sugere dinamismo, evasão e aventura.
Presente há uns anos no nosso mercado, recebe, finalmente, uma versão
com tracção integral. Não se trata de um todo-o-terreno. Com um pouco
mais de altura em relação ao solo e protecções na carroçaria, o Suzuki
SX4 tem apenas capacidade para trilhos sem grandes obstáculos para
ultrapassar, mais complicados é certo, mas que não interfiram com
ângulos de ataque e de saída relativamente fracos.
Tanto se adapta facilmente a uma condução citadina – e desse ponto de
vista oferece uma condução muito prática – como permite sair do
alcatrão para caminhos de terra sem grandes desníveis, embora consiga
desembaraçar-se com relativo à vontade quando o piso perde alguma
aderência. Mas, provavelmente, terá um uso maior em estradas com gelo
e neve.

Motor 1.9

Recorrem os dois a motores diesel de 1,9 l. Diferentes, no entanto.
Enquanto o do Grand Vitara tem origens francesas, o do SX4 provém do
acordo de produção com os italianos da Fiat. Ambos asseguram binário
suficiente para as funções a que se destinam, no primeiro caso
garantindo que o condutor não ficará mal se resolver levar o Grand
Vitara por maus caminhos.
No Grand Vitara seria bem vinda uma sexta velocidade, presente no SX4,
para ajudar a conter-lhe os consumos. A capacidade de tracção é
realmente uma das suas mais valias, continuando a privilegiar mais as
capacidades de um todo-o-terreno do que as necessidades citadinas de
um SUV.
Nos dois, a gestão das necessidades de tracção é feita através de
comandos eléctricos. No SX4, um simples botão colocado entre os
bancos, assegura a distribuição automática por ambos os eixos ou
bloqueia equitativamente a força do motor pelos mesmos. No Grand
Vitara, um comando rotativo na consola central permite o bloqueio do
diferencial central ou utilizar «redutoras» para as situações mais
complicadas.

Suzuki Grand Vitara
PREÇO, desde 38700 euros MOTOR, 1870 cc, 129 cv às 3750 r.p.m., 300 Nm
às 2000 rpm, 8 válvulas, Injecção directa common rail CONSUMOS,
8,4/6,2/7,0 l (extra-urbano/combinado/urbano) EMISSÕES POLUENTES 185
g/km de CO2

Suzuki SX4
PREÇO, desde 28500 euros MOTOR, 1910 cc, 120 cv às 3500 r.p.m., 280 Nm
às 2000 rpm, 8 válvulas, injecção common rail CONSUMOS, 7,9/5,6/6,4 l
(extra-urbano/combinado/urbano) EMISSÕES POLUENTES 170 g/km de CO2

Suzuki Jimny 1.3 VVT 16V

Hiperactivo!

Este carro não é para ser levado a sério. Não me entendam mal: isso
não significa que seja um mau produto! Estou apenas a vê-lo como um
brinquedo para gente crescida…

Há várias razões económicas para encarar o Suzuki Jimny com bons
olhos: pelo seu preço, a partir de 18 mil euros, não há, no mercado,
viatura com semelhantes aptidões fora de estrada; é de uma ligeireza e
agilidade surpreendentes, seja em cima de alcatrão ou fora dele; e é
pouco provável sermos multados em auto-estrada.
O conceito e a história deste pequeno (grande…) todo-o-terreno (e
poucas vezes me sinto tão à vontade para empregar esta expressão),
remonta ao início dos anos 60, quando o fabricante japonês apresentou
o seu primeiro jeep, o LJ, equipado com um motor de 360 cc! Daí para a
frente conheceria variadas evoluções e designações, até chegar ao
Jimny actual.
Este é uma versão especial designada "Mode 2", levemente renovada e
melhorada em termos de equipamento. Distingue-se exteriormente por
subtis alterações no pára-choques dianteiro, novas jantes especiais e
pouco mais. Visualmente, o interior surge mais moderno, melhorando a
sua eficácia e ergonomia, sendo contudo mais significativa a dotação
de equipamento.

Pequeno
Há vários motivos para tratar o Suzuki Jimny como um pequeno jipe, a
começar pelo simples facto de ser… pequeno. Pouco mais de três metros
e meio não lhe permitem grande habitabilidade e é por isso que os dois
passageiros do banco traseiro (rebatíveis a 50/50) vão estar muito
condicionados pelas necessidades de espaço dos que ocuparem os
assentos da frente. Já para não falar do que resta para a mala, uns
escassos 120 litros de capacidade. Além disso, os bancos não dispõem
de memória, depois de permitido o acesso à parte de trás.
À frente não há muito espaço em largura, levando a um roçar frequente
de braços no forro das portas. Quando nos sentamos, os bancos também
parecem não oferecer grande apoio ao corpo e, uma vez que só existe um
manípulo para as mudanças, desejar-se-ia um melhor aproveitamento do
tablier e da consola central, no que toca à oferta de pequenos
espaços.

Leve

Damos-lhe vida e ele vibra! Inicialmente isso acontece no sentido mais
literal do termo. Deve-o à sua própria arquitectura: um chassis de
vigas onde se acoplam suspensões que amortecem dois eixos rígidos. Uma
caixa de cinco velocidades com relações curtas, ajudada pelo pouco
peso do conjunto (pouco mais de 1000 Kg), permitem-lhe uma fantástica
genica inicial, que, no entanto, acaba por se ir esgotando consoante a
velocidade aumenta. Por outro lado, a pouca estabilidade e o acentuar
da acção de ventos contrários ou laterais, levam, não raras vezes, a
que moderemos o entusiasmo em auto-estrada, bem como ao redobrar das
precauções na abordagem de trajectos sinuosos. Há que ter
permanentemente atenção às suas reacções, porque estas tendem para uma
certa rigidez.

TT eficaz
É fora do alcatrão que melhor se evidenciam todas as suas capacidades.
E não me refiro apenas a estradões de gravilha, pouco irregulares ou
algo enlameados. Não! Para "soltar" toda a sua raça, o Jimny precisa
de um ambiente "hostil" que lhe permita portar-se quase como… uma
cabra montesa. Torna-se espantoso o que este pequeno motor a gasolina
com 85 cv lhe permite, mais ainda quando o modelo ensaiado nem sequer
dispõe dos pneus mais indicados. A suspensão, que não o favorece na
estrada, tem em caminhos bastante acidentados, um comportamento
fantástico. E, se houver quem o considere frágil, que lhe aprecie a
resistência na transposição sucessiva de irregularidades, ou na
abordagem de declives acentuados.
Em condições normais, o pequeno jipe da Suzuki dispõe de tracção
dianteira. Em velocidades até 100 km/h é possível engrenar a traseira,
através de um pequeno botão colocado no tablier. Para transferir para
as redutoras há que tê-lo imobilizado.
É nas alturas mais difíceis que nos apercebemos que os bancos até
suportam razoavelmente bem as trepidações. A altura ao solo elevada e
uma colocação, também alta, do motor, permitem ainda ao Suzuki Jimny a
transposição de respeitáveis cursos de água.
PREÇO, desde 18000 euros MOTOR, 1328 cc, 85 cv às 6000 rpm, 110 Nm às
4100 rpm CONSUMOS, 9,3/6,2/7,3 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES
POLUENTES 174 g/km de CO2

Parceria Toyota e Galp Energia

A empresa portuguesa e a construtora japonesa de automóveis
estabeleceram uma parceria tecnológica que visa optimizar o uso da
electricidade no automóvel. Portugal marca posição no desenvolvimento
deste projecto, integrando um grupo restrito de países europeus a
testar a proposta da Toyota de utilização da electricidade na
mobilidade. A Galp Energia, pioneira no desenvolvimento do primeiro
posto de carregamento rápido de veículos eléctricos em Portugal, foi a
escolha lógica como parceira do projecto. Além de utilizar as duas
fontes de energia na locomoção, característica dos puros híbridos, o
novo automóvel pode optimizar o carregamento das baterias através da
rede eléctrica, aliando as vantagens da locomoção 100% eléctrica e
zero emissões, com a flexibilidade e autonomia das viaturas híbridas.



Mitsubishi eléctrico

O i-MiEV, projecto pioneiro da Mitsubishi, conquistou o título de
"Veículo Eléctrico do ano de 2009" na Inglaterra. Elogiado pela
habitabilidade dos seus 4 lugares, pela autonomia e pelo tempo de
recarga da bateria, marca também pontos pela facilidade de utilização
e design funcional do habitáculo. Lançado no início do Verão no Japão,
os primeiros 25 i-MiEV de volante à direita chegam agora à
Grã-Bretanha. Estas unidades destinam-se a serem utilizadas como
demonstradores no Programa Estratégico em Tecnologia de Baixas
Emissões de CO2, já que o seu lançamento comercial na Europa está
apenas previsto para finais de 2010.


MICHELIN Latitude Cross

Sabe-se que a maioria dos proprietários de um 4x4 utilizam o seu veículo principalmente em estrada. Significa isto que renunciaram à utilização fora do asfalto? O construtor francês de pneus acredita que não e, a pensar nos condutores europeus de SUV, desenvolveu um novo tipo de pneumático capaz de conseguir tirar o melhor proveito deste tipo de veículos.
Indicado tanto para as estradas geladas e com neve do norte da Europa, como para as soalheiras do sul do Continente, o “Latitude Cross” adapta-se quer às situações mais exigentes fora de estrada como às necessidades de uma condução diária em estrada. Com a tracção comparável à de um pneu todo o terreno e capacidade de aderência em lama, é, simultaneamente, silencioso e confortável como um estradista, além de garantir uma excelente duração.

Kia Sorento 2.2 CRDi 4x2

Estilo, potência, sete lugares…

Parece um "jipe" mas não é. Embora se possa comportar como tal, se
estivermos dispostos a desembolsar mais cerca de 20 mil euros. Assim,
só com tracção dianteira, fica pelo preço de uma carrinha.

São as virtudes do nosso sistema fiscal. Por um valor que não chega
aos 35 mil euros, a Kia propõe, em Portugal, um carro com estilo,
espaço, bastante motor e muita qualidade. Como? Ao homologá-lo como
monovolume, consegue uma significativa redução fiscal. O que não seria
possível caso dispusesse de tracção integral e fosse considerado um
"todo-o-terreno".

Atraente

Com linhas modernas, sedutoras e uma qualidade aparente que satisfaz,
o novo Sorento tem tudo para agradar. Esta nova geração consegue, não
apenas o feito de ser ainda mais barata do que a anterior, como de
oferecer uma melhor habitabilidade.
Parte, deve-o também ao motor de menor cilindrada, ainda mais potente
e terrivelmente mais eficaz. O espaço, porque este novo Sorento é mais
comprido e mais largo (ainda que mais baixo), dá-lhe desafogo e dois
lugares extra, escamoteáveis ao nível do piso. A mala é igualmente
maior, ultrapassando os 500 litros com 5 lugares.

O acesso aos dois lugares da terceira fila é feito pelo lado direito,
através do rebatimento total da parte menor do banco da fila central.
Não é muito prático mas, nesse aspecto, não difere muito da
concorrência. O conforto nestes lugares extras é limitado, sendo mais
indicados para crianças; um adulto com estatura média roçará o
tejadilho.

Oscilante

Não é difícil deixarmo-nos encantar com o habitáculo. Espaçoso,
luminoso e até certo ponto elegante, apenas não gostei do apoio dos
bancos, sobretudo em piso mais irregular e viagens mais longas.
Aliás, a suspensão pareceu-me mesmo demasiado macia para a sua
estrutura. Ao contrário do anterior, chassis e carroçaria formam um
bloco único, o que torna o conjunto mais leve. Mas não apenas
pressenti demasiada sensibilidade às flutuações do piso, como o
adornar em curva ou perante um movimento mais brusco do volante, não
me inspirou suficiente tranquilidade. Isto apesar de dispor de
controlo de estabilidade (desactivável).

O que é pena. A posição de condução está muito bem concebida, não
apenas do ponto de vista funcional como no que respeita à
visibilidade. Envolvente, coloca os comandos numa disposição racional
e, ao dispor do condutor e acompanhante, há pequenos espaços em número
suficiente. Em breve poderá ainda levar extras, como sistema de
navegação integrado, câmara traseira, sistema de abertura sem chave e
tejadilho panorâmico. O vidro do portão traseiro tem abertura separada
da porta.

Despachado

Com 193 cv, o Sorento é um carro potente. E rápido. Tem uma belíssima
caixa de seis velocidades, bem escalonada e precisa se aplicarmos a
embraiagem a fundo. Tudo isto faz dele um excelente estradista, com
boa insonorização e consumos bastante moderados. Surpreendentemente,
ganhou capacidade de manobra. Embora com mais volume, é mais ágil e
desembaraça-se com facilidade em cidade. Do controlo de arranque em
subida vem ajuda preciosa para quem não estiver à vontade no chamado
"ponto de embraiagem": atrasa um a dois segundos o "destravar" antes
de arrancarmos num semáforo, por exemplo. O motor responde bem a baixa
rotação, o que também é uma mais valia fora de estrada. Sim. Porque
não sendo um "todo-o-terreno", a altura e a força de um impressionante
binário, dão-lhe alguma capacidade para circular por trilhos onde um
ligeiro não chegaria. Para declives mais acentuados, conta ainda com
controlo electrónico de descida.

PREÇO, desde 34 340 euros MOTOR, 2199 cc, 197 cv às 3800 rpm, 430 Nm
das 1800 às 2500 rpm, turbodiesel, common-rail, 16 V e intercooler
CONSUMOS, 8,5/5,3/6,5 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES POLUENTES, 171
g/km de CO2

Estudo independente elabora lista de carros “amigos do ambiente”

Poupados e menos poluentes


O crescimento da consciência ambiental e novas exigências das
autoridades nesta matéria obriga os fabricantes a dedicar particular
atenção às emissões de poluentes e aos consumos. Na altura de decidir,
há cada vez mais consumidores a levar em linha de conta estes valores


Os mais cépticos dirão que é tudo uma questão de dinheiro: moderação
nos consumos implica gastar menos dinheiro na altura de reabastecer,
emissões poluentes baixas concede benefícios fiscais e, nalguns
países, também seguros mais favoráveis.
Na realidade, desde há muitos anos que os grandes construtores se
preocupam com o rendimento dos motores e dedicam atenção ao
desenvolvimento de tecnologias alternativas às fontes tradicionais de
energia, gasolina e gasóleo no caso dos automóveis. Em modelos que
continuam a utilizar mecânica baseada nestes dois combustíveis, o uso
de materiais mais leves, a diminuição da resistência ao vento e do
atrito durante o rolamento (peças mecânicas móveis e pneus, por
exemplo), permite desde logo ganhos importantes neste sentido.
Questão de dinheiro, ou não, a verdade é que cada vez mais há quem
olhe para estes dois aspectos. Apoiado em tabelas disponibilizadas no
site http://www.topten.pt/, damos uma ajuda para encontrar os modelos mais
"ecológicos", segmento a segmento.


Pequenos e poupados


No segmento dos citadinos ou mini carros, o modelo considerado mais
amigo do ambiente é o revolucionário Toyota iQ com emissões abaixo das
99 g/Km. Isto quando se trata de motores a gasolina, porque se
olharmos para o gasóleo, o Smart Fortwo (Coupé ou Cabrio) leva a palma
com 88 g/km. Tem porém só dois lugares face aos 4 do iQ. Toyota Aygo,
Peugeot 107 e Citroën C1, que utilizam exactamente o mesmo motor do
iQ, apresentam valores mais elevados, o que se deve a estruturas
maiores e mais pesadas.



Subindo de escalão, encontramos um surpreendente Ford
Fiesta 1.6 TDCi Econetic como o modelo com melhor avaliação ambiental.
Alguma desactualização do estudo (de certa forma natural devido ao
ritmo de lançamento de novos modelos), origina a que não refira, por
exemplo, o renovado Peugeot 207 com valores de emissões idênticos (e o
mesmo motor) ou até mesmo, para o meio da tabela, o Renault Clio 1.5
dCi ECO2. Estranhamente neste estudo — aparentemente sem razão para
isso como se constata no exemplo anterior – não aparecem muitos
automóveis franceses. Nem italianos. E, já agora, nem coreanos.


Híbridos dominam


Os familiares compactos são aqueles que representam maiores volumes de
vendas e mais contribuem para a consolidação do nome de uma marca
generalista. Neste segmento, sem grande surpresa, o lugar mais elevado
do pódio cabe inteiramente a um modelo híbrido, o Honda Insight. Com a
conjugação dos seus dois motores (1.3 a gasolina e outro eléctrico),
reclama emissões de 101 g de dióxido de carbono.
Curiosamente, na segunda posição coloca-se o Volvo C30 1.6D DRIVe (com
sistema Start/Stop) que anuncia uns não muito distantes 104 g/Km.



Sem surpresa alguma, o Toyota Prius lidera os veículos de classe
média, seguido de perto pelo Honda Civic 1.3i-DSI Hybrid. Tratam-se de
mais dois carros híbridos e, embora o Toyota disponha de um motor de
maior cilindrada do que o Civic (cuja mecânica é semelhante ao Honda
Insight mas dispõe de maior potência eléctrica), consegue consumos
mais baixos e emissões de apenas 104 g face às 109 do seu rival.


Volumetria pesa

Acima destes encontramos automóveis muito familiares mas também
bastante utilizados por frotas de grandes empresas para motorizações
dos seus quadros.



Com mais volume e peso, recorrem por isso a motores de maior
capacidade, ainda assim não sendo inteiramente linear tal implicar
consumos mais elevados.
Estranhando, mais uma vez, que neste "Top Ten" não constem alguns
carros franceses, a lista elaborada por este organismo considera, algo
surpreendentemente, o BMW 520d DPF não apenas como o mais económico,
como o menos poluente: 136 g/Km de CO2. Até mesmo a versão carrinha
deste "diesel" leva a palma a modelos com motores de menor cilindrada.



O último escalão analisado por este estudo, refere-se a carrinhas com
seis ou mais lugares e, se exceptuarmos o caso do Peugeot 308 SW, os
dois restantes são monovolumes médios. Considerado como mais "amigo do
ambiente", o Opel Zafira 1.6 ECOflex Turbo CNG Erdgas é uma versão a
gasolina preparada para também consumir GPL. No entanto, os melhores
consumos e os valores mais baixos de emissões pertencem ao Peugeot 308
SW.


O que é o TopTen.pt?

Trata-se de uma ferramenta de pesquisa on-line que pretende orientar o
consumidor na escolha de variado equipamento consumidor de energia:
electrodomésticos, lâmpadas, material de escritório e automóveis.
Tendo como critério fundamental a eficiência energética, visa não
apenas mostrar aos consumidores que estes têm um papel activo no
combate às alterações climáticas, como exerce pressão junto dos
fabricantes para os incentivar à contínua melhoria dos seus produtos.
Em
http://www.topten.info/ encontra-se o mesmo estudo a nível europeu.
Quanto ao projecto "Topten.pt", da responsabilidade da organização
ambientalista Quercus, foi promovido entre 2007 e 2008 pela EDP
Distribuição e financiado no âmbito do plano de promoção de eficiência
no consumo de energia eléctrica. Desde Dezembro de 2008 é financiado
pelo programa europeu "Intelligent Energy – Europe" (IEE).

Notícias sobre veículos eléctricos

Parceria Toyota e Galp Energia

A empresa portuguesa e a construtora japonesa de automóveis estabeleceram uma parceria tecnológica que visa optimizar o uso da electricidade no automóvel. Portugal marca posição no desenvolvimento deste projecto, integrando um grupo restrito de países europeus a testar a proposta da Toyota de utilização da electricidade na mobilidade. A Galp Energia, pioneira no desenvolvimento do primeiro posto de carregamento rápido de veículos eléctricos em Portugal, foi a escolha lógica como parceira do projecto. Além de utilizar as duas fontes de energia na locomoção, característica dos puros híbridos, o novo automóvel pode optimizar o carregamento das baterias através da rede eléctrica, aliando as vantagens da locomoção 100% eléctrica e zero emissões, com a flexibilidade e autonomia das viaturas híbridas.


Mitsubishi eléctrico

O i-MiEV, projecto pioneiro da Mitsubishi, conquistou o título de "Veículo Eléctrico do ano de 2009" na Inglaterra. Elogiado pela habitabilidade dos seus 4 lugares, pela autonomia e pelo tempo de recarga da bateria, marca também pontos pela facilidade de utilização e design funcional do habitáculo. Lançado no início do Verão no Japão, os primeiros 25 i-MiEV de volante à direita chegam agora à Grã-Bretanha. Estas unidades destinam-se a serem utilizadas como demonstradores no Programa Estratégico em Tecnologia de Baixas Emissões de CO2, já que o seu lançamento comercial na Europa está apenas previsto para finais de 2010.


Peugeot eléctrico iOn

Primeiro construtor mundial de veículos eléctricos, a Peugeot será também das primeiras marcas a comercializar na Europa um novo automóvel 100% eléctrico, o iOn, em finais de 2010.
Desenvolvido em parceria com a Mitsubishi, destina-se tanto a clientes particulares como a frotas (administração, associações locais, grandes empresas, etc.), dadas as suas características particularmente adaptadas ao meio urbano. Com quatro lugares e um comprimento de 3,48 m, possui autonomia para 130 km e as suas baterias de iões de lítio são recarregáveis em seis horas numa tomada clássica de 220 V, ou a 80 % em trinta minutos, graças ao seu sistema de recarga rápida.

Renault zero emissões

Em http://www.zero-emissoes.renault.pt/ o construtor francês é o primeiro a desvendar os segredos de um projecto do género ao grande público. Faltam cerca de 900 dias para que a Renault inicie a comercialização, em larga escala, de uma gama de veículos eléctricos, tornando-se na primeira marca a chegar ao mercado com uma gama completa de modelos.

Veículos eléctricos em Portugal

A parceria entre o Governo Português e a Aliança Renault-Nissan para promover a Mobilidade com Zero Emissões no país, torna Portugal pioneiro num programa que visa tornar os veículos eléctricos numa solução viável e atraente para os consumidores. A Renault-Nissan assume o compromisso de comercializar veículos eléctricos para os consumidores portugueses a partir de 2011, cabendo às autoridades criar condições fiscais e dotar as cidades de infraestruturas para a recarga das baterias. Portugal e Inglaterra foram os dois países escolhidos para a instalação de fábricas de baterias de iões de lítio para os carros eléctricos da Aliança.

Renault Scénic 1.5 dCi/110 cv

Independência tecnológica

Embora o anterior Renault Scénic tenha abandonado a designação Mégane, partilha com este familiar médio da marca francesa muito da sua mecânica. Não é por isso de todo errado continuar apreciá-lo como a versão monovolume de uma gama particularmente abrangente. Agora chegou a revolução à terceira geração!

Toque digital

A primeira imagem que se tem mal se roda a chave – ou assim que se carrega o botão de start, já que pode dispor do cartão que dispensa o uso desta para o motor e para as portas (300 €) –, é um ecrã inteiramente digital.


A melhor ideia que posso transmitir deste painel – que pode assumir diversas cores e configurações – é a de que parece o de um jogo de computador! Sem qualquer conteúdo pejorativo.
Nele se agrupa o velocímetro (que pode ficar tapado pela posição do volante), um conta-rotações, "de ponteiro", electrónico, indicadores de temperatura e combustível, sensores de estacionamento, informações do computador de bordo como médias e consumos e outras relativas ao sistema de áudio.
Grande parte destas funções pode ser controlada, como habitualmente, também através de comandos junto à coluna da direcção.


Funcionalidade

O que se espera de um monovolume, o Scénic oferece. Sempre foi dos que assegurou melhor conforto, apesar de não ser o maior. Mas o bom aproveitamento do espaço interior e os três bancos traseiros independentes, garantem-no a quem viaja nestes lugares. Estes correm longitudinalmente sobre calhas, fazendo variar o espaço da mala desde os 437 litros até um máximo de 1830 com o rebatimento total dos bancos. Tal como acontece no "Sport Tourer", cujo resultado ao ensaio está mais abaixo, o rebatimento do encosto do "pendura" permite o transporte de objectos com 2,55 metros.
Não se fica por aqui: entre os bancos dianteiros existe um compartimento amplo que, tal como o porta-luvas, pode ser refrigerado e espaços mais pequenos no piso. Há por fim os inevitáveis tabuleiros nas costas dos bancos, uma gaveta sob o banco e ganchos para fixação vertical de uma rede a separar a zona da mala.
Compacto nos seus 4,35 metros de comprimento, o Scénic tem efectivamente um bom aproveitamento do espaço interior. Não sendo o maior da classe, isso resulta a favor de uma maior capacidade de manobra.


Equipamento
Com uma qualidade interior ao nível da gama Mégane, o Scénic está equipado com um conjunto de ajudas electrónicas como o controlo de travagem, estabilidade e de tracção, estas últimas desligáveis. O que não é de todo aconselhável devido à configuração em altura do modelo e ao facto de, devido ao seu baixo peso e boa resposta do motor, ser capaz de um comportamento bastante ágil.
O exterior sugere isso mesmo, ao apresentar uma frente agressiva e dinâmica para um carro com características familiares. A altura ao solo não é muito elevada. As linhas arredondadas e fluidas, a forte inclinação do vidro dianteiro e a nova frente garantem-lhe ainda um excelente valor de penetração ao vento.
Tal como na carrinha, o carácter menos prático do sistema automático de climatização foi o que menos me agradou. Pode receber sistema de navegação "Carminat TomTom" com mapas gravados em cartão de memória SD, indicador dos limites de velocidade e posicionamento de radares fixos.
Traz ainda de série "travão de mão" automático e regulador de velocidade. Sensor de estacionamento com câmara traseira é opcional para 700 euros.

Consumos

Também pode receber uma versão menos potente do motor 1.5 dCi. Com uma diferença de preço que não chega a 2000 euros, não é difícil adivinhar qual a que reunirá maior preferência. A precisa e bem escalonada caixa de seis velocidades volta a ser decisiva para o correcto aproveitamento do binário disponível, ainda que, por obra e graça de um desempenho bastante despachado capaz de superar as expectativas mais optimistas, os consumos possam ultrapassar, em muito, os indicados pelo construtor.
Esteticamente atraente e com uma estrutura compacta capaz de assegurar boa capacidade de manobra em cidade, o Scénic ganha largamente à carrinha no capítulo da habitabilidade. Apesar de tudo, a Sport Tourer oferece um estilo e um comportamento mais dinâmico, sem perder muito das características que se querem num familiar. Mais discreta mas não menos apelativa, tem também, a seu favor, um diferencial de cerca de 3000 euros.

PREÇO, desde 29000 euros MOTOR, 1461 cc, 110 cv às 4000 r.p.m., 240 Nm às 2000, turbo de geometria variável, 8 válvulas(!), injecção common rail CONSUMOS, 6,1/4,6/5,2 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES POLUENTES 135 g/km de CO2

Renault Mégane Sport Tourer 1.5 dCi/110 cv

Prêt-à-Porter
Pronto a usar embora construído à medida dos desejos do consumidor europeu

Líder regular do respectivo segmento, desde o seu surgimento – se exceptuarmos talvez a primeira carrinha Mégane – que Break e Scénic são, para o importador nacional, sinónimos de sucesso. Grande parte da razão do êxito deve-se não apenas à novidade – a Scénic foi o primeiro monovolume europeu de médias dimensões –, à estética, claro, mas também o facto de desde muito cedo ambos disponibilizarem um motor diesel de média cilindrada e bom desempenho, que lhes garantiu um ascendente de competitividade sobre alguma da concorrência.

Aposta dinâmica

No ano passado surgiu mais uma geração deste modelo. A gama alargou recentemente com a chegada destas duas versões. Para a completar, se ficarmos apenas pelas variantes do seu antecessor, fica a faltar o descapotável, sendo que as versões de cinco e três portas (coupe) já aqui foram dissecadas. Interessa, antes de mais, estabelecer um paralelo e traçar diferenças face aos modelos que substitui. Em termos gerais, se as versões de 3 e cinco portas surgiram com linhas mais consensuais do que a antecessora, a break era já um caso à parte no que a tal se refere. Sempre apreciada, o traço está ainda mais forte e dinâmico. Tal justifica a designação Sport Tourer mas, para além das questões de estilo, e porque estamos a falar de uma carrinha, importa referir a extrema funcionalidade do seu espaço de carga.
Uma muito ampla bagageira (uns apreciáveis 524 l), apresenta a possibilidade de criar facilmente espaços separados para o transporte de objectos, a cobertura tem espaço próprio para guardar sob o piso e, ao rebatimento do encosto dos bancos traseiros, junta-se o do "pendura" permitindo o transporte de materiais com cerca de 2,5 metros.

Interior cuidado

Dando continuidade à análise do interior, itens como a qualidade dos materiais, equipamento e preocupações com o conforto e a segurança, já não são, felizmente, factos novos nas criações mais recentes do construtor francês.
Quanto à funcionalidade, mantêm-se, a meu ver, o carácter menos prático do sistema automático de climatização, enquanto que o de navegação se revela bastante intuitivo. Denominado "Carminat TomTom" (490€), tem ecrã fixo e os mapas gravados em cartão de memória SD. Para além do habitual, avisa sobre os limites de velocidade e posicionamento de radares fixos.
Um equipamento de som com bluetooth (390€) torna o manuseamento mais intuitivo e seguro, podendo ser também feito através de patilhas na coluna da direcção.
Quanto ao de navegação – quando presente – usa o habitual sistema entre os bancos, sobrando pouco espaço para pequenos objectos. O travão de mão é convencional (ao contrário do anterior), é de série o sistema mãos livres que dispensa chave, pode receber vários sensores (chuva, luz, pressão dos pneus e ajudas ao parqueamento) e tejadilho duplo em vidro (830€). Destaque ainda para o aspecto dos instrumentos do painel de bordo.

Mais espaço

A plataforma beneficia de uma maior distância entre eixos, o que melhora substancialmente a habitabilidade traseira face à berlina. Em matéria de comportamento, a aposta foi claramente ganha. Mesmo esta versão, pretensamente orientada para o prazer da condução, mantém um equilíbrio bastante bom entre o conforto e as capacidades dinâmicas.
Quanto ao comportamento do motor 1.5 dCi já foi por demais dissecado. Com uma versão de 90 cv a partir de cerca de 24 mil euros, o ensaio à de 110 (pouco mais de 2000 euros) indicia que, embora parte da agilidade se esbata por causa de um conjunto mais pesado, a precisa e bem escalonada caixa de seis velocidades contribui decisivamente para que o binário seja cabalmente aproveitado. Essa maior elasticidade não lhe penaliza os consumos, nem o conforto, em grande parte reforçado pela boa insonorização do interior.

PREÇO, desde 26000 euros MOTOR, 1461 cc, 110 cv às 4000 r.p.m., 240 Nm às 2000, turbo de geometria variável, 8 válvulas(!), injecção common rail CONSUMOS, 5,1/4,0/4,4 l (cidade/estrada/misto) EMISSÕES POLUENTES 114 g/km de CO2